Filosofâncias sobre a maternidade
Como ultimamente muitas mães de implantados, pré-implantados e deficientes auditivos tem comentado no blog, tenho refletido muito a respeito de como as mães agem. Sempre percebo como, de uma forma ou de outra, o comportamento delas se parece com o da minha mãe, quando eu perdi a audição.
Já comentei aqui, mas talvez ninguém se lembre, que perder a audição me tornou observadora. Sem a audição como referência, a visão passa a pesquisar o ambiente de forma quase automática. E, apesar de que perder um sentido tenha me desnorteado, talvez pelo fato de eu ser muito nova, não tinha muita compreensão da gravidade da situação. Mas, meus pais, que eram adultos e tinham maturidade e discernimento de sobra para compreender, sofreram muitissimo. E, sendo honesta, o meu sofrimento não chegava aos pés dos deles.
Percebo que mãe e pais são as pessoas que mais sofrem antes da cirurgia do Implante Coclear, mesmo de candidatos adultos. Mexer com a prole de alguém, é mexer com o instinto mais básico da pessoa!
Portanto, quando converso com alguma mãe, percebo que isso é também um aprendizado para mim, uma vez que, como não sou mãe, é difícil compreender o que se passa no íntimo de uma pessoa cujo filho tem uma deficiência. Cujo filho precisa de cuidados especiais. Cujo filho precisa passar por uma cirurgia corretiva. Então, conversar com elas é uma aprendizado imenso, porque elas me dão o ponto de vista delas, que vai me ajudando a, cada vez mais, saber o que elas precisam que eu responda. Não adianta, de forma alguma, eu dizer ‘é, o IC vale a pena porque é melhor do que o AASI’ de forma crua, porque não serão elas que irão usar e elas querem proteger o filho de tudo e nenhuma argumentação lógica vai ser mais forte do que o instinto de preservação da prole.
Este post é, sobretudo, um agradecimento a todas as mães que comentam no DNO, que se abrem a conversar com um implantado adulto. Que se permitem ouvir o que eu tenho a dizer e que me ajudam a compreender melhor o outro lado da história.
Mas, também é uma reflexão particular. Já comentei que não tenho vontade de ser mãe. E isso é uma coisa que percebo que as pessoas tem dificuldade de entender. E sempre tentam argumentar que ‘eu vou mudar de idéia’. Ok, quando mudar de idéia mudei, mas no momento, continuo não sentindo vontade. E ninguém deveria se obrigar a fazer o que não tem vontade. Especialmente quando envolve a vida de outra pessoa, já que não dá pra desistir no meio do caminho ou devolver o filho, então…
Não me incomodo de responder 10382028308292 perguntas sobre isso, nem de ter que explicar pela enézima vez que não existe um motivo, é apenas falta de vontade pura e simples. Mas, me incomodo DEMAIS quando alguém evoca a deficiência como argumento.
Acho absolutamente desagradável alguém dizer “Ah, mas seu marido ouve e pode ajudar”. Se acham que um deficiente precisa de supervisão, então não cobrem filhos dele. É nojento ter que explicar que deficiência não precisa, necessariamente, incapacitar alguém de ter filhos. Ou achar que uma pessoa com deficiência é estupida o suficiente de não pensar nas adaptações que precisa para realizar o sonho da maternidade.
Mais ainda, acho grotesco quando me perguntam “você não quer ter filhos porque tem medo de passar a deficiência pra ele?”. Primeiro, a minha deficiência é adquirida, canso de falar isso, então essa possibilidade não existe. Mas, supondo que existisse, ninguém é obrigado a ter que passar recibo genético pra receber aval de ter filhos. E, caso a deficiência seja genética, nem todo mundo deve se sentir a vontade para falar disso, portanto essa pergunta pode soar como uma invasão de privacidade.
