Cyborg mode on [2]

Que tal descobrir que a sua história pode fazer TODA a diferença na vida de alguém?
Que tal descobrir que os obstáculos que você transpõe pelo caminho não é em vão?
E qua tal descobrir que compartilhar uma vitória tem muito mais valor do que vivenciá-la sozinho?
São esses pequenos detalhes que fazem a vida toda valer a pena!
Então, leiam a história do meu amigo Drauzio, contando como o DNO fez uma pequena-enorme diferença na vida dele (e, consequentemente, na minha).
O texto é longo, mas vale a pena!
A pedido da minha querida amiga Lak Lobato, compartilho com todos os  leitores do DNO a minha história em relação a audição.
Tenho 33 anos e a minha família descobriu, por acaso, que eu não ouvia com o ouvido direito aos 4 anos, quandofoi instalado o primeiro telefone em casa. Tudo aconteceu quando meu pai ligou para casa, minha mãe atendeu e me pôs para falar com ele, colocando o fone em meu ouvido direito. Eu fiquei quieto. Então ela pegou o fone e viu que meu pai falava comigo e que eu não respondia. Ela, então, colocou o fone no ouvido esquerdo e eu conversei normalmente com meu pai. A partir desse fato, fui levado a vários otorrinose eles chegaram a conclusão de que meu ouvido direito tinha perda profunda, mas queisso não era problema porque meu ouvido esquerdo era 100%. O motivo? Ninguém soube explicar. Estávamos no começo da década de 1980. Com isso, cresci com uma vida normal, de ouvinte. Fui alfabetizado como qualquer outra criança de minha idade e a vida transcorria normalmente.
Até que, em um belo dia, aos 12 anos, fui dormir ouvindo e acordei sem ouvir. Levado a diversos médicos, inclusive famosos à época, todos chegaram a conclusão de que não sabiam o que havia causado a minha perda e que a solução era usar aparelho auditivo (AASI) no ouvido esquerdo, já que para o direito não “teria utilidade”.
A partir daí, desde os 12 anos, usei sempre aparelhos auditivos no ouvido esquerdo. Continuei minha vida normalmente em escolas comuns. No começo tive muito apoio dos professores e mesmo dos colegas de classe que me ajudavam quando os professores se esqueciam da minha particularidade. Sempre procurava sentar-me na frente da classe para acompanhar as aulas. E fazia bastante barulho para conseguir o meu objetivo: se o professor falava no fundo da sala, eu reclamava. Se os colegas conversavam demais e me atrapalhavam, eu reclamava. Notei, então que o meu gosto pela leitura, que já era grande, aumentou e meu desempenho era melhor em disciplinas em que precisava menos da explicação do professor do que dos livros.
Até os meus 12 anos de idade o fato de não contar com o ouvido direito em nada me atrapalhava porque ouvia perfeitamente com o esquerdo e tinha audição e vida de ouvinte.
As coisas se tornaram mais difíceis quando perdi a audição do ouvido esquerdo (70%). Nunca tive dificuldades de fala, pois a alfabetização como ouvinte fez toda a diferença. Mas a perda de audição mudou a minha vida ao tornar mais difícil conversar com colegas ao telefone, ao entender grupos, ao ter de pedir para repetir. Ficava mais difícil de pegar tiradas de humor rápidas. Enfim, a perda de audição – para os outros de minha idade – tornou-me diferente. E nisso, a falta de audição cobra o seu preço, que é o isolamento. Na verdade, eu conseguia com os AASI a distinguir vozes (masculina, feminina) e se é de uma pessoa específica. Mas, claro, precisava muito da leitura labial que aprendi sozinho. E nesse período, nunca precisei de acompanhamento de fonoaudióloga, exceto para manutenção do aparelho. Como consigo ouvir com o AASI, desenvolvi por característica falar alto e minha mãe, para se fazer entender por mim, acabou mudando seu hábito de falar – de baixo para alto. Uma adaptação que ela precisou fazer. Minha surdez, basicamente, me impede de entender alguém que fale por trás de mim; no escuro; ou longe de mim. Impede-me de falar ao telefone sem viva voz (não é fácil); de entender programas de TV com narrador oculto. Embora de
