Reflexões sobre o implante coclear: 10 meses depois
Estava aqui curtindo (“curtindo” é ótimo!) uma madrugada de insônia, quando pus-me a reler textos antigos do blog. É engraçado, eu tinha prometido a mim que não faria o DNO um diário virtual, mas não consegui escapar desse hábito. Eu fazia diário quando adolescente e tenho alguns guardados até hoje…
Queria que o DNO fosse um site de referência para surdos oralizados e, posteriormente, para implantados. Mas acabou virando diário mesmo e tudo bem. Acho que ficou legal assim mesmo.
Bom, o texto que me pegou foi um que escrevi em 17/08/2009, há pouco mais de um ano. Um texto ainda na expectativa de fazer o Implante Coclear, recheado de medos e dúvidas que hoje ajudo vários candidatos ao IC de superarem (ou pelo menos tento).
Tem um trecho dele que me arrancou lágrimas quando escrevi e hoje, arrancou as mesmas lágrimas, embora motivadas por razões absolutamente diferentes.
“Penso em como a surdez nos maltrata. Não que ela seja uma deficiência com máculas físicas. Mas ela simplesmente nos coloca dentro de uma redoma, com todos os sons do mundo do outro lado. As músicas, o barulho da chuva, o canto dos pássaros, o som das ondas quebrando na praia e, os sons mais dolorosos de estarem longe do nosso alcance: a voz das pessoas que a gente ama, cada palavra que só chega a nós visualmente. As piadas ditas por alguém numa rodinha de conversa descontraída. As risadas dos amigos. As imitações e gracejos que se faz uns com os outros. O som preciso do “eu te amo” dito por alguém que realmente ama você. Os sussurros dos segredos. Os gemidos de prazer…
Você sabe que tudo isso está a poucos centímetros de você e, mesmo assim, a deficiência te paralisa e você simplesmente não pode alcançá-los. O que você faz? Pára de desejar tudo aquilo, simplesmente para não sofrer.”
Sou surda adquirida – ou ensurdecida como soe melhor – então, muito da minha condição fala de perda, não apenas da condição em si. E esse trecho fala especialmente do quanto eu tinha me anestesiado em relação a coisas que eu gostava, simplesmente para não sofrer mais a falta delas…
E hoje, mais de 1 ano depois de escrever isso, 10 meses depois de operada, 8 meses depois de ativada, meu coração não consegue conter a emoção de ter recuperado tudo isso. Cada bobagem que ouço, que descrevo, faz jorrar uma emoção violenta que transborda da alma. Ouvir não se limita a perceber e discriminar sons, é também uma sensação de satisfação, de retorno, de encontrar de novo uma parte importantíssima do mundo e de mim mesma, de poder sentir novamente a sensação sonora. Mesmo os sons que me irritam são bons, porque a ausência deles significaria também a ausência de muitos outros.
Eu tinha medo que o implante coclear me decepcionasse, porque os AASIs (proteses convencionais) decepcionaram, já que não davam uma sensação auditiva nem mesmo próxima da audição original. O implante coclear vai além, ele resgata sim, muito da sensação auditiva perdida.
E, no fim, deixo o blablablá de lado “escrevo o blog com o intuito de ajudar os outros somente”. Mentira, escrevo o blog porque compartilhar experiencia me ajuda também. Se existem pessoas que conseguem tudo sozinhas, eu não sou uma delas, preciso de uma mão amiga e os comentários que fazem por aqui me ajudaram muitíssimo.
Costumo dizer que tive 5 anjos de guarda que me empurraram (a base de muitas broncas, inclusive) para esse momento de agora. Cinco pessoas implantadas que me convenceram que valia a pena: Anahi GM (surda desde os 18 meses, implantada aos 30, se não me engano), Raul S. (surdo de nascença, implantado aos 28 anos), Leila, (ensurdecida aos 6 anos, implantada aos 30 e poucos, acho, depois ela me corrige), Alice – Sun Melody (surda desde os 18 meses, implantada aos 20 e poucos) e Olivia (ensurdecida aos 30 anos e implantada alguns anos mais tarde). Cada um deles com suas particularidades, com seus ganhos, com suas conquistas, mas sobretudo, todos muitíssimo apaixonados pela tecnologia que lhes devolveu grande parte da audição. Agradeço de verdade pelos anjos que foram de terem me convencido a optar por uma das melhores experiencias da minha vida.