Não acredito, de verdade, que exista obstáculos para se ter filhos, quando a vontade existe. Quem quer ter filhos, encontra um meio. Seja contratando uma babá em tempo integral. Seja fazendo triagem embrionária. Seja por doação de óvulos ou espermatozoides. Seja por fertilização in vitro. Seja por adoção. Para quem quer ser mãe, sempre existe um meio! E se a pessoa quer de verdade, será a melhor mãe que existe, porque quem batalha para conseguir valoriza o que conseguiu. Conheço mães com deficiência que são mães excelentes, incríveis e que superam qualquer expectativa negativa.
Mas, para quem não quer, nenhuma argumentação é o bastante. Vontade a gente tem ou não tem, pura e simplesmente!
Beijinhos sonoros, em especial para todas as mamães que lêem o DNO! Vocês são incríveis!! Obrigada pelos comentários e pela ajuda constante.
Lak
Lembrei que há casos em que surdez e maternidade podem gerar um cuidado maior em quem tem otosclerose, que muitas vezes piora a surdez por causa dos hormônios na gravidez. Mas é um assunto a discutir entre a futura mãe com otosclerose e seu médico de confiança. Conheço muitas surdas que programam a gravidez e depois a cirurgia para corrigir otosclerose.
Eu tive amigas que perderam parte da audição depois de uma gravidez, e eu não pude fazer reposição hormonal durante a menopausa porque os hormônios pioram a otosclerose.
De toda maneira a decisão de ter ou não ter filhos é decisão pessoal e deve ser respeitada. Sempre! 😉
Pois é, Sô, continua sendo um assunto de foro íntimo gravidezes que precisam de cuidados especiais. Isso fica entre a gestante, o médico, o parceiro e a família. Não é assunto pra se responder pra qualquer passante que não tem noção de respeito, entende?
Beijos
Soa não, é invasão de privacidade Sim, as pessoas perderam a noção da medida de até onde perguntar ou não a alguém sobre uma situação da vida dela.
Outra detalhe, tem pessoas que ao ter filhos tem baba, enfemeira, avos
e, elas mesmas estão pouco com os filhos…pq muitas vezes estão cumprindo um papel social sem ter muito entusiasmo com a função mães mas, com isso cessam a cobrança de ter que ter filhos…
Penso num mundo mais aprimorado essa consciência de ter filhos ou não, será ativada e contribuirá para uma melhor qualidade de seres humanos. Filho é pra quem quer tê-los pq nesse caso tudo se resolve adequadamente, sem susto mas com um carinho enorme, não é pra ser obrigação e sim opção, só assim me parece possível uma relação amorosa.
Mas que pessoas desagradáveis que vc encontrou pela frente…
Que bom que vc lida bem com a sua surdez. Isso não é pergunta que se faça, como se diz na giria: ninguém merece!
beijos sonoros, com barulhinho de mar calmo ao cair da tarde 😳
Pois é, filho é pra quem quer. Quem quer, acha um jeito. Nem que seja adotando.
E quem não quer, não deveria ser obrigado a responder questionários de intimidade. Não vem ao caso.
Beijos
Lak, acho que tenho a impressão de que faltou um argumento sobre as mães surdas/deficientes auditivas terem filhos. Não estou falando de você! Eu sou mãe surda, tenho um filho de 7 anos e estou grávida da segunda criança (5 meses de gestação, é um outro menino). Enfatizo que no meu caso, meu filho de 7 anos é ouvinte. Ainda creio em que a maioria das mães surdas/def.auditivas têm filhos ouvintes. Já tem alguns casos, sim, em que as mães surdas gerarem filhos surdos também.
Quanto à postgem, acho-a muito boa! Continua fazendo mais postagens à medida que acontece algo ou ouve falar.
Beijos.
Simone.
Querida, não falei disso porque não tenho conhecimento da causa. Cabe a vocês, que têm deficiência auditiva e também são mais, falarem com propriedade a respeito. Não me considero em posição de opinar sobre o que não vivo, porque periga falar bobagem.