frente e perto a questão não se manifeste, graças a leitura labial. É claro que a surdez prejudicou enormemente, no início, minha inserção no mercado de trabalho por conta do preconceito.
Quanto ao IC, a primeira vez que ouvi falar dele foi em 1996, quando com 20 anos, ao mudar-me para Taubaté, passei com um novo otorrino, o Dr. Henrique Mercaldo. Ele julgou que eu poderia ser candidato ao implante e me encaminhou para o centrinho de Bauru. Minha família para lá me levou. Passei três dias fazendo uma série de exames, mas eles não me julgaram candidato ao IC porque eu “ouvia bem” com o AASI no lado esquerdo, desconsiderando que não ouvia nada com o ouvido direito.
Assim, a questão, para mim, morreu aí. Só voltei a ouvir falar de IC em 2008 quando, na Internet, entrei na Comunidade Surdos Oralizados no Orkut. Na verdade, essa era a primeira vez que eu tinha contato com surdos, pois as interações em minha vida sempre foram com ouvintes. Isso simplesmente porque eu não encontrava pessoas na mesma situação que eu. Já tinha visto surdos sinalizados, mas a história deles é diferente da minha. E isso era ratificado pela minha fono que sempre me dizia que eu estava no meio do caminho entre surdo e ouvinte. Não era surdo porque tinha padrão de vida de ouvinte, fala de ouvinte. E era surdo porque tinha dificuldade de ouvir e só ouvia bem com AASI.
Então, a Comunidade Surdos Oralizados foi interessante porque passei a ter contato com outras histórias de surdez e nela, conheci pessoas que usavam IC tais como a Anahí, o Marcus e o Raul. Na conversa que tive com eles, sempre associei o IC com um caso específico de surdez pré-lingual e então, a sentença da equipe de Bauru se reforçava para mim: é uma tecnologia que não serve para o meu caso. Conheci a Anahí pessoalmente, em 2009, quando ela me visitou e, conhecendo o caso dela, pela diferença do meu, acreditei, mais uma vez, que o IC não serviria para mim, pois tinha resto de audição valioso no ouvido esquerdo.
A questão do IC começou a mudar, para mim, depois que alguns fatores aconteceram: eu passei a militar no SULP, surdos usuários da língua portuguesa e a Lak passou a escrever o DNO. Meu contato com a Lak começou na SO, mas era esporádico. Aumentou quando da redação do Manifesto SULP quando passamos a dialogar (e a quebrar pau também…rs). Mas foi com o DNO que, acredito, nos tornamos amigos. Quando a Lak começou a contar a vida dela com a surdez no blog, eu descobri, finalmente, que havia alguém com uma história semelhante a minha. Ela perdeu a audição aos 10, eu aos 12, quando perdi a audição do ouvido esquerdo. Ela soube a causa, embora eu não. Mas o fato de ela ter usado AASI em meio a ouvintes e não estar satisfeita com os resultados, tal como eu, aproximava nossas histórias.
A partir do momento que a Lak contou que iria fazer o IC, no começo eu fiquei surpreso, pois tinha convicção que o implante não era para pós linguais ( e ninguém me disse o oposto). Passei a acompanhá-la, pela amizade, mas jamais me imaginando implantado. Fiquei muito feliz quando ela contou-me que estava ouvindo e mais feliz fiquei com cada progresso que ela alcançava e alcança. E foi a partir de uma conversa da Lak que ela me sugeriu – ao menos tentar conversar com o Dr. Robinson Koji. Eu fui, muito temeroso, confesso, porque ouvir tantas vezes profissionais te dizerem que não há o que fazer é muito doloroso.
