Reaprendendo a ouvir as vogais com implante coclear
Esqueci de contar – mentira, eu tava com preguiça mesmo – que segunda-feira foi o dia do meu terceiro mapeamento.
Gosto de contar dos mapeamentos aqui, porque o meu IC já é praticamente uma novela, vai? Eu é que ainda não tenho o talento do Manoel Carlos. Mas, dia de mapeamento sempre vale um postzinho.
Não sei por que, mas fiquei ansiosíssima na véspera e só consegui dormir lá pelas 5hs da manhã. Resultado, cheguei pra mapear capotando de sono e quase dormi enquanto a Dra. Valéria testava os eletrodos. Foi a primeira vez que ela os testou, acho, porque não lembro de ter feito isso antes. Bom, estava eu lá, sentada na cadeira, com a parte externa do IC diretamente ligada ao computador. Aí, começaram uns barulhos estranhos, ao que ela avisou que era pra eu reclamar caso ficassem altos demais, que pareciam um motor sendo ligado e desligado. Mas eu estava com tanto sono, que podia até ser o barulho da máquina de lavar, que pra mim estava soando como “nana neném que a cuca vem pegar”
Logo depois, ela aumentou e equalizou o aparelho e falou pra ficar 2 semanas em cada “mapa” (que ela fez três e eu mudo eu mesma, colocando no volume que me agrada mais).
Daí refez os testes de reconhecimento de vogais, palavras e frases, ou seja, da fala. Lembram que há 6 semanas eu tinha acertado só 35% das vogais isoladas? Pois é, dessa vez, acertei 60%. Palavras continuou igual, até porque eu já tinha ido bem pra caramba. Frases, sem apelo visual nenhum (ela lia frases que eu não tinha sequer noção do que poderiam ser) não entendi palavra nenhuma… Triste, mas verdadeiro, eu dependo demais da visão ainda. No entanto, quando eu podia ler as frases, ainda que fossem várias e ditas de forma aleatória (ou seja, com mínimo apelo visual) eu acertei 60% delas. Vai entender esse cérebro… Sinto-me uma criança pequena que precisa de rodinhas na bicicleta, senão cai haha
Também fiz audiometria e tive, pela primeira vez na vida, uma crise de pânico dentro da cabine. Sempre me orgulhei de aguentar aquela salinha fechada e acolchoada sem dar chilique, mas dessa vez, não consegui. Claustrofobia é vergonhoso!!
Enfim, meu exercício atual é ver tv sem legenda e tentar captar alguma palavra. Até consigo, mas é raro ainda.
Caminho longo pela frente, creio. Mesmo assim, é um caminho fantástico, né?
Beijinhos sonoros,
Lak
Pô! 60% de acertos é um avanço e tanto! En hora buena!
Adelante! Adelante!
Quanto a claustrofobia não se preocupe. Vc precisa ver eu viajando pro Brasil, em 11 horas de vôo e enchendo a cara de vinho pra esquecer que estou em avião. Tenho claustrofobia também. ehehe!
Pois é hehehehe pena que eu ia dirigir e não pude encher a cara tb haha
Como dizem os caipiras na sua imensa sabedoria a respeito do caminho: É com o andar da carroça que as aboboras se ajeitam. Paciência rs abs
E a meia noite, elas viram carruagens? hihihi beijos
Aaaahhhh, Lak, me desculpe, você esta ficando engraçada! Valeu.
Quanto à claustrofobia, acontece comigo principalmente em dias de apagões, sempre tenho a tendência a procurar alguma luz!
Tenha dia muito divertido AINDA, Lak. 😀 Beijos.
Simone.
hehehehe beijinhos
Que notícias sensacionais!
E 60% é muita coisa! Sabe que eu notei o mesmo quando estava na Alemanha? É claro que meu entendimento é cerca de 1%…mas se eu não “vejo” o que tá sendo dito aí então é uma tragédia.
Lak, vamos fazer um trato, eu no Alemão e vc na TV sem legenda!
Acho que vc vai ganhar loooonge!
Beijos!
Edu me arrumou o audiolivro em francês, do Pequeno Prinipe… hehehe vamos ver se me empolga mais que ver tv!!
Mas, treina o alemão sim!! Beijos
Eu fico feliz de ver o seu progresso, de verdade! <3 é tão bom poder compartilhar disso! 😀
hihihi beijos
Essa parte tá engraçada demais: “podia até ser o barulho da máquina de lavar, que pra mim estava soando como “nana neném que a cuca vem pegar”.. ahahhahhhahahah….. e vai usando as rodinhas tranquila… elas vão te ajudar muito e disso eu entendo, heim? ahaahhaha.. beijossss
huahuahauhauhauahua Pior é que tava dando sono mesmo!!
Quanto as rodinhas… bom, pra quem não podia andar de bicicleta antes, usar rodinha não é um problema propriamente dito.
Beijos