Mas, vocês tem meu total respeito e admiração!
Beijão
Bem, mesmo sabendo que um filho, seu me tornaria avô, o que me agradaria, estou certo de que a sua decisão é autentica e respeito de coração. Parabéns por suas convicções! Bj, Armando.
Não tem nada melhor que ler isso de você, sabia? Te amo demais!!! Beijos
Muito bom este post! Você é a segunda mulher que vejo falar sobre “não ser mãe” com tamanha autenticidade. Pois é, se a decisão de ser mãe/pai fosse mais consciente e, não obrigação social, talvez não teríamos tantas pessoas infelizes e problemáticas nesse mundo. Quanto a invasão de privacidade e suposição de seus motivos por essa escolha, são pessoas que tem medo de quem é autêntico e pensa diferente delas, simples assim! Quem disse que temos todos de seguir o mesmo roteiro de vida?!?!
Bjs,
Deni
Pois é, Deni… Eu louvo a maternidade, mas como uma escolha. Quem quer ser mãe, deve ser mãe. Pra tudo existe solução!!
Mas, quem não quer, não quer. Pouco importa os motivos. Insistir querer saber, inclusive quando não se tem intimidade, é muitissimo desagradável. Alguns assuntos não interessam e ponto!
Beijocas
Lak, vc sabe que eu quero ser mãe e me sinto extremamente invadida qdo me perguntam se não vou ter agora, qual o motivo e começam a ladainha pró maternidade…
Concordo plenamente com vc: Maternidade é para quem deseja! Na hora que a pessoa desejar!! Não importa se a pessoa tem grana ou não, tem algum deficiência ou não… essa pressão social é algo realmente incômodo!
Para mim, incomoda mais porque acaba ocupando mais espaço da maravilha que é ver o relacionamento de pais e filhos que se amam e se respeitam! Me emociono com essa relaçao e fico muito irritada qdo algo tão pobre toma o lugar dessa magia!
Enfim… gente é assim mesmo: tem umas muito legais e tem outras muito chatas! Vc tem um certo radar para encontrar umas malas pelo seu caminho; em compensação, tem um dom magnético para atrair pessoas incríveis! 😀 acho que isso é o tal equilíbrio do universo! 🙂
beijocas
Sou mala, atraio gente mala, pq a gente atrai semelhantes hehehe
Olha, falei pro meu pai hoje… ELE me cobrar um neto, e ficar fuçando pra descobrir o motivo é uma coisa. Faz diferença pra ele.
Mas gente com quem não tenho intimidade é complicado! Minha decisão não afeta nem acrescenta em nada. Portanto, aceite a resposta e mude o tema da conversa.
Acho que cada um sabe o que é melhor pra si. E se não souber, o destino sabe.. Portanto, o povo deveria parar com essas cobranças desnecessárias!
Beijos
Esse foi um dos melhores posts. 🙂 “Quem quer ser mãe, sempre encontra um meio!” E é verdade.
Esse tipo de perguntas realmente é uma invasão de privacidade. E são perguntas muito idiotas também, desculpe se fui muito grossa. Qual o problema se o filho vier com alguma deficiência? Caso aconteça, a mãe fará o que achar melhor para o filho. Ponto. Já vi muitas mãe lamentando e achando que foram punidas por Deus, é doloroso demais ver isso… Entendo que é porque elas não sabem a respeito e se desesperam por isso, mas ainda bem que sempre há alguém que mostra que há soluções e que não há nada para lamentar. É uma luta, mas vai ficar parada e deixar o filho sozinho?
Já me perguntaram se minha mãe criou eu e minha irmã, como se ela fosse incapaz. Isso é estarrecedor… Acho que a pessoa faz nem ideia que fez uma pergunta tão… sei lá. Entendo que não perguntaram por maldade, e sim por curiosidade… Mas enfim, respondi algo como que ela era minha heroína. Me salvou a vida, quando a babá errou os remédios e eu tava roxinha, sem respirar direito. Mamãe sugou meu nariz para tirar os remédios. Acho que responder assim já basta. 🙂 E tem meu pai, né, sempre ajudou minha mãe.