E para a minha surpresa, o Dr. Koji teve uma visão que nenhuma outra pessoa teve. Por que não implantar no ouvido direito, o que não usa AASI? Para isso, ele pediu uma série de exames clínicos. A fonoaudióloga, Dra. Ana Tereza também fez uma série de exames e comprovou que era possível fazer o implante. Viu também que o nervo auditivo do OD respondia ao AASI. Ou seja, o AASI não era adequado para a perda, então o implante era adequado e viável porque havia a resposta do nervo auditivo.
Desse ponto, a maratona para o implante foi muito semelhante a da Lak. Várias consultas com o Dr. Koji, com a Dra. Ana Tereza e com a psicóloga da equipe, Dra. Heloísa que me atenderam em São Paulo. Outras tantas em Taubaté com profissionais de outras especialidades para exames e testes. Também a demora para a liberação da cirurgia foi semelhante, embora a minha espera tenha sido maior.
A cirurgia foi muito tranqüila. Devido ao meu convênio, foi realizada no Hospital SEPACO em São Paulo. Internei-me à meia-noite e às sete da manhã estava esperando para entrar na sala de cirurgia. Estava emocionado, mas o Dr. Koji e o médico anestesista me explicaram o que eu precisava saber. O mais legal é que a minha fono particular, Dra. Flávia Badaró que cuida da minha voz devido a minha profissão de professor universitário, também acompanhou a cirurgia. O procedimento foi tranqüilo. Eu vi a turma que trabalharia em mim e comecei a receber a anestesia. Que estava sendo aplicada nas costas da mão. Como eu sou chato, achei que estava doendo e reclamei. O anestesista transferiu a aplicação para o braço, mais confortável e depois nada mais vi. Dormi. Soube depois que a cirurgia durou três horas e meia. Que os resultados após o implante “foram lindos”, palavras da Dra. Ana Tereza. E soube que dei trabalho para o Dr. Koji devido a minha pele ser bem consistente e os músculos da região da cirurgia bem “altos”.
Quando acordei da cirurgia, acordei reclamando: estou com sede. Ganhei duas gotas de água e só. Só pude beber água mais de hora depois. É a única situação desagradável. Mas passa. O dia mesmo para mim correu bem. Os remédios a tomar não agradavam a meu estômago e devido a própria cirurgia tive problema de vômito. Porém, no dia seguinte, já estava bem tranqüilo. Tanto que ao ganhar alta voltei para casa dirigindo. E levei uma bronca do Dr. Koji quando ele soube. Nos primeiros dias, a gente fica com a área da cabeça inchada. No meu caso, tive que aprender a dormir de outro jeito, pois gostava de dormir com a cabeça apoiada justamente no lado do implante e não podia mais. Com o tempo vai passando e hoje
nem aparece. Só passando a mão na região para sentir uma leve saliência. Passaram-se 30 dias até a ativação. E em 16 de agosto, como a Dra. Ana Tereza estava em Congresso no exterior, quem me ativou foi a Dra. Cristina Ornelas. Na ativação fiquei surpreso com o tamanho da caixa de produtos/acessórios que vem com o implante. É enorme. Até o coala veio. A segunda surpresa é com o processo de ativação: muito simples! A fono pedia para que eu dissesse qual era a altura que eu julgava boa para cada som isolado. Fui escolhendo até que tudo foi posto. Quando ela ligou, levei um susto, pulei da cadeira. Era como se eu ouvisse um dedilhar de piano do som mais grave ao mais agudo: dó-ré-mi-fá-sol-lá-si-dó. Claro que não eram sons de nota musical. Mas para que o ouvinte entenda: era como se alguém corresse as teclas do piano e as notas soassem.
