Partes cibernéticas

Ontem, deparei-me com um texto no Gizmodo Brasil, um site bacaníssimo sobre tecnologia e gadgets que leio de vez em quando, ou porque vejo link nalgum site ou porque alguém me manda um link de lá e, no fim, acabo acompanhando mais do que intencionalmente acessasse-o todos os dias.

Enfim, o texto de ontem foi um desses que a gente ri, chora, identifica-se e sente aquela sensação de que não estamos a sós no mundo. Era sobre próteses e a relação que se tem com elas. Se alguém quiser ler o texto na íntegra: Gizmodo

Mas, quero destacar as partes que realmente mexeram comigo:

“Na década de 30 até a de 70, o Serviço de Saúde Nacional do Reino Unido receitava apenas uma “opção” de óculos – considerado antes apenas “utensílios médicos” – e o padrão era uma armação de plástico com uma coloração rósea pra lá de horrível, uma tentativa de fazê-la no “tom da pele”, o que era problemático já na sua descrição: tom de pele de quem, mais exatamente?

O SSN acreditava que as pessoas quereriam discrição na sua correção visual – a humilhação social que se atribuía ao ato de usar óculos significava que ninguém iria querer que os seus óculos se destacassem dos demais. Assim, apenas uma armação de óculos era feita para todo mundo. Hoje, isto soa ridículo.”

Embora realmente hoje os óculos se destaquem e muita gente (mas tem sim quem se envergonhe de usá-los, normalmente, quem sofreu bullying na infância por conta deles e prefira lentes de contato) curte ter trocentos modelos pra combinar com cada cor/estilo de roupa ou situação social.

Porém, no quesito prótese auditiva, seja o AASI (aparelho de amplificação sonora individual) ou mesmo o IC (Implante Coclear) percebo que não chegamos ainda nesse ponto. Muita gente parece ter necessidade de esconder ou camuflar esse tipo de aparelho, como se ter audição deficiente fosse algo feio ou errado, digno de ofensa aos olhos de quem vê aquilo. Especialmente em casos de pessoas que perderam a audição depois de  uma certa idade ou seja, que cresceram sem a prótese.

Quando eu era adolescente, o que mais me incomodava no AASI era o fato dele ser bege. Realmente acho horroroso  o tom bege dos aparelhos. Ele não fica menos aparente e sempre passa aquela impressão de “PRÓTESE”. Quando voltei a usar o AASI depois de adulta – fiquei anos sem usar, porque eu perdi os que tinha e não consegui comprar novos – fiz questão de trocar a caixinha por fumê (são o coração do cabeçalho do blog) ja que o modelo só tinha 3 opções de cores: vermelho, azul (metalicos) e fumê (translucido).

Não posso dar um parecer de especialista e muito menos impor a minha opinião subjetiva como uma verdade absoluta, mas acredito de coração que aceitar a prótese, seja qual for ela, como parte integrante de quem somos, não meramente algo externo e impessoal em que nos apoiamos de forma envergonhada, pode ser uma grande conquista de auto-aceitação.

Obviamente, sempre haverá quem nos olhará como o nariz torcido e o dedão apontando como: “INVÁLIDO!”, mas esse tipo de gente é digno de pena e não deve jamais ter qualquer importância.

Quanto a mim, pedi a parte externa do IC preta! Tomara que não esqueçam disso!