“Percebo que mãe e pais são as pessoas que mais sofrem antes da cirurgia do Implante Coclear, mesmo de candidatos adultos.” >> Você precisa ver minha mãe. Parece que é ela que vai fazer cirurgia e não eu, rs. Um mix de emoções: apreensiva, empolgada, feliz, preocupada e eu tranquila, hehehe. Talvez o bicho me morda quando a data da cirurgia estiver perto, será?
Bjs, Lak!
Mari, as pessoas perdem tempo precioso analisando o que não entendem, mas sem nenhum interesse de aprender.
E a maneira que elas perguntam, ja vem com julgamento. Uma coisa é perguntarem: “quais as adaptações que, como cega, sua mãe precisou fazer pra criar vocês?” Isso daria até prazer de responder, porque seria praticamente passar conhecimento a diante. Condições especiais exigem adaptações. Beleza, segue o baile.
Outra coisa, é perguntar partindo de um pré-julgamento: “Mas sua mãe é cega, é semi-incapaz. Perai, foi ela que criou você?” A pessoa já pergunta com idéias pré-estabelecidas de desmerecimento. Isso me incomoda.
Quando criança, no prédio ao lado do meu, havia um cego que morava sozinho. Nunca me ocorreu como ele fazia as coisas na casa dele. Mas, um dia, reparei que ele usava relogio e fiquei intrigada. Perguntei pro meu pai como ele fazia pra ver as horas no relógio de pulso. Meu pai respondeu: ele abre o vidro e toca as ponteiros.
Curiosidade com o que existe fora do paradigma a gente tem. Alias, com tudo o que não sabemos… O que não podemos é julgar que o outro SEMPRE é um incapaz e já perguntar demonstrando esse pensamento. É desagradável, desnecessário e ofensivo.
Recentemente, me perguntaram se eu tinha medo de ter filhos surdos. Eu respondi o mesmo que você falou ai acima: “Obviamente não! É a única deficiência qual a qual sei lidar perfeitamente. Não é uma situação desconhecida, por quê eu teria MEDO de lidar com isso?” A pessoa ficou super sem graça, porque na cabeça dela, eu não queria filhos pq poderiam ser surdos e filho surdo é a maior desgraça…
Imagino que sua mãe esteja sofrendo mesmo! A minha ficou tão impossível quanto eu hahaha
Beijos
Algumas pessoas não têm noção do mal que causam, ao fazer suas inocentes perguntas. Eu adotei uma criança excepcional, e uma colega de trabalho (bobinha, coitada), me perguntou “por que justo essa?”. É de chorar pelado, né não? Na época eu ainda era light, fingi que não percebi que minha filha estava sendo comparada a uma mercadoria com defeito de fábrica, e só respondi que a paixão deixa a gente meio besta.
Nossas opções são nossas, e as compartilhamos com quem queremos. Conheço desde sempre sua decisão de não ter filhos. Não vi motivo para perguntar a razão, a parte que me cabe é respeitar. Simples assim.
Um beijo e até o encontrão.
O problema, Rogs, não é a pergunta curiosa, mas ela vir cheia de preconceitos, pressuposições, deduções… Parecendo um inquérito policial.