Nesse momento surgiu o primeiro problema: o imã não parava. Justamente o que o Dr. Koji previu na cirurgia: músculo alto e pele grossa pedirão imã forte. Pulei direto
do imã 2 para o 4. Comecei a usar a partir desse dia o implante. No primeiro dia, uma surpresa. Ao tomar banho, obviamente sem nenhum aparelho, notei que conseguia ouvir o barulho do chuveiro, coisa que não ouvia. Não tem explicação, mas aconteceu.
Comecei a perceber mudanças logo depois: ao voltar ao trabalho, três dias após a ativação, a minha chefe, logo ao me ouvir, me disse que a minha voz estava ainda
melhor. O que me deixou alegre.
Depois descobri que o clique de mouse faz barulho, que o teclado faz barulho. Ou seja, comecei a ouvir os pequenos barulhos, que com o AASI eu ignorava. Para o leitor ter uma noção: imagine como você se sentiria ao tomar conhecimento do muito pequeno, quando vê pela primeira vez algo diminuto no microscópio eletrônico. Você até sabe que está lá, mas ignora como é. E quando vê, no meu caso, ouve, a surpresa!
E as coisas não param por aí. Para que o leitor entenda: passei 2 dias com o Programa 1 (P1) e dois dias com o P2. E então passei para o P3 quinze dias e agora estou no P4, mais quinze dias. E desde o segundo dia, a minha fono, Dra. Flávia, está me acompanhando. Ela me disse que estou indo mais rápido do que ela pensava. Por mim mesmo, eu percebi que já consigo diferenciar se os barulhos dos saltos, se estão perto ou longe. Já consegui diferenciar os barulhos produzidos por saltos diferentes. Mas o principal é que já estou percebendo se as palavras são curtas ou longas e inclusive estou decifrando-as. De costas e de longe. O mais espetacular é que já não estou precisando tanto da leitura labial. E isso nós descobrimos de maneira bem natural: Minha fono estava conversando comigo e me ofereceu água e fez um comentário enquanto eu não olhava para ela. A novidade é que eu respondi-lhe sem me preocupar em olhar para ela. Normalmente se ela ou alguém fala quando eu não estou olhando, eu não entendo a mensagem, paro o que estiver fazendo, olho para a pessoa e peço para
repetir. Nessa vez – e não foi a única, pois ela fez outros testes quando eu não esperava – a resposta mudou. Eu continuei o diálogo sem me preocupar em ler os lábios. Com
isso, ela resolveu avançar duas semanas na terapia. E hoje, 08 de setembro, novos avanços obtive: consegui entender, pelas costas, palavras e frases que não estavam na lista de trabalho da fonoterapia!
Ou seja, estou muito feliz. Em pouco mais de 15 dias, a diferença já foi notada por minha chefe, por meu pai, pela minha fono que externaram suas visões da diferença.
É um começo muito alvissareiro para quem achava, pois assim lhe diziam, que o implante não lhe servia.
Para o futuro, espero atingir algumas metas bem ambiciosas: falar ao telefone sem viva voz e sem ajuda externa (meu maior sonho e desejo); ouvir e entender pessoas que falem comigo de longe ou por minhas costas ou no escuro; ouvir e entender qualquer programa de TV com narrador oculto.
Para finalizar, não posso deixar de externar meus agradecimentos para as pessoas que me ajudaram:
1)Minha mãe e meu pai que nunca mediram esforços em fazer por mim tudo o que podiam;
2) A Lak, que me estimulou a seguir o caminho do implante;
3) Ao Dr. Koji, Dra. Ana Tereza e equipe que me abriram as portas da audição;
4) A Dra. Flávia Badaró que faz um trabalho de voz e audição com dedicação, empenho e profissionalismo impecáveis.
É isso, Lak. Ficou longo, mas espero que possa ser útil a todos os leitores do DNO. Caso queira, conforme avançar, vou te contanto. Um abraço, Drauzio Junior.