Beijinhos

Lak

25 Resultados

  1. Oi Lak,

    Não sei se lembras de mim. Mas sou avó da pequena Antônia. Leio teus posts e não tenho como não ficar emocionada ou mesmo impactada.
    Nesta semana recebemos a notícia de que minha neta terá de fazer o IC. Na orelhinha esquerda. Iniciamos os trâmites. Dificeis e complicados. Mas iniciamos, isto é o mais importante. A pretensão é que ela faça ainda no próximo ano, sem falta.
    Lendo sua narrativa o que me resta dizer é que neste momento em que estamos, eu, minha filha e Toninha o que menos nos preocupa é a parte estética da “coisa toda”. Queremos de fato é que seja eficaz e eficiente seu tratamento.
    Mas não somos “inocentes” de achar que todos pensarão da mesma forma. Pois já enfrentamos olhares de piedade ou de surpresa ao ve-la de rabinho de cavalo e AASI (que é bege – pois ela esta usando um para teste).
    O fato é que apesar dos pesares nossa pequena é corajosa e, no momento necessário, “falando” poderá perguntar a quem curiosamente “olhar com o nariz torcido e o dedão apontando como: “INVÁLIDO!” : – Vem cá hein? O que esta olhando? Tá me achando linda, é isso? 😛
    Não sei se lhe disse em outro palpite que sou Assistente Social, de formação, e por conhecer bem este cenário de discriminação e intransigência é que esperamos que a Toninha seja tão humana quanto você tem demonstrado ser em suas percepções aqui expostas.
    Um dia quem sabe, não lhe apresentamos nosso guerreira. Que enfrenta bravamente uma rotina recheada de terapias e tratamentos e que mesmo assim sorri como um bebê lindo feliz da vida que é.
    Um bj,
    Lizandra

    • Avatar photo laklobato disse:

      Lizandra, eu fiquei arrepiada com seu comentário…Já disse, mas repito, que é esse tipo de compartilhar experiências, ser exemplos, ter exemplos que me move a manter o blog, porque eu não ganho nada além de satisfação para fazê-lo…
      Infelizmente, não posso mentir, sempre vai ter um idiota pra discriminar a mim, à ela ou a qualquer outra pessoa com condição fisica/sensorial particular. Mas, o que eu posso garantir é que existe força suficiente em nós pra lidar com isso! Eu consigo, ela irá conseguir, tenho certeza.
      Adoraria acompanhar o processo do IC da Toninha. Se você quiser escrever aqui pro blog a experiência de vocês, eu publico com prazer, porque deve ter outras mamães e vovós tão ou mais apreensivas que vocês, precisando desses textos sábios!
      Torço para que possamos nos conhecer pessoalmente, um dia.
      Beijo enorme e muita coragem pra todas vocês.

  2. Kali disse:

    Ler o seu post me lembra uma das coisas que despertam a minha vontade de responder com um “cruzado de direita”… o preconceito com o que é diferente. Sim, eu sei, todos nós temos preconceitos e eles são super importantes para a nossa sobrevivência (eu, por exemplo sou super preconceituosa com leões famintos). Mas o preconceito com o que foge “à normalidade” … isso eu não tolero! Prá começar, quem foi que disse que isso ou aquilo é normal?
    Em seguida, lembro de uma frase do Drummond que diz que “ninguém é igual a ninguém, todo ser humano é um estranho ímpar” ; e me vem a sensação de que esse tipo de olhar atravessado é uma mistura de ausência de espelho em casa com a síndrome do umbigo como o centro do mundo…
    Sei que esse espaço fala sobre deficiência auditiva, mas não posso deixar de lembrar que quem é gordinho (ou gordo, ou gordão) tb sofre muito do preconceito por não estar adequado aos “padrões normais”; isso sem falar de quem sofre de transtornos mentais… esses são vistos como psicopatas imediatamente… mas infelizmente, cretinice não é considerada uma deficiência… devia ser, uma deficiência social!