Espero poder retribuir essa força ajudando outras pessoas a optarem pelo Implante Coclear (e que fique claro, eu não tenho nada contra quem não opta por ele, é uma escolha como qualquer outra, mas os que optarem, podem contar com meu apoio). Afinal, a melhor parte de receber um milagre é poder retribuí-lo.
Beijinhos sonoros,
Lak
não sei porque meus olhinhos ficaram úmidos.
É tão gostoso poder agradecer às pessoas que te “empurraram” , pessoas que em vez ficarem felizes curtindo particularmente o implante desejam divulgar para que outros também possam ser felizes. E agora você é também uma dessas divulgadoras. Beijos sonoros! 🙂
Pois é, a gente vai passando a bola pra frente… Faz parte do caminho…
Beijos
Aê os sapoticons voltaram ! ! 😎 (sempre quis usar este rss)
Lakinha veja que em menos de 1 ano de implantada já tem sons que te irritam. Que delícia saber disso. Entendi o texto e acho que o momento que causa choro é quando fala que apesar de etar tão perto do som, ele não chega até você, isto é, não chegava. Estar tão perto e não alcançar é frustrante, paralisa.
Bejinhos sonoríssimos. 😛 😉
Ah, sempre tem, né? O que tem de barulho chato não é brincadeira… hehehe
Beijos
Puxa, não sabia que todas estas pessoas tinham sido implantadas tardiamente, com exceção da Anahi, que é minha amiga. Eu consigo ter um retorno razoável no meu ouvido melhor, mas o esquerdo é um caso perdido. As vezes fico dias sem a pilha por ter acabado e não tinha percebido. As vezes eu faço um teste, desligo o aparelho do lado direito e deixo só o esquerdo ligado e não percebo nada, ou quase nada. Fico meio assim, mas qd ligo o direito, parece que tudo muda e fica mais claro. O ganho é muito grande com o aparelhinho. Qd fico sem os dois, nao escuto nem o trio elétrico aqui fora fazendo campanha eleitoral. Hj eu acordei tranquila, qd pus o aparelhinho eu tomei um susto e pensei “nossa, como é barulhento lá fora”.
Sabe, eu tenho receio do implante, de me privar de algumas coisas e como já estou bem do jeito que estou, acaba que não busco por algo que possa me aprimorar mais.
Eu também queria um blog, até hj fico enrolando, enrolando….
beijinhos pra ti e um ótimo domingo!
Mah
Maíra, você tem medo que o IC te prive do que exatamente? Porque a minha vida não mudou em nada depois de ter feito o IC. Ele é feito pra melhorar a nossa qualidade de vida, não restringí-la.
Beijos
Lamentável mesmo!
A decisão deve ser julgada o mais breve possível. Ou….sem pensar, citarei que vai ser um desafio beeeem grande ao próximo presidente do Brasil??? Me corrijam quando necessário.
As pessoas surdas merecem o respeito. E ponto final.
Beijos.
Simone.
As pessoas surdas merecem ouvir, isso sim.
Beijinhos
Lindo relato Lak, lindo e emocionante ao mesmo tempo…
Vivo isso com meu Marcelo, quantas duchas tomei sem vontade somente para deixar minhas lágrimas rolarem ao saber que meu Marcelo era surdo, e de pensar que cantava pra ele antes de saber de sua surdez, aos 3 meses de vida qdo descobri essas melodias se tornaram pra mim num silêncio sem fim, eu me sentia como ele e parei de dar valor aos sons…(lágrimas)
Hj depois de Marcelo estar ativado há um ano e meio, vivo tudo intensamente que não vivi há 12 anos, canto muito com ele pq mesmo que ele não acompanhe as melodias, mas ele está ouvindo e sei que com nosso esforço, daqui a algum tempo ele estará cantando…
Vc é maravilhosa com seus relatos….
Mais uma vez escrevi demais, rs !!!