Sabe, eu contei que “Desculpe, não ouvi!” era o nome do livro que eu escrevi há uns 10 anos anos, né? Mas não publiquei, porque ele não era tão interessante quanto o DNO. Mas, ele terminava com essas palavras “talvez um dia, eu compreenda que todas as minhas dificuldades não terão sido em vão.”

Beijinhos sonoros,
Lak

42 Resultados

  1. Juliana disse:

    Que história mais linda!!! Emocionei!!!
    Parabéns ao Drauzio pelas conquistas! E a Lak por compartilhar e que continue incentivando as pessoas q o IC tem de melhor!!
    Abraços e bjim!!!

    • Avatar photo laklobato disse:

      Ju, eu incentivo as pessoas a se superarem sempre, seja como for. O IC pode não ser o indicado, mas de repente, o Baha é. Ou o Esteem. Ou alguma tecnologia que ainda esteja por vir. Pra mim, querer a plenitude sensorial é o que podemos e devemos almejar, sempre.
      Beijinhos

  2. Juliana disse:

    Lak, eu li o seu blog hoje e o que Drauzio passou na ativação é a mesma que estou passando, quanto ele mais fala mais me lembro de mim… Fico feliz por ele está animado e eu também!!! Beijos, Ju.

  3. Gisele(Mãe do Fernandinho) disse:

    Muito bom ver o erforço e as recompensas que vem na vida dos que lutam sempre por seus ideais,muito lindo…Lak,lendo o texto fiquei impressionada com a parte que o Drauzio relata ter escutado o barulho do chuveiro sem os aparelhos…o meu filhinho tbem gesticula com as maos perto do ouvido dizendo que tbem ouve alguns barulhos sem o aparelho.Perguntei p fono em Bauru e ela disse q isso nao acontece,mas ele sempre mostrar estar ouvindo sem os aparelhos,como isso acontece,vc conhece mais casos,acontece com vc tbem…bjos 😀

  4. SôRamires disse:

    Lak e Drauzio são duas pessoas queridas que conheci e aprendi a admirar através de grupos Surdos Oralizados e a Comissão SULP, e que como eu usavam apenas aparelho auditivo e leitura labial. Anahi, Leila, Raul e Marcus
    foram os primeiros que eu soube que tinham sido implantados e que se sentiam felizes com os resultados.
    Depois num programa de TV vi uma entrevista da Jackie e do Marcus, os dois falando tão claramente que comemorei ao ver que o implante podia ser uma solução para muitos de nós.
    A Lak com seu DNO fez e faz um trabalho de divulgação espetacular, com seu humor e inteligência esclarece os surdos e familias assim como os que não vivem diretamente a questão da surdez.
    Leio este relato do Drauzio com a alegria de ver um irmão querido voltando a ouvir graças aos milagres e avanços da ciência.
    Um beijo para o Drauzio e para a Lak que conseguiu colocar na ordem do dia o assunto implante sem mistérios e preconceitos.
    Paro por aqui por que já estou Buáaaaaaaaaaaaaa!Chorar de alegria faz um bem danado! 🙂

  5. SôRamires disse:

    Lak no meu caso (otosclerose ou otoespongiose) é outra cirurgia, implante de estribo, que por incrível que pareça é mais complicada e de resultados imprevisíveis uma vez que o estribo é o menor osso do corpo humano. Muitas vezes o estribo artificial não fica no lugar…tenho participado de grupo de operados de otosclerose e ainda não criei coragem.

  6. Maíra disse:

    Linda e emocionante história!!! Fico tão feliz com estas conquistas, por ver amigos surdos felizes com seu próprio desempenho!
    Parabéns por dividir sua história conosco!!
    beijinhos, Maíra

    ps: podiamos combinar um encontro dos surdos oralizados, que tal???

  7. Rogério disse:

    Lak, que relato emocionante!
    Conforme o Drauzio ia discorrendo, eu ia me empolgando. É delicioso ler uma história sabendo que tem um final feliz.
    Mando por aqui um grande abraço ao Drauzio que, imagino, já deve estar ‘fuçando’ no telefone para descobrir onde fica o botão para desabilitar o viva voz.
    Agradeço aos dois por esta história linda, que me fez ganhar o dia.

  8. Ecleia Karla disse:

    Pegando o final do seu post…

    Pode ter certeza que realmente as suas dificuldades nao foram em vão, só os GRANDES transformam dificuldades em aprendizados e solidariedade, sou mto grata a vc 😀 😀 😀 !

    xero

  9. Diana disse:

    Aiiiiiiiiiii… Tb chorei igual retardada lendo aqui este postttttt!!!!!!!!!!!!!!! Seja pq eu tb escrevo desde q me entendo por gente e muitos ja me disseram q eu devia escrever um livro de memorias e eu nunca quis faze-lo por achar q nao seria interessante, tambem ja me sugeriram fazer um blog, mas nao estou bem certa de q tenho conteudo suficiente pra enche-lo… Seja ainda porque assim como o Drauzio, a vida inteira me disseram q pra mim nao tinha jeito e hj eu pude o impossivel, ouvir bilateral e sem tiara… AH!!!!!!!!!! Mas ai ja entra na parte do meu relato, q eu prometi te escrever, deixa pra amanha… Bjos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  10. zuleid disse:

    O que eu mais gosto é ver que assim como as pessoas têm diversidade de problemas, a ciência vai encontrando diversidade de soluções!
    Ninguém é igual a ninguém, mas as boas experiências servem de incentivo para quem está indeciso ou com medo!
    Fico muito feliz em poder participar como leitora de tanta coisa boa! E mais esperançosa em saber que no futuro nossas crianças serão diagnosticadas e tratadas mais precocemente!
    Beijos!!

    • Avatar photo laklobato disse:

      Certamente, Zu… quanto mais cedo o diagnostico, melhor é o prognóstico do tratamento.
      Soube que o teste da orelhinha agora é obrigatorio e gratuito?
      Beijos

  11. zuleid disse:

    Ainda bem que agora é lei! Beijos!

