Expectativas pré-implante coclear: o que você precisa saber?
Mais uma nova colaboradora inicia uma coluna aqui no “Desculpe, Não Ouvi!”, que irá nos ajudar com dicas mais profissionais sobre o implante, afinal, a coluna é escrita por Ana Paula Akaishi Santana, fonoaudióloga do Otocentro de Londrina, especializada em diagnóstico e adaptação de AASI e implantes auditivos.
Introdução por Lak Lobato
É com um imenso prazer que acolho o convite de uma pessoa que a considero como uma amiga, trocando muitas experiências…
Que me ajudam a aprender cada vez mais.
Sou fonoaudióloga e tenho um desejo muito grande de ajudar pessoas com dificuldades auditivas para encontrar o melhor caminho do som!
Trabalho na área de audiologia com diagnóstico, adaptação de AASI e implante coclear. Amo muito o que faço, por isso coloco muito amor no meu trabalho.
Pela minha experiência vejo que a maior ansiedade dos pacientes que irão realizar a cirurgia do implante coclear é o tempo de espera para a ativação. Isso para muitos é uma eternidade, um dia que não chega nunca…
O processo se inicia após uma avaliação médica e uma avaliação fonoaudiológica.
Os exames mínimos realizados são a Audiometria completa, a Audiometria em campo com uso de AASI (aparelho de amplificação sonora individual), o BERA (Potencial evocado de tronco cerebral), as Emissões otoacústicas, a Tomografia computadorizada de ossos temporais e a Ressonância magnética de ossos temporais. Após todos os resultados é necessário uma discussão sobre o caso com a equipe se é ou não uma indicação para o implante coclear. Caso seja indicado o implante o paciente é encaminhado para a primeira orientação com a fonoaudióloga.
Vejo nos olhares dos familiares e/ou do paciente adulto uma expectativa muito grande para voltar a escutar ou para começar a escutar. Procuro trabalhar muito essa expectativa com questionários e bastante orientação para o paciente entender exatamente o que vai acontecer para que ele possa ter uma consciência dos resultados que poderão ser alcançados. A expectativa é tão grande que alguns acham que já podem sair da cirurgia escutando.
O processo é longo, podendo demorar até um ano para aprender a escutar através do implante coclear, pois precisa aprender todos os tipos de sons vindos pelo implante. Nessa etapa, já oriento o importante e necessário trabalho com uma fonoaudióloga reabilitadora com a terapia auditiva verbal, na qual vai estimular e orientar, principalmente a família, em como proceder em casa e nas situações do dia a dia.
Outro profissional muito importante é o psicólogo, o qual vai trabalhar os aspectos psicológicos do paciente e das pessoas que convivem com ele, avaliando se o paciente está preparado para a cirurgia, se aceita uma prótese implantada, se os familiares estão motivados e apoiam esta decisão. Isto é, é preciso estar bem claro em todos os casos de cirurgia de implante coclear, pois o que pode acontecer nesse início de adaptação, também é um mau controle das expectativas e da ansiedade com os resultados não sendo alcançados.
Caso algum paciente esteja passando por esse mau controle, é preciso procurar ajuda sempre. Nos primeiros meses, o processador é ligado com um volume bem baixinho para iniciar o processo da adaptação aos sons e se não for bem orientado, é provável que o paciente ache que irá escutar assim pra sempre. A primeira ativação ocorrerá mais ou menos entre 4 e 6 semanas após a cirurgia. No primeiro ano de implante, são realizados vários encontros o profissional de programação para que se possa ajustar os sons da melhor maneira possível, confortável e audível.
À cada visita continuam com orientações, questionários e exames de audiometria em campo livre para verificar como está a evolução para realizar novos ajustes. As visitas ao otorrino e à psicóloga não devem ser esquecidas e principalmente, também, o acompanhamento com a fono de reabilitação. Ou seja, é necessário uma equipe sempre por perto, muito estímulo, aprendizado, paciência e apoio das pessoas de convívio.
Com isso, é possível conseguir o sucesso com o uso do implante coclear!
Muito obrigada pela sua confiança, Lak!
Fga. Ana Paula Akaishi Santana
Quanto custa mais ou menos isso? Eu estou tentando sair de casa para ver aparelhos mas tenho problemas de ausência por causa da minha epilepsia. Desmaio do nada e acordo sem saber o que aconteceu e não meu neurologista não pode aumentar meu remédio por causa do meu transplante de fígado. Uma cirurgia a mais em mim não faria diferença. Já fiz transplante de fígado, tirei tumor benigno no cérebro, já fiz cirurgia de desvio de septo, curetagem, e tirei o útero e um ovário. Se tem algum plano de saúde que cobre isso ou parte, pelo menos os exames, preço de cada aparelho. Já faltei muito em consultas médicas por passar mal no dia. Mas minha mãe sempre liga pra avisar para chamarem outro no lugar. Se repeti algo que eu já disse aqui, eu estou com um pouco de amnésia por causa do pedaço que foi retirado do meu cérebro que é ligado à memória e fala. Esqueço palavras. Sei o que quero dizer, imagem vem na cabeça, mas palavras somem. Consigo fazer a descrição da palavra para alguém me dizer qual é. Conversar aqui em casa está cada vez mais difícil. Meu marido sempre esquece que eu não entendo nada do que ele fala se ele não estiver de frente para mim. Muito obrigada pela ajuda. Só recebo informações úteis por aqui. Abraço e obrigada de novo.
plano de saude cobra totalmente, mas é preciso avaliar se você teria indicação.