Contando os dias pro encontro!! Beijos
Olá Lak! Depois de ler seu últimos 2 post, acabei indo dormir e tive um sonho bem bacana com vc! Sonhei que saímos juntas para fazer compras, e como em sonho tudo é possível, vc acabou me empresstando seu aparelho para que eu experimentasse o som do IC! Acabei adorando, talvez pq os seus comentários sobre o IC deixa-nos deslumbrados, ou talvezs seja um sinal! Tenho def. auditiva adquirida (meningite) desde os 15 anos (hoje tenho 33) e uso AASI desde então. Como vc comentou, no início há muito sofrimento, mas como era novinha não compreendia direito e achava que seria passageiro (principalmente pq me falavam isso!). Meus pais iniciaram uma busca incansável por médicos (otorrino, neuro, etc), fonos, igrejas, espiritistas e até benzedeiras! Por fim vem a aceitação e seguimos a vida com muita vontade de viver, sepre olhando pra frente e sem lamúrias! Para qualquer deficênica há tratamento, próteses e adaptações, mas infelizmente para ingnorância não há! Minhas amigas sempre falaram que eu tinha audição seletiva, que só escutava o que queria (lembrando que escutar é diferente de ouvir)! O que podemos fazer é “bloquear” pessoas ignorantes com pré julgamentos sem o menor conhecimento sobre a situação ou então fazer como vc impondo respeito! Parabéns pelo blog!
Karyne, que sonho lindo!!
Deixa eu te perguntar… Você tem algum interesse em fazer o IC? Se tiver curiosidade a respeito, podemos conversar. De repente, pode ser para o seu caso sim. Conheço várias pessoas ensurdecidas por meningite que fizeram o IC e, para elas, valeu a pena.
Mas, também, se vc não se interessar, está no seu direito. Só pergunto, porque achei esse sonho simbólico!!
Dei risada com essa parte do seu comentário: “Meus pais iniciaram uma busca incansável por médicos (otorrino, neuro, etc), fonos, igrejas, espiritistas e até benzedeiras!” ahhhh como os pais são todos iguais!! Haha passei pelo mesmo processo! Mas, a aceitação é algo que brota de dentro, né? Que bom que você conseguiu tocar a vida em frente. É prova de sucesso pessoal!
Sobre pessoas ignorantes, o que me incomoda mesmo, é que consigam migrar pra falta de respeito humano. Isso, eu acho que nunca vou entender!!
Bom, precisando conversar, fique a vontade!! Beijão!
Quanto mais leio seu blog, mais fico seu fã. Esse tipo de posicionamento pré-conceituoso das pessoas pode te magoar. Mas deixe isso pra lá, parta do princípio que elas só agem assim porque isso causa um conflito imenso. Imagino que na cabeça delas a possibilidade de ser ou não ser mãe/pai nunca foi ao menos cogitada. Elas entendem que esse é o caminho natural, não cabe discussão, é assim e pronto, desde sempre. Quando aparece alguém que faz disso uma escolha consciente, mexe demais com a pessoa, pode ter certeza. Reflete nela. Se um assunto tão importante como esse nunca foi uma ESCOLHA do tipo sim/não (geralmente é uma escolha do tipo quando/onde), imagina as outras “escolhas” da vida dela. Pelo jeito, passamos a maior parte da vida como répteis e as únicas escolhas que fazemos estão relacionadas ao que vamos comer no almoço. Aí, pra elas, você está sendo cruel mostrando que a vida não é essa máquina automática ladeira abaixo.
Glaucio, não é bem que me magoa. É que eu considero falta de respeito. No meu caso, a vontade de não ser mãe não tem absolutamente nada a ver com a deficiência. Já me questionei sobre isso a exaustão e não encontro como as coisas poderiam estar ligadas. O que me incomoda é pensar que tem gente que tem problema ou bloqueios e que, infelizmente, se depara com pessoas assim, que não tem qq noção de respeito à intimidade do outro.
Mas, acho que vc definiu bem. Algumas pessoas ficam incomodadas quando alguém sai do automático e, por isso, perdem a noção do bom senso.
Filhos, pra mim, são a mais nobre das ESCOLHAS. E, como tal, cabe SIM e NÃO, não apenas quando e onde.
Beijão
Eu de novo: acabo de encontrar um texto relacionado a esse assunto que vale a pena: http://crisjoli.blogspot.com/2011/03/as-incertezas-dos-tempos-modernos.html
Fui lá ler… realmente, muito bem escrito!
