Mitos e Verdades sobre o Implante Coclear

Sim, pode. Aliás, deve. Não tem motivo nenhum para um implantado não curtir praia ou piscina e ficar morrendo de calor dentro casa. A parte interna do implante não tem nenhuma restrição nesse sentido.
O único porém é que a parte externa dos implantes cocleares, em sua maioria, não costumam ser à prova d’água. Alguns modelos podem ser resistente à água (suportam respingos), outros são totalmente à prova d’água e outros ainda possuem um case de proteção que pode ser adquirido à parte. Caso o seu não possua nada disso, a solução é ir à praia/piscina sem a parte externa do IC. Se quiser saber mais sobre esse assunto, clique aqui. Só não deixem de ir à praia, por favor.

Usar a parte externa de implante coclear na água, só com case de proteção, como já explicado (leia as recomendações do fabricante na embalagem). Quanto à parte interna, algumas aguentam até um determinado nível de profundidade, outras não. A forma mais indicada de descobrir se você pode ou não mergulhar, é entrando em contato com o representante do seu modelo de IC no Brasil e perguntar qual a restrição de profundidade da parte interna. Muitas vezes esta informação consta no manual do seu IC.

Pode. Aliás deve, como todo mundo. Como já foi explicado nas questões anteriores, a parte interna não tem restrição a água, só a externa. Assim que tiramos o curativo pós cirúrgico, costuma ser permitido tomar banho e lavar o cabelo normalmente.

A parte interna do IC não impede nenhum tipo de banho, incluindo chuva. Já a parte externa, poder molhar depende do modelo. Sugiro a leitura do mesmo post indicado no item sobre praia.

Veja bem, a quantidade interna de metal no corpo é similar ao de uma obturação dentária. Tudo bem que hoje em dia se usa resina e não prata, mas considerando que a geração anterior que tinha bastante metal nos dentes e não morreu toda eletrocutada por raios, essa pergunta se responde por si mesma. Se fosse assim, ninguém sairia vivo de uma tempestade usando piercing ou brincos grandes.

Dependendo da potência do choque, qualquer pessoa pode morrer. Por isso que alguns países usam cadeira elétrica como forma de execução para pena de morte. Mas, tratando-se de choques corriqueiros, o pior que poderia acontecer com um implantado seria desprogramar a parte externa do IC ou, num extremo azar, dar curto na parte interna. Mas, ninguém morreria por isso não.

Não sei se já notaram, mas o desfibrilador tem duas chapas que são colocadas no peito. Uma dá choque e a outra atrai a energia do choque. Ela é justamente bipolar para ter entrada e saída, pois o choque é usado apenas para forçar o coração a bater de novo. Ninguém usa um desfibrilador na cabeça, até onde eu sei. Não existe nenhuma chance da parte interna explodir.

A parte interna da maioria dos implantes cocleares costuma ser revestida de titânio, que não tem nenhuma restrição ao calor. Porém, alguns modelos usam revestimento de cerâmica, que absorve o calor, o que pode causar mal estar e tontura, caso a pessoa use o secador, o que deve ser evitado.
Mesmo no caso de quem usa implante de titânio, o ideal é não deixar o secador em cima do calombo da parte interna muito tempo, por segurança.
Mas, nada impede que se use o secador com devida atenção. Se a temperatura for alta ao ponto de derreter a parte interna do IC, seu cabelo e sua pele já vai ter queimado muito antes disso.

Sim, pode. Muitos preferem praticar sem a parte externa do implante, pois ele pode cair durante o exercício, mas alguns usam algum equipamento de proteção, como uma faixa de cabelo ou capacete para proteger e segurar o implante. Dependendo do esporte, usar capacete de proteção é indicado para proteger também a parte interna.
Artes marciais podem ser realizadas como lazer, tomando o devido cuidado de evitar pancadas na parte interna (é raro acontecer, mas ela pode quebrar ou deslocar com forte impacto). Já na categoria olímpica, não é muito indicado.
Natação, balé, ginastica na academia e demais esportes que não exigem grandes contatos físicos não há restrição (exceto com a água, referente a parte externa).
Só é importante lembrar que o suor pode enferrujar alguns componentes da parte externa do IC. É mais indicado praticar esportes sem ela, usando alguma proteção (por exemplo, o case à prova d’água) ou enxugando bem depois de usar e deixando o aparelho no desumidificador logo em seguida. Para ler um pouquinho mais a respeito, clique aqui.

Pode. No manual dos ICs, está escrito que pelas regras da aeronáutica, todo equipamento eletrônico deve ser desligado na decolagem e pouso. Então, a única restrição é essa: desligar o IC quando o avião estiver decolando ou pousando. Para ler mais a respeito dessa questão, leia esse texto.

Não é muito indicado passar em detectores de metal, principalmente de aeroporto (que costuma ser mais forte que de banco, por exemplo) porque ele pode gerar um campo magnético que poderia deslocar a parte interna do IC. Não é assim, uma coisa que acontece com facilidade (já passei algumas vezes e não deu nada), mas é um risco bem desnecessário, concorda? Para a parte externa, também é arriscado, porque o mesmo campo magnético poderia desprogramar o processador. Daí, para que arriscar?
Há quem retire a parte externa e passe no detector, mas é sempre mais seguro evitar problemas com o seu amado implante. Mas o ideal é estar sempre munido com a carteirinha de implantado e passar pela porta lateral dos bancos ou pedir revista manual em aeroporto. Se quiser mais dicas de sobrevivência em aeroportos, clique aqui.

Esse é um assunto que dá no que falar e já vi muitos sites na net falando que não pode, por causa da estática/eletromagnetismo, não sei o que exatamente. Não achei nada referente a isso no manual do meu aparelho (não sei se em manuais de outras marcas há alguma referência a respeito) e já conversei com minha fonoaudióloga de mapeamento e com meu otorrino, que disseram que não tem restrição nenhuma. Mas, também já soube de otorrinos ou fonos que proíbem. Enfim, na falta de um consenso a respeito, meu conselho: coloque o que for preciso no micro-ondas, ligue e permaneça a mais de 1,5m de distância enquanto o micro-ondas estiver em uso, retornando só quando ele desligar.

Sim, não temos qualquer restrição referente a isso. Mas, se por acaso o dentista pedir algum exame mais elaborado e você tiver dúvida se é permitido, peça sempre autorização para o seu otorrino especializado em implante coclear.

Pode parecer bobeira essa pergunta, mas já vi muita gente com dúvidas quanto a isso. E não vamos deixar as pessoas que querem se tatuar sem informação, né?
Perguntei isso para o meu médico e para a minha fonoaudióloga de mapeamentos. Ambos disseram que não tem problema se a máquina de tatuagem for bipolar (não sei se existe máquina monopolar, mas estou repassando a informação) e a tatuagem for feita a mais de 20cm da parte interna.

Sim, pode sem nenhuma restrição. Mas, claro, esteja sem a parte externa no momento em que o raio-X for tirado.

Sim, pode. Sem restrições.

A resposta é: depende. Modelos de implantes cocleares mais modernos podem possuem ímãs que se movimentam e não são afetados pelos campos magnéticos da máquina de ressonância. Porém, implantes mais antigos podem necessitar de algumas adaptações e até uma pequena cirurgia para a retirada do ímã.
Porém, partimos do pressuposto que ninguém faz ressonância por lazer, mas por questões de saúde. Então, em casos de necessidade, entre em contato com seu médico e com o representante da marca que você usa e pergunte quais as restrições e procedimentos adequados para fazer a ressonância. Tem um texto que fala especialmente sobre isso aqui.