  12. Mariana disse:

    Que liiiiiiiiiiindo! Parabéns pro Dráuzio, eu fico muito feliz lendo esses relatos! Me deixa muito emocionada, com um sorriso de orelha em orelha!!!
    Lendo no FIC, uma vez, eu li uma coisa que achei bastante engraçada e que eu não sabia de jeito nenhum que dava pra ouvir: uma implantada relatando ao descobrir os sons do estômago vazio, rs. Muito bom ler cada descoberta de cada um! 😳

  13. Lak, parabéns pelo blog. Drauzio, sua história é muito parecida com a da
    minha filha, Mariana. Estamos batalhando para que ela também chegue ao IC.
    beijos a vocês, e, Lak, continue prestando esse serviço maravilhoso a pais e
    educadores de pessoas com deficiencia auditiva.

  14. Kali disse:

    Me pergunto se haverá algum dia em que eu vou ler o DNO e não vou chorar! rsrsrsrsrssrs

    Lendo a história do Dráuzio eu me lembrei de um bocado de coisas da sua história, Lak. Claro que a dele tem características próprias, afinal, é outra pessoa, né? Dããããããã. Mas não pude deixar de me perguntar: “e se os médicos anteriores fossem menos “míopes” e conseguissem enxergar as potencialidades mais cedo? O que será que teria sido diferente?

    Acabo me fazendo essas perguntas por hábito de questionar as coisas mesmo, pq, no final, chego à conclusão de que as coisas acontecem no tempo que têm que acontecer… vc, por exemplo, talvez tenho tido que esperar um tempo para viver essas conquistas com essa alegria e superar o que é complicado com mais facilidade… além, é claro, de ter feito o DNO! hehehehe

    Drauzio, desejo que essas suas conquistas continuem com crescimento exponencial de felicidade!!! Obrigada por compartilhar sua história conosco!! 😀

  15. Patricia Kadel disse:

    É isso que eu quero…………quero meu filho ouvindo e falando e evoluindo cada dia…..IC vai mudar a vida de todos nós que amamos esse “pirralinho barulhento”, ele vai se assustar com seus barulhos, portas batendo, gritos e principalmente ele vai ouvir a Mãe dizendo “nãooooo” Kauê, “pára” Kauê.
    Por que convenhamos essa parte deve ser boa, é só sair andando e aprontando, porque ele pode , “- Não tô ouvindo!!”….kkkkkkkkk

  16. Andressa Engel disse:

    Nossa esse relato do Drauzio veio num ótimo momento, me fez ficar ainda esperançosa com o IC, quanto avanço ele conseguiu em menos de 1 mês de implantado, não vejo a hora de ativar o meu…
    O Drauzio não teve boa experiência em Bauru, não entendo esses critérios que eles utilizam. Porém eu só tenho que agradecer pois, desde a primeira consulta eles me disseram que eu seria uma candidata ao IC e desde então sempre fui atendida com muita dedicação e sem enrolação e o IC acabou acontecendo muito antes do que eu previa. Além de que achei excelente toda estrutura e organização do hospital e Centrinho. Acho que fui abençoada…hehhehe.
    Parabéns Lak e Drauzio por dividirem conosco suas experiências e anseios…Bjus

    • Avatar photo laklobato disse:

      Questão e sorte e azar, Andressa.
      Mas, pode ter certeza que vou querer seu relato aqui tb, se vc se dispuser de escrevê-lo. 😳
      Beijinhos e aguardando ansiosamente com você o dia da ativação!