Deus te abençõe…
Mônica…
Não acho que você cantar pro Marcelo bebê era desperdício. Ele não podia ouvir, mas podia sentir o amor que esse ato direcionava a ele… Acho que o amor materno trancende qualquer sentido!!
Beijinhos
Eu me lembro daquele texto, acho que até deixei um comentário. Você estava ansiosa e amedrontada, mas não permitiu que isso desviasse o caminho que estava desenhando. Ainda bem.
Que bom podermos contar com ‘anjos da guarda’, né?
Beijos
Verdade… com um exercito deles então… sou afortunada haha
beijos
Já se vão 10 meses de IC ??!! Lembro-me quando acessei o seu blog, se não me engano você já havia feito o IC, mas ainda não havia feito a ativação. Mesmo assim, você já transmitia inspiração a nós especuladores, medrosos e ansiosos pelo IC. Hoje, não tenho dúvidas em fazer o IC… estou só aguardando o momento, que deverá ser em breve.
Passar adiante…. eis o segredo dos que são agradecidos à bençãos recebidas. Isso me leva a um texto Bíblico, se me permite relatá-lo aqui:
“Certa vez foram até Jesus 10 leprosos e Ele os abençou e disse-lhes: vocês estão curados. E os mandou para casa. No caminho, os leprosos olharam para suas mãos e viram que estavam curados. Um deles, extremamante agradecido, voltou ao Mestre e, envolto em lágrimas, o agradeceu. Então Jesus, dirigindo-se à multidão disse-lhes: Não foram dez os leprosos curados?! Mas apenas um voltou em agradecimento. E disse Jesus ao leproso: Vá, e testemunhe aos quatro ventos a benção que recebestes” (adaptado por mim)
Sou grato por você compartilhar suas bençãos conosco.
Beijos.
Chorei aqui!!
Torcendo pro seu IC sair o quanto antes!! Beijinhos
Oi!
Estou em Curitiba em um congresso de especialidades pediátricas e hoje assiti uma palestra sobre autismo e o que foi dito por especialistas brasileiros e estrangeiros:
Muitas crianças tidas como autistas ou portadoras de deficiência mental na verdade são deficientes auditivas!
Sorte delas que têm um prognóstico melhor e ao mesmo tempo pobre delas que perderam tanto tempo sem os estímulos necessários!
você me ensinou muito lak, e seus leitores também com depoimentos e comentários que hoje me fazem mais alertas à deficiênci auditiva e suas variações e possibilidades! Obrigada por tudo!!!
Beijos! 😎 😀 😀
Eu também adoro estes sapinhos!
Gosto de uma frase do Richard Bach que diz “ensinar é lembrar os outros que eles sabem tanto quanto você”.
Beijinhos
Olá Lak,
tudo bem ?
Hoje foi um dia muito especial para mim, sabe esses dias que marcam as nossas vidas e que lá na frente iremos se lembrar dele e contar para alguém especial, pois bem, estava eu, procurando, em um desses sites de busca, algo que me orientasse sobre quais os direitos e benefícios das pessoas portadoras de deficiência Auditiva,porque estou enfrentando muitas dificuldades na empresa em que eu trabalho,tendo que superar várias frustrações.
Foi quando encontrei seu espaço, fiquei literalmente “bege” em descobrir o quanto eu estava mal informada, totalmente fora da minha realidade, afinal é difícil você “simplesmente acordar e perceber o silêncio ao seu redor”não escutar mais os murmurinhos da sua filha ,ter que se redescobrir ,se reencontrar,ter que se adaptar a sua nova condição sem ao menos poder dizer não, eu não aceito ficar “Surda”
Passei toda a minha infância convivendo com a minha mãe que também é surda, a impressão que eu tenho, 😡 era como de voltasse no tempo e revivesse todas as dificuldades dela,nossa como é difícil.
Seu Blog me fez colocar os pés no chão, fez com que eu,me aceitasse,aceitasse minha deficiência essa condição imposta sei lá por quem?
E com certeza a partir de hoje,esse dia especial,vou almejar novos horizontes.
Muito Obrigada por fazer toda a diferença em minha vida.
Beijokas Iluminadas 😡
Fiquei encantada com seu comentário. Sim, ser surdo é complicado, é difícil, é irritante algumas horas. A gente não escolhe isso, acontece. Mas, podemos levar isso numa boa, podemos crescer através disso e podemos aprender a reavaliar o mundo.
