É só um furinho….

Como prometido, mantendo vocês a par de cada passo do pré cirurgico, mesmo  postando de sábado (sei que tem quem venha aqui, eu sei eu sei), mas antes, uma notinha legal roubada – na cara de pau – do blog Deficiente Alerta (via portal Mara Gabrilli):

A atriz Alinne Moraes viverá uma modelo que se torna tetraplégica na próxima novela do Manuel Carlos “Viver a Vida”, que começa em setembro – quando grazadels acaba essa tortura Caminho das Indias – o que trará a debate a condição das pessoas com deficiência no Brasil. Iniciativa fantástica do novelista, não? Vale a pena ler o post na íntegra, clica no link acima.

Mas enfim, voltando aos meus exames. Hoje, acordei cedo e fui lá no laboratório fazer hemograma, coagulograma etc…

Chego lá, uma bagunça, não tem informação nenhuma por escrito. Tive que perguntar: “Onde fica a triagem de exames de sangue?”. Detesto ter que perguntar coisas, acho que todo lugar deveria ter informação visual, quando se trata de uma coisa corriqueira que TODO mundo pergunta. Isso, por si só, na minha opinião é falta total de acessibilidade. E se eu fosse sinalizada e não conseguisse me comunicar falando? Iria ter que levar interprete a tiracolo ou rezar pra ter alguém que falasse Libras lá?

Enfim, subo pro 4º andar, tiro uma senha e fico esperando ser chamada pra fazer a ficha. Essa parte é bacana, porque aparece o número escrito. A mulher me faz trocentas perguntas, inclusive fator Rh, coisa que nunca tinham me perguntado. Achei legal!

Depois da ficha preenchida, não tem jeito, a chamada é via oral mesmo, quando vem o(a) tecnico(a) tirar o sangue. Fiquei parada de frente pra porta, rezando pra entender quando ela me chamasse, porque o barulho estava infernal (barulho demais me cansa e dificulta a leitura labial) e não dava pra ficar muito perto da porta. Enfim, sai uma mocinha, esboça falar um nome. Não consegue… Bom, ai comecei a rir e deduzi  que era eu (Edu estava comigo, mas eu evito o máximo depender dele. Ele riu junto). Ela entra de novo, sai de novo e chama pelo número da senha: 120. HAHAHA Lembrei quando estava na escola e, no primeiro dia de aula, sabia quando chamavam meu nome pela pausa que faziam no meio da leitura.   Cheguei e disse: “120 sou eu.” Ela perguntou: “como se fala seu nome?”. Respondi: “Lá-qui-chi-mii.” Ela não teve coragem de repetir…

Fez o exame padrão, tirando 6 tubos de ensaio – nossa, fiquei tonta, confesso – e depois disse: Vou fazer um furo na sua orelha, ok? Tira o brinco.

Eu arregalei os olhos e perguntei por quê.

Ela respondeu: “Tempo de coagulação do sangue.”

Aí me dei conta que não era um exame corriqueiro – faço checkup todo ano, estou acostumada a tirar sangue, mas nunca me furaram a orelha, a menos que  fosse pra colocar brinco – estou fazendo pré cirurgicos!  Deu um friozinho na barriga! Ela veio, furou (não doeu!) cronometrou e disse: “Menos de 2 minutos, pode ir. Toma a fichinha pra você tomar um lanche lá embaixo.”

Desci, pedi um suco de laranja – minha mãe me ensinou a fazer isso, sempre que tirar sangue, tomar suco de laranja depois – e vim pra casa. Desmaiei na cama e dormi até as 15hs hehehe Tudo bem fazer exames, mas isso de acordar cedo no sábado não é comigo não!

Beijinhos

Lak