Uma pena que a mulher do texto não fale por todas as mulheres, né? Tem muita que acha que ‘antigamente é que era muito melhor’. Fazer o que?
Beijão
Lak! Também fui lá ler o texto. Muito bem escrito mesmo, mas… foi escrito por um homem!!!
Bjks,
E dai? Não falei de maternidade sem ser mãe? Escrever bem, passar uma mensagem, muitas vezes, configura empatia, percepção, idéias observadas. Não precisa ser, necessariamente, o que a gente vive.
Beijocas.
Sinceramente, tem horas que da vontade de pedir as pessoas seguirem a Teoria do Ema:ema ema ema cada um com seus dilemas ou problemas.hahaha
Começa assim: Qdo vc vai ter um namorado?Qdo vai noivar?Qdo vão casar?E o filho qdo chega?Nossa vc é deficiente?Pode ter filhos?Mulher então, então passa por entrevistas direto, já percebeu? 😯
Qto a essa última pergunta, respeito, porque vivemos num país em que o povo lê muito pouco, e divulgação de informações é limitada, sobre deficientes.Eu mesma não sabia e nem sei mta coisa.
Qto a ser Mãe é Dom. Se o casal é de comum acordo em não ter.Por que o espanto????Isso eu tenho há anos comigo.Maternidade é Dom,tem mulher que quer e sonha e outras não.E continuam sendo ótimas mulheres, mães ou não.Simples assim. 😉
Greize, nem tudo tem que ser descoberto a base da pergunta inconveniente. Se a pessoa não tem intimidade, ela que vá pesquisar no google! haha
Beijocas
Oi Lak, sobre o IC na verdade nunca fui procurar opinião médica. Qdo o IC passou a ser uma possibilidade eu cheguei a perguntar para um otorrino se seria uma opção para o meu caso (anacusia à direita e uns 40% no esquerdo), ele disse que como eu “ouvia” no esquerdo, o IC na direita causaria certa confusão para o cérebro associar os sons provenientes dou ouvido esquerdo com AASI e do dieito com IC, além de correr o risco de perder a audição residual com a cirurgia. Isso foi há alguns anos, mas após começar a ler o DNO fiquei com vontade de conversar com os especialistas. Aqui em Curitiba temos o Hospital Iguaçu (http://www.hospitaliguacu.com.br/)de referência em IC, mas ainda não marquei consulta com um otorrino. Pela sua experiênica, vc acha que seria uma opção para mim?
Um grande beijo e obrigada por sua disponibilidade!
Olha, em geral, quem tem perda total de um lado, mas ouve um pouco com o outro, não costuma ser aceito ao implante coclear, justamente pela argumentação que o médico te deu… Se você conseguir discriminar a fala bem com o ouvido esquerdo, é mais provavel que não te seja indicado.
Claro que é o que eu observei até agora, mas não te confirmo, porque só um médico e um fonoaudiólogo podem te dar essa informação com precisão. Por isso que você precisa marcar uma consulta e confirmar se é candidata.
A sua perda é progressiva?
Beijocas
Faço audiometria 1 vez por ano e até hoje se mantém estável. Mas não custa fazer uma avaliação! bjoo
Com certeza, não custa. E eu, como leiga, corro o risco de te falar bobagem. Dou a maior força pra você conversar com um médico especializado em implante coclear!! Beijocas
Você é demais, Lak! Te admiro cada vez mais! Você aborda o assunto de uma maneira muito especial, com conhecimento e simplicidade.
Concordo plenamente quando diz que temos que saber ouvir as pessoas, e olha só quem nos “bate” na cara: uma IC.
Parabéns!!!
Um grande beijo!!!
Geralmente, surdos costumam ser bons ouvintes, pq a gente aprende a necessidade de se fazer entender, de entender… eh um paradoxo, o silencio ensina muito, entende hehehe
Beijinhos