Espero que você consiga se sentir bem consigo mesma, hoje e sempre.
E, quando precisar, dá uma chegadinha aqui que conversamos. Apesar de surda, sou boa ouvinte haha
Beijos
Olá Lak,
Sabe que há precisamente um ano pensava exactamente como você?
Fui implantada a 16 de Setembro de 2010. Foi quase de urgência, digamos, pois era ouvinte e fiquei surda em 3 meses…!( história longa)
Hoje, quase um ano após a minha cirurgia, posso lhe dizer que me encontro esplêndida!!
É lindo o que consigo ouvir agora com a ajuda do implante.
Por acaso descobri o seu blog, e estou a adorar…!
Ah, não posso de deixar de lhe dizer que a Alice (sun melody) foi de uma ajuda impressionante, o seu apoio foi e é muito importante em toda a minha história antes e pós implantada.
Bjs Lak.
E continua assim, cheia de esperança, cada vez a ouvir melhor e a curtir esse implante! Como eu.
Alice realmente defende o IC de uma forma que a gente fica doido pra conseguir aquilo pra ontem haha
Que bom que estamos compartilhando essa jornada de reencontro ao som! Beijinhos
Lak,
se não fosse por você, sim, você foi o pivô de eu repensar sobre IC, rs, e você nem me conhece, enfim, se não fosse por você, eu não estaria tão encantada com IC… aí fui buscando mais deipomentos, mais experiências (e li tantas coisas lindas), assisti aos vídeos de ativação, DVDs com os deipomentos dos pais de implantados, entre tantas outras coisas… nossa, fiquei cada vez mais apaixonada com a idéia de ser implantada também. Eu vou tentar pelo plano de saúde, ainda não conversei com a central de atendimento a respeito de cobertura, por aqui as coisas ainda estão lentas, e mamãe (que é toda cheia de compromissos) não quer que eu vá só, quer ir junto para conversar com os funcionários da GEAP… essa segunda vou lá 🙂
beijos!
Ahhh, Mari, que noticia maravilhosa. Espero que o convenio cubra sim (e por lei, deveria cobrir!!!).
Torcendo pra dar tudo certo, viu? Você merece!! Não esquece de dar noticias!
Beijão
Ah, eu não sei se você já viu esse vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=1yCm7rokDao
Achei curioso, por causa do título, e assisti. Ela fala sobre a estatística a respeito de sucesso entre os usuários implantados, só que de acordo com a pesquisa dela, aparece algo como “low success rate” e fala como se os pais não pensassem direito quando decidem implantar os filhos, pedindo pra eles se informarem melhor. aí eu fui ler o artigo onde ela indicou, na página de Wikipedia… e a que “low success rate” se referia? a pessoas que sofrem de “acoustic neuromas” (não sei qual a tradução em português), e ela não mostra esse detalhe. Como se o pouco sucesso fosse bem geral. Ah, ok. 👿 Eu deixei um recado lá, pedindo pra não distorcer os fatos.
Se a pessoa não gosta de IC, ok, eu respeito isso, mas fazer esse tipo de coisa?
Mariana, existe uma corrente fortissima contra o Implante Coclear, o que eu acho um absurdo, porque penso igual a você: não quer fazer, não faz, mas não atrapalha quem quer.
Evito falar disso aqui, porque não quero que meu blog seja palco de brigas, já que a gente (surdos oralizados, pré implantado e implantados) precisa de um espaço para se sentir em paz e ficar criticando os anti-implante impede essa paz.
Prefiro ficar na minha e falar as vantagens do IC e cada um decide quem vai ouvir e ponto.
Beijos
Querida Lak!!!! Hoje estou com um bom tempo para entrar na internet… Senti saudades do blog ( e de vc, claro…) e apareci logo qdo vc me dá 30 aninhos! kkkkkkkkkk!!!!! Fui implantada aos 38 anos. Bom, acho que vale aos 30 e pouco anos, não? hihihi…
Seu comentário acima: ” ser surdo é complicado, é difícil, é irritante algumas horas. A gente não escolhe isso, acontece. “… É, a gente sente essas coisas e por outro lado, acredito que vc tb pense assim – a vida nos é dada para grandes coisas.