    Beijosssss

  3. renata disse:

    oi Lak, eu sempre penso na música óculos do herbert viana,ele enfatisa não nascer de óculos, eu acredito que nasci de óculos, pois não me lembro de não tê-los usado e só em fotos de pequena que me via sem eles, nesse processo usei muito tampão e para me divertir minha ortoptista colava figuras de desenhos que eu era fã para eu gostar. Hoje uso mais para trabalho e leitura, mas escolho sempre modelos descolados. Nossos amigos cadeirantes equipam, colorem e etc suas cadeiras, pq não fazer proteses/orteses que vão estar conosco nossa vida toda que tenham nosso estilo, nossa cara e possam até ser divertidas, dependendo do estilo.
    Ps, quando usei aparelho móvel ele era roxo e de coraçõeszinhos e nos fixos elásticos de diversas cores, estão no meu corpo tem que ter o meu estilo.
    beijos e bom fim de semana, bjs

  4. Inês disse:

    Acho que tens toda a razão, LaK!
    Eu tenho miopia e usei óculos desde os 14/15 anos até aos 20 e tal; lembro-me que quando soube que ia usar, fiquei feliz, porque tenho 4 irmãos e todos usavam, menos eu! Claro que algum tempo depois já não achava assim tão bom e cheia de vaidade, e também porque a miopia melhorou com a idade, eu pus os óculos de parte. Até ao dia em que adoeci e junto com a audição também a visão piorou (por causa da doença); agora, até para ver ao pé preciso…e a vaidade desapareceu…porque a necessidade é bem maior!

    Outro preconceito tolo que eu tinha: a minha avó usava uma prótese auditiva, o meu pai começou a usar 2 talvez com 50 anos e eu sempre tive medo de um dia ter de usar também por causa da idade…e quando pus a primeira chamei tantos nomes feios a mim própria, pelo preconceito, pela vaidade, pelo medo…de afinal ter uma coisa (2, neste caso!) que me ajuda tanto, os meus 2 ouvidos suplentes sem os quais já não passo! E são retroauriculares, escolhidos de propósito, em vez das mais pequenas, para que eu própria e os outros víssemos bem! Eu quis assumir isso logo!

    Confesso que sinto até um certo orgulho nas próteses, ou melhor, de não ter problemas em que as vejam, em trocar as pilhas quando acabam em qualquer lado (e rir com o ar espantado das pessoas)…
    Sei que muita gente olha e aponta para os implantes e para os implantados, mas isso acontece com tudo o que nós temos de diferente dos outros…é a nossa ignorãncia e falta de necessidade que por vezes tolda o nosso olhar sobre os outros.
    Agora, quando vejo alguém com próteses ou implantes só penso «mais um do meu clube (time)! Que bom não estar sozinha!»… mas há realmente muita gente que tem dificuldade em aceitar a sua própria diferença por ela estar visível…e aí, o problema não é o olhar dos outros, mas o do próprio!

    Mudando de assunto: e quantos quilinhos mais à conta dos chocolates?? Ou ainda estás a descontar nos que perdeste depois da operação, por causa das náuseas??
    E vais ter de colocar unhas de gel…ou ainda sobrou algum bocadinho?

    Estou a torcer para que o tempo passe depressa e corra tudo muito bem…a minha amiga que foi implantada em Outubro, foi activada esta semana e está muito feliz! Portanto…

    Penso que a Sun Melody já deve ter dado o endereço do Fórum Implante Coclear em Portugal, mas deixo aqui, porque pode haver mães, pais, avós, interessados em trocar experiências, ou ler sobre o que se passa com implantados, adultos e crianças… http://coclear-livre.forumeiros.com/

    Beijinhos e bom fim-de-semana! (menos de 2 semanas já!! !!))
    Inês

    • Avatar photo laklobato disse:

      Gosto desses seus comentários, Inês, eles contribuem muitissimo com a qualidade do blog!
      Já senti vergonha tb, mas hoje em dia, como você, sinto orgulho. Se as pessoas acham vergonhoso, eu sinto vergonha da vergonha delas. Como alguém pode criticar outra pessoa por resolver uma coisa incomoda, em vez de ficar de braços cruzados reclamando e se fazendo de coitado?
      Enfim, por hora, nenhum quilo a mais… Por hora, acho. Hoje me entupi de picolé. hehehe
      Beijos e obrigada pelo link.

