Adaptando-se ao Implante Coclear (parte 2)
Na segunda passada eu contei sobre as adaptações físicas necessárias para garantir o conforto no uso do Implante Coclear e continuando nosso papo, hoje falemos mais sobre as adaptações sensoriais.
Na primeira ativação, a maioria dos profissionais responsáveis pela ativação/programação do implante coclear, opta por fazer uma programação suave, com volume baixo.
Entre os mapeamentos, o próprio usuário (ou responsável, no caso de crianças) vai aumentando gradualmente o volume.
Porém, algumas pessoas tem mais sensibilidade ao som que outras, principalmente no caso de adultos que tem um longo tempo de privação auditiva. Para essas pessoas, costuma-se recomendar também um aumento gradual no tempo de uso do aparelho. Pode-se começar com quatro horas no primeiro dia, cinco no segundo, seis no terceiro, sete no quarto, etc. De forma que o usuário sinta-se mais confortável durante a adaptação e finalmente possa fazer uso do IC durante todo o dia sem desligá-lo.
Para os modelos que possuem opção de gravar vários mapeamento, o ideal é que as trocas sejam feitas de acordo com a recomendação do profissional que realizou as programações. Mas, é claro que tem gente que resolve se adiantar e ir trocando por conta própria, mais rápido do que o recomendado. Isso só deve ser feito se não causar desconforto. E sem muita ansiedade de atropelar o processo gradual de adaptação ao som.
Evitar ambientes muito barulhentos nos primeiros dias (ou deixar o aparelho desligado nessas horas) também é uma dica que os fonoaudiólogos de programação costumam dar e é válido. Porque o excesso de ruído, para quem estava desacostumado a ouvir por muito tempo, pode provocar dores de cabeça, mal estar, tontura e até machucar o nervo auditivo.
Por outro lado, é importante não ter medo de arriscar. Treinar o ouvindo em conjunto com um fonoaudiólogo especializado em reabilitação auditiva é fundamental. Mas treinar no dia a dia, por conta própria também é. Ouvir a televisão, tentar ouvir músicas, tentar falar no telefone, tudo isso pode ser feito a partir do momento em que houver vontade e curiosidade, mesmo que as primeiras tentativas sejam meio frustradas.
Se você ainda não leu a parte 1, leia aqui.
Na próxima segunda tem a parte 3, onde conto mais sobre essa fase de adaptações psicológicas que todos temos que lidar após esta grande mudança em nossas vidas.
Acompanhem!
Beijinhos sonoros,
Lak Lobato
Interessante…mas só vim aqui pra avisar que o sapinho voltou 😈
hahahaha
Gostei, estou exatamente nessa fase, 😙😙 incrível…
Lak, minha primeira vez de comentar aqui no blog, comecei a te acompanhar poucos meses atrás quando minha audiometria deu perda auditiva bilateral severa a profunda…
Eu uso aparelho desde meus 4 anos, tendo hj quase 27, foi period difíceis, negação,vergonha, perdi muita coisas na vida, principalmente na escola, faculdade, tive q me esforçar muito p aprender, e além do mais tentar conviver no mundo dos ouvintes sem ser percebida como a “diferente” isso p nós é inadmissível, não aceitamos em momento algum ser a surda né?
Bom, vou resumir… Rs
Hj estou no processo de… Vamos chamar Antes IC… Estou esperando para fazer exames pré operatórios e fazer ac cirurgia, ansiosa mais sem criar muita expectativas, pq quando algo não sai como quero fico muito “revoltada”… Rs
Não aceito de jeito algum, acho q eu uns dos meus defeitos ser teimosa e não aceitar as coisas como elas são…
Enfim… Contarei mais quando estiver novidades… Abraço 😘
Danielli, acho que você precisa de mais amigos que também sejam deficientes auditivos e usem próteses, implantaveis ou não. Porque assim, você vai perceber que não tem nada de errado em ser diferente, porque existem pessoas iguais a você… E vamos conversar mais, para você ver que aceitar as coisas como elas são não é tão ruim assim. Beijinhos