Uma das grandes coisas é ter amigos como vc (embora ainda não bebemos a cervejinha prometida ainda) e estou muito feliz por vc, agradeço por ter se lembrado de mim. Eu sabia que vc ficaria bem feliz com o implante, pq sempre acreditei na sua força.
Beijão!!!
Hahaha achou que ia esquecer de você, criatura? De todos os casos, o seu era o mais parecido com o meu… Em momento de perda, em momento de implante. Você foi uma das minhas maiore inspirações. Jamais deixaria de te agradecer!
Eu tenho o hábito de ser otimista, porque ficar reclamando não resolve.. 😳 mas não significa que eu não me emputeça de vez em quando huahuahuahau
Beijos e precisamos dessa cerveja pra ontem!
Credo, “ainda não nos bebemos a cervejinha”… kkkkkkkkkkkk……
preciso prestar atenção qdo teclo kkkkkkkkkkkkkk
ahá… arrumei!!
Hahaha… Pois é!!! A cerveja um dia vai sair, com certeza!!!!
Eu amei esse post. Quando li, fiquei com os braços arrepiados! Fazia tempo que não me arrepiava hehehe
hahahahaha eu chorei escrevendo-no…
Valeu pela correção… Eu fico escrevendo com pressa e sai tudo bolado! hihihi…
Não vai transformar seu blog num livro, não?? Agora vou começar a encher p/ fazer um livro hehehe
Acabaria sendo muito auto-ajuda, porque me recuso a escrever sobre desgraça e ai, ninguém compraria. O povo gosta de drama…
Kkkkkkkkkkk Morri de rir com seu comentário! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Além de otimista vc é engraçada!
eu tento… hihihi
Eu fui mais uma chorona ao ler este relato seu… Apesar de ter só surdez moderada, por muito tempo rejeitei o aparelho… Então vivi muito isto dos segredos, dos cochichos, das rodinhas descontraídas dos amigos, das piadas q eu não pegava, das coisas q eu não podia rir pq não entendia… Nossa como é doloroso… Sei exatamente o q vc diz, principalmente pq eu sempre vivi no meio dos “normais” e a surdez é uma deficiência invisível, principalmente qdo vc tem uma boa LOF e é oralizada e fala bem… As pessoas simplesmente esquecem q vc não escuta… Ou quando se lembram, é de maneira caricatural… Querem gritar ou falar com as mãos pra q vc entenda… E não é o caso… Enfim… Me vi em muito do q vc falou e chorei junto… E amei os recadinhos dos amigos ficenses David e Mari q em breve serão implantados tb… Sobre a msg da Mari… Neurinoma acústico, normalmente é um tumor q aparece no interior do ouvido… Via de regra, ao ser removido cirurgicamente, a pessoa perde a audição… Qdo acontece nos 2 ouvidos, é caso de IC, quando acontece em um ouvido só, é caso pra BAHA… Mas não sei se é um caso em q não há ganhos reais… Acredito q só se existirem outros fatores clínicos associados q possam comprometer os ganhos do implante… Ou então se for utilizada a tecnologia inadequada para o caso… IC se o caso seria de BAHA ou vice-versa… Aí não é de se estranhar se o sujeito não tiver bom ganho, não é???????
Lak, obrigada por escrever com tanta alma e nos tocar lá no âmago do coração pq fala de questões q nos são tão familiares… Obrigada mesmo por todos os relatos… 😀
Verdade, o Baha e o IC são parceiros tecnológicos, mas o IC tem muito mais divulgação que o Baha e isso não é legal, precisamos divulgar mais o Baha, porque ele deve ser mais indicado para determinados casos que o IC não é.
Beijos
Oi Lak!
Bom, essas emoções são inevitáveis, tantas descobertas, tantas sensações diferentes ao mesmo tempo quando ouvimos sons que antes era impossivel para nós, sei do que vc está falando, sentia isso quando passei a usar meus aparelhos no começo, o que eu não podia ouvir antes, me acostumei a não achá-los importantes, para não sofrer mesmo, mas quando vc