24 de Abril: Dia de Conscientização da Meningite
24 de Abril é Dia de Conscientização Contra a Meningite, uma doença séria que pode ter graves sequelas e é uma das principais causas de surdez por doença infecciosa. Dr. Felippe Félix nos esclarece sobre o tema, nesta breve entrevista.
Não sei se vocês sabem, mas no dia 24 de abril é o Dia de Conscientização Contra a Meningite. Vocês conhecem a meningite? Eu resolvi falar desse assunto porque é uma doença que está muito ligada à surdez. Então eu convidei para vocês, especialmente para vocês o Dr. Felippe Felix da Central Carioca de Implante Coclear. E ele vai responder as nossas perguntas mais comuns em relação à meningite. Bem vindo, Dr. Felippe.
Dr. Felippe Felix: A meningite é uma inflamação das meninges. E o que são meninges? São aquelas membranas que revestem todo o nosso sistema nervoso central. Que reveste o cérebro todo. Reveste a medula, a espinha nossa, e entre esses folículos da membrana tem líquido, o liquor cefalorraquidiano, liquor que impede que tenha um impacto grande no nosso cérebro na nossa cabeça. Nossa cabeça é osso, né? O liquor acomoda esse impacto.
A membrana que reveste essa área é a meninge. A inflamação delas é a meningite. Essa inflamação pode ser por vírus, por bactérias, por fungos, ou seja, tem vários agentes e germes que podem causar esse tipo de inflamação. Sendo assim, por que que essa inflamação causa surdez?
Porque a gente tem uma comunicação. Esse é o aqueduto que une a orelha interna, que é onde está a cóclea, que une a parte definida nossa com o liquido que vai entre as membranas da meninge. Ou seja, uma meningite pode acabar, o germe que está gerando a meningite pode acabar migrando por essa comunicação que a gente tem com a orelha interna. Ou seja, uma meningite pode evoluir para surdez por contiguidade, por aquele germe que está navegando naquele líquido que está na meninge para dentro da orelha interna. Existe também disseminação desse vírus, bactéria por via sanguínea. Também pode a bactéria ou vírus atingir o sangue e se espalhar pelo corpo todo. E entre um dos órgão ser a própria orelha interna. onde está o teu órgão auditivo.
Dr. Felippe: Porque a gente tem uma comunicação. Esse é o aqueduto que une a orelha interna, que é onde está a cóclea, que une a parte definida nossa com o liquido que vai entre as membranas da meninge. Ou seja, uma meningite pode acabar, o germe que está gerando a meningite pode acabar migrando por essa comunicação que a gente tem com a orelha interna. Ou seja, uma meningite pode evoluir para surdez por contiguidade, por aquele germe que está navegando naquele líquido que está na meninge para dentro da orelha interna. Existe também disseminação desse vírus, bactéria por via sanguínea. Também pode a bactéria ou vírus atingir o sangue e se espalhar pelo corpo todo. E entre um dos órgão ser a própria orelha interna. onde está o teu órgão auditivo.
Dr. Felippe: Sim, existe vacina já. Tem bastante, tem muitas opções de vacina. Quase todas elas, não digo todas, só umazinha que ainda não tem. Tem na rede SUS, que é o Sistema Único de Saúde, os postos de saúde que a gente pode usar. Já estão no calendário vacinal obrigatório das crianças.
Então, a gente tem a vacina de Haemophilus influenzae tipo B, que é um germe, uma bactéria que pode causar meningite. Nós temos a vacina meningocócica ACWY, ou seja, pega quatro subtipos da meningocócica, os germes meningococos que podem causar meningite. Tem no SUS.
Tem a pneumocócica no SUS também. Tem a decavalente. Tem a pneumo 23 também, todas essas a gente tem no SUS. E no privado, a única que a gente não tem, é para um germe só dos meningococos. A gente tem no SUS A C W e Y esses subtipos dos meningococos. Mas o meningococo B, a gente não tem no SUS ainda, ele é só no privado. É um meningococo menos comum aqui no Brasil e por isso que o governo ainda não bancou essa vacina na população.
Dr. Felippe: O que deve ser feito? Primeiro é quantificar quanto que foi essa perda auditiva. Pra gente saber qual foi a lesão na orelha interna. Se foi uma perda severa-profunda, rapidamente tem que procurar um otorrino para fazer uma avaliação da cóclea. Por que? Após a meningite, às vezes, em um mês já começa a aparecer ossificações na cóclea, já começa a criar barreiras no canal da cóclea, por onde justamente a gente passa o feixe de eletrodos de implante coclear. É importante checar se existe já essas ossificações se formando, porque a gente tem que fazer o quanto antes. Já teve casos que eu vi, quatro meses depois de um episódio de meningite, já aparecia com a cóclea toda ossificada que não permitia mais a entrada do feixe de eletrodos. Ou seja, não seria possível o implante coclear. Nesses casos, então, tem que ser imediato.
Dr. Felippe: Bom, existe sim algum risco a mais. Por que? Porque o implante está na orelha média, que é um espaço que pode ter bactérias, é uma otite média que vai dar naquela região. E esse implante que tá passando pela orelha média, vai entrar dentro da orelha interna, que tem comunicação direta com o quem que eu falei no começo? Com a meninge. Então, essa comunicação tem duas vias, pode ser a orelha a orelha interna que mande um germe para a meninge e ai gerar uma meningite. Por isso que quem tem… o germe tá lá na orelha média, fez uma otite média. Se eu tive otite, eu não tenho comunicação com a orelha interna. Mas a pessoa que tem implante tem lá uma comunicação pelo implante. A bactéria pode subir pelo cabo do implante e entrar na orelha interna através daquele cabo. Então, os pacientes que usam implante coclear deve fazer uso da vacina. As crianças, já estão no calendário oficial das crianças. Mas os adultos, que quando eram crianças não tinham essa vacinas, tem que se vacinar: Haemofilus B, pneumocócica, as meningocócicas. E todo ano é interessante se vacinar com a vacina da gripe. Por que? Quanto menor a chance de gripe, menor a chance também de desenvolver uma otite média. E esse germe passar para orelha interna e passar para a orelha média.
Opa, tá aí uma informação importante. Pessoal, já começou o calendário anual de vacinação de gripe deste ano. Dr. Felippe, muito obrigada pela sua generosidade e pela participação neste vídeo. Pessoal, sigam o Dr. Felippe Felix no Instagram @felippefelix também me sigam no instagram.com/laklobato.
Beijinhos sonoros e até a próxima.
Lak Lobato