  5. SôRamires disse:

    http://www.harriscomm.com/index.php/equipment/hearing-aid-products/hearing-aid-covers.html

    Nesse link tem protetor para parte exterior do implante (contra umidade, chuva suor e cerveja) equivalente às camisinhas que eu uso para as próteses.
    Todos de “cor da pele”…mas já existem camisinhas coloridas, eu ainda não consegui porque não importam, só o mardito cor da pele supostamente ariana (e quem é negro? mais moreno? cor de burro quando foge?) Durante anos fiz minhas própria camisinhas para prótese (sou prendada viu?) pretas ou marrom porque nesta terra gélida onde não transpiramos nunca nenhuma empresa FDP pensou em oferecer o produto. Eu transpiro loucamente e as pilhas chegavam a enferrujar.
    Chego a pensar que não vendem no Brasil que é para o aparelho estragar logo e a gente comprar outro …o lucro gera ideias tenebrosas.
    😈

  6. Zuleid Mattar disse:

    Olá Lak e por tabela demais amigos (implantados, míopes, gorinhos de aparelho ortodônticos, bengalas, etc…)
    Eu ainda não uso nada mas sei que com o tempo será inevitável, tenho 53 anos e quero viver muuuiiiittooo, e sei que algumas peças necessitarão de reposição (hahahaha) como não somos recambiáveis o jeito é colocar os apoios pra continuar curtindo sons, imagens e sensações com que DEUS nos brinda nesse mundo maravilhoso! Mas tenho um exemplo lindo em minha família, minha sogra é uma mulher linda de 78 anos com uma garra de fazer inveja. Ela precisaria fazer implante de articulação coxo-femural mas, infelizmente, teve medo quando foi possível fazer e hoje por outros problemas de saúde não tem mais condições para tal. Pois bem hoje ela ostenta, orgulhosa e charmosíssimas, sua coleção de bengalas que variam de acordo com a situação: Tem de florzinha, de oncinha, pink, lilás, de cabo de prata, tem pretinha e até as simples para ajudá-la na cozinha. Certo dia ouviu de um senhor da mesma idade dela:
    -Dona Julieta, abandone essa bengala! A senhora é muito bonita para usar isto!
    Ao que ela respondeu com um sorriso lindo e grandioso:
    -Bengalas não são para pessoas feias, são para pessoas que precisam delas, como eu!
    Vou confessar uma coisa, eu sinto ” vergonha alheia” 😳 por pessoas que ainda pensam assim!
    Desculpe pelo desabafo!

  7. Silvia disse:

    Lak, tenho uma amiguinha (uns 15 anos, mais ou menos), que é DA tb..
    Ela desistiu de usar o AASI retroauricular justamente pq as coleguinhas de escola ficavam zombando dela!!! (pois é, ela preferiu ser como “os normais” do que aceitar sua própria condição….
    Daí, ela trocou o Retro por um daqueles que se “escondem” dentro do ouvido (q não sei o nome), mas também já desistiu de usar pq as pessoas notaram o “diferente”. Já conversei com ela a respeito da importância de usar o AASI e também sobre o preconceito das pessoas, disse que o mais importante é ela ignorar os outros e pensar no benefício que o AASI traz pra ela… Nada adiantou….

    Vc tem algum palpite no que eu possa fazer para incentivá-la?

    Bjinhos

    • Avatar photo laklobato disse:

      Eu diria: Por que você quer ser igual a pessoas que zombam de quem resolve os problemas, em vez de tentar escondê-los? Não se prive do som por causa deles, eles não fariam o mesmo por você.
      Quem sabe funciona?
      Beijos

  8. Maíra disse:

    Puxa! Que coincidência!

    Hj mesmo comentei com minha mãe que quero trocar a cor do meu retro pra roxo pq bege é sem graça. e eu mostro mesmo, acho lindo qd uso. no dia-a-dia uso o intra, pequeniinho e qd tiro pra trocar pilha as pessaos vêem q eh azul ou vermelho e acham o maior barato.
    na infancia eu lidei bem qd me perguntam “o que que é isso no teu ouvido? Éca!!!!”
    eu sempre expliquei e não dei bola.
    hj acho um charme e quero mudar a cor urgeeeeeeeeeeente. ja pensou? roxinho? ui!

    ps: passagens compradas: dia 3 to aí!

  9. Juca disse:

    oie de novo! 😈

    lembrei tb de um gurizinho que eu sempre vejo por aqui… às vezes almoço num lugar e ele sempre aparece com a mãe… não sei bem a razão mas ele usa óculos e deve ter perdido um dos olhos… sempre usa um “tapa-olho” adesivo (não sei se tem um nome mais afirmativo, enfim)… o interessante é que sempre ele aparece com um de cor diferente!… então ele não quer disfarçar a situação… pelo contrário, desde pequeno parece que ele já assumiu sua condição e faz questão de mostrar que pra ele não é tão dramático quanto pode parecer às pessoas que o veem…

    (e sabe tb que eu gosto de cor preta… eu ODEIO estampa!… se eu tivesse um mínimo de sensibilidade pra roupa, usava só preto e só branco!… mas aí tinha que comprar variando textura, modelo… muito trabalho pra impaciência masculina no assunto! rsrs)

    beijos!!!

    • Avatar photo laklobato disse:

      Que bacana que ele se assumiu desde pequeno. Tem condições que tentar esconder é pior, você fica desconfortável consigo mesmo e isso é péssimo, porque as outras pessoas sinceramente NÃO se importam muito. Dor que doi mesmo, é só auqela que doi em si (e naqueles que a gente ama).
      Aceitação é um presente que damos a nós mesmo!
      Enfim, o lance do preto é que combina com meu cabelo hehehehe
      Beijos

  10. Silvia disse:

    Boa… adorei.. rsrr

  11. Jairo Marques disse:

    Gata, esse ponto de vista é maravilhoso! Não sei pq as muletas ainda são, em geral, todas de uma cor de burro quando foge… A minha cadeira de rodas, por exemplo, é toda futurista ahahahahah.. todo mundo gosta, acha moderna…. Quando eu vi o seu “aparelhinho” pela primeira vez, em foto, achei muuuito bacanudo!!! É isso…. se a gente precisa de algo “acessório” pra viver de forma plena, que ele seja condizente com o nosso estilo de vida, nossa personalidade! Adorei

    • Avatar photo laklobato disse:

      Pois é, Jairo. A gente não pode mudar o mundo, mas pode mdar a nossa percepção dele. E tudo se torna mais fácil quando a gente aceita quem é… Aprendi isso com vocês, viu?
      Beijinhos

  12. Adriana disse:

    Oi, Lak! Conheço bem de perto uma pessoa que, apesar dos desgastes diários causados pela deficiência auditiva, se recusa a usar qualquer tipo de aparelho. Acho que isso tem a ver com a não aceitação da sua condição, medo do preconceito, insegurança e um cadinho de vaidade. Mas os motivos variam de pessoa pra pessoa, cada um tem sua história. Só queria poder ajudar, mas não sei o que fazer. Talvez respeitar, apenas esperar. Confesso que já cobrei achando que estava ajudando, mas com você descobri que cada um tem seu tempo. Vir aqui, conhecer um pouco da sua história, ver suas dicas, é o que posso fazer de concreto pra conhecer e compreender esse universo. Talvez seja essa a minha melhor forma de colaborar. Beijo pra você.

    • Avatar photo laklobato disse:

      Pois é…. é difícil julgar sem estar na pele, mas também é importante receber incentivo e não deixar de ter qualidade de vida por medo, receio ou preconceito…
      Grande beijo

Participe da conversa! Comente abaixo:

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.