Encontro com a Paula Pfeifer do Crônicas da Surdez

Há um tempo (não sei precisar quanto) Paula me mandou um email dizendo que estaria em São Paulo em agosto.

Como muita gente sabe, nossos blogs são parceiros há 4 anos, então nós também trocamos muito emails para conversas sobre certas informações que colocaremos nos blogs, para pedir ajuda sobre algum assunto que nos foi solicitado mas achamos que a outra domina melhor, para trocar experiências, para fofocar e jogar conversa fora.

Fiquei atenta à data que ela informou, porque graças a essa parceria, fazia muito tempo que gostaria de conhecê-la.

De muitas formas somos pessoas parecidas – temos o mesmo histórico de perda auditiva, levada a diante com muita dose de bom humor – mas também muito diferentes. Não tenho a menor competência para falar de moda, por exemplo hehehe

Mas, independente disso tudo, sempre fomos boas amigas e amigo a gente sempre quer encontrar.

Ela me passou os dias que estaria em São Paulo e pediu para eu escolher um. Sugeri a segunda a noite, para ela ter tempo pros outros milhares de fãs nos dias seguintes. Isso porque eu queria encontrá-la só nós. Por mais que eu adore encontro com galera surda oralizada, esse encontro era importante para nós duas (Paula está na fase pré IC e naquela ansiedade que… não dá pra explicar, só vivendo pra saber… enfim) para a gente ter tempo de conversar tudo o que tínhamos vontade.

Lógico que levei meu livro “Crônicas da Surdez” pra ela autografar, porque ela teve a delicadeza de me mandar um livro pelo correio, mas foi a editora que mandou e veio sem autógrafo.  Acho que foi a dedicatória mais bonita que já li (visão egocêntrica e subjetiva da vida, quem nunca…)

“”Para minha querida Lak,
Cuja coragem, garra e alegria de viver me enche de vontade de ouvir muito.
Você me inspira (há anos)
Sweet beijos
Paula”

Nosso jantar durou umas três horas. Conversamos muito! Sobre IC, blogs, trabalhos, viagens, relacionamentos, tudo… Assunto foi o que  não faltou…

Admito que são poucas as pessoas com quem sinto uma empatia e identificação tão grande!

Principalmente, por compartilharmos a jornada de divulgar a existência de um grupo tão ignorado (e porque não dizer hostilizado) pela mídia e pela sociedade.

Ninguém muda o mundo sozinho, mas quando você tem uma companhia que seja, tudo se torna tão melhor e mais fácil.

Paula, obrigada por ser minha companheira de blog e pela conversa de ontem.

Todas as confirmações possíveis de que você é uma pessoa maravilhosa!

Beijinhos sonoros,

Lak