Pilhas, baterias e assuntos do tipo

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Se tem um assunto que volta e meia surge nos nossos grupos e chats de implantados, pré-implantados, candidatos e curiosos em geral é: qual a melhor forma de manter o IC em pleno funcionamento, pilhas ou baterias?

Como tudo que envolve o implante coclear, não existe uma resposta pronta, simples e mágica, que funciona para todo mundo. Primeiro, porque depende se o seu modelo tem ou não opção de bateria recarregável (alguns realmente não tem), se o programa que você usa funciona melhor com determinado tipo ou ainda, as preferências pessoais indiscutíveis.

Dentre os modelos de Implantes Cocleares atuais quase todos possuem a opção de bateria recarregável ou pilhas comuns. Supondo que você receba um modelo com essa opção, no kit inicial entregue na ativação, você provavelmente vai receber mais de uma bateria recarregável, junto com um carregador e algumas pilhas comuns.

Aí, todo mundo que coloca o Implante Coclear, começa a ter dúvidas de qual é a melhor bateria para usar.

A princípio, essa é uma decisão de cunho pessoal. Há quem prefira as comuns, especialmente porque costumam durar o dobro (ou bem mais) do tempo que as recarregáveis. Mas também não é uma regra para 100% dos casos. Há quem relate que as recarregáveis duram o dobro das descartáveis. Tudo bem que esse segundo relato “recarregaveis > descartáveis” seja menos frequente…

Mas, a duração da carga, seja qualquer um dos modelos, depende da programação e do ambiente. Normalmente, quanto mais elaborada for a programação menos tempo as pilhas/baterias irão durar.

Nos primeiros meses, é provável que seu aparelho use uma programação bem simples que consome muito pouca energia e você possa usar o IC por vários dias sem trocar as baterias.  Conforme você for se adaptando às novas frequências, o aparelho tende a gastar mais energia. Por isso, a gente costuma recomendar aos principintes que criem o hábito de sempre sair de casa com uma bateria extra carregada ou pilhas/compartimento de pilhas, no bolso/bolsa.

A mesma regra de tempo de duração vale para a quantidade de ruídos processados. Quanto mais barulhento for o ambiente, menos tempo a bateria/pilha durará. Ouvir música durante horas também consome as baterias rapidinho. Outra coisa que pode diminuir a duração das pilhas/baterias é o uso do Sistema FM (com o sistema wireless isso não costuma ocorrer, até onde reparei).

As pilhas comuns não são as mesmas utilizadas por aparelhos auditivos. O tamanho utilizado por implantes cocleares é o 675, de preferência que tenham escrito “Cochlear Implant” na embalagem. Elas vem em cartelas com 6 unidades e duram bem mais que as recarregáveis. E, por lógica, são mais caras. E duram bem menos. Uma pilha de aparelho (que usa 1 por vez) costuma durar 15 a 20 dias. Quando as do IC (que usa 1, 2 ou até 3 por vez) costuma durar entre 6 e 50 horas. Olha que diferença! Claro que pode variar, mas confesso que não conheço ninguém que usa o IC o dia todo e as pilhas duram mais de 1 semana. Muito embora essa questão também não diga respeito a TODOS os modelos de IC. Até onde sei, existe alguns modelos/marcas que aceitam a pilha comum de aparelho auditivo, modelo 675. Como sempre, é uma regra com exceções.

Ambas as formas de alimentação de bateria costumam ter resultados similares, embora os usuários tenham preferências pessoais. Há quem relate que com determinado tipo parece que o som fica mais baixo ou mais fraco. Mas são relatos pessoais. Por estudos, a capacidade de produção de energia de ambas é tida como similar.

A única coisa realmente ruim do IC é que tanto as pilhas (que são especiais para implante coclear), quanto as baterias são caras e não são fabricadas no Brasil. Há quem consiga fornecimento pelo SUS, mas não é todo mundo nem em todos os lugares, e continuam caras do mesmo jeito, se não sai do nosso bolso, sai do bolso do contribuinte.

A vida útil de cada bateria recarregável é de 2 anos e recarrega em questão de poucas horas.

Seja como for e qual a sua preferência, por hoje é isso, pessoal!

Beijinhos sonoros,

Lak

 

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