  17. Patricia Kadel disse:

    Ele(Kauê) já faz desde novembro/09, mas a fono esta teimando em ensinar libras sem abrir a boca, hoje disse para ela que depois do ic vai ter q mudar, desconfio que ela não tem especialização em implantados. Ela me mandou pesar os “prós e contras” do IC, não existe isso não tenho dúvidas, sobre isso. 😎 😈

    • Avatar photo laklobato disse:

      Desconfie não, tenha certeza, porque uma fono especializada em implante já estaria estimulando a oralização desde o início do tratamento, porque isso independe do implante.
      Beijos

  18. Ana Clara disse:

    Ai Lak q saudade de ler seu blog, ele sempre me faz refletir sobre o ic… dias atras fui novamente no HC continuar os testes e me bateu uma insegurança… Muitas vezes me pego pensando se farei mesmo a cirurgia e tal… tenho muitos medos, não da cirurgia em si, mas dos resultados e relatos como esse acabam tornando nossa decisão mais facil. Saudades de vc menina BJU 😀

  19. Drauzio Antonio Rezende Junior disse:

    Lak, querida! Tudo bem com você? Espero que sim!
    Primeiro, quero agradecer pela oportunidade de relatar as minhas experiências com o IC. Você me ajudou e espero que meu relato possa ajudar a outras pessoas.
    Seus leitores deixaram mensagens muito bonitas aqui e gostaria de agradecer:
    Juliana: tenha certeza que o IC nos ajudará a quebrar a redoma de vidro que nos separa do mundo ouvinte. É trabalhar a fonoaudiologia e confiar! Boa sorte e abração para você!
    Gisele: fico feliz que o Fernandinho também esteja ouvindo. Embora os médicos achem que é impossível, não podemos no esquecer que também ouvimos por indução óssea. Quem sabe não tem a ver? De qualquer forma, estimule sempre o Fernandinho a falar, pois é muito importante para o futuro dele! Boa sorte, abraços.
    Sô: você é uma grande amiga que a vida me trouxe. Nosso trabalho no SULP conseguiu bastante coisa. Obrigado pela amizade e grande abraço!
    Maíra: obrigado pelo elogio. Abração para você. Se você organizar um encontro de implantados, não se esqueça de me convidar, ok?
    Rogério: obrigado pela simpatia e pelas palavras de apoio. Um grande abraço para você também!
    Diana: divida sua experiência com a gente! Obrigado pelas lágrimas!Abraços!
    Joana: torço também pela Mariana e acredito que vai dar tudo certo. Esteja, porém, preparada para brigar, pois os convênios gostam de testar o interesse do paciente. Boa sorte e abraço!
    Kali: obrigado pela mensagem de apoio! E, você tem razão: há hora certa para tudo. Se as coisas não tivessem ocorrido desse jeito, eu não seria quem sou, não teria conhecido as pessoas que conheci e nem teria feito o que fiz. Deus tem seus designios insondáveis. Um abraço para você!
    Patrícia Kadel: boa sorte para o Kauê! E reveja o método com a fono urgentemente. Se ele é implantado, a oralização deve começar imediatamente! Kauê tem um mundo para conquistar! Abraços!
    Andressa: Bauru não deu certo para mim, mas era outra época. Acredito que com você transcorrerá tudo bem. Boa sorte. Um abraço!
    Ana Clara: Frankin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos disse uma verdade que vale para todos nós: “só devemos temer o próprio medo”. Pense bem, analise bem, converse bastante com a equipe médica que cuida do seu caso. E tome a sua decisão com base nos prognósticos com tranquilidade. Boa sorte!

  20. ELIZETE disse:

    olá vim aqui tbem diser que a dez anos tenho otosclerose .mais so descobri a dois anos que tinha esta doença,eu agradeço a deus por ter envido medicos competente na minha vida …fiz uma cirurgia há dois meses e coloquei uma protes teflon ….graças a Deus to ouvido quase 100% do oudido direito.
    e tou me preparando para operar o esquedor no ano que vem….
    bem a recuperação e lenta mais to bem, sinto zumbido no ouvido esquerdo,mais no direito naum sumiu..confio muito em Deus ….agradeço tbem a equipe médica que me operou eles são abençoados….bjuss

  21. Elisangela de Souza Azevedo disse:

    Oi lak, tudo bem?!
    bem ñ sei q vc lembra de mim, preciso da sua ajudinha
    como sou deficiente auditivo surdez acentuada, queria saber se tem ou existe
    curso de portugues para fala correto , sei lá parece q eu nunca estudei me sinto
    tão triste, leio muito livro mas infelismente falo errado,pra cpmeçar comecei usar o aparelho quando estava no segundo colegial já era tarde.
    Se eu podesse voltar inicio desde na primeira série aprender o q não aprendi…
    vc acha q tem solução? Obrigada gata…. Bjus!!!! me Ajuda 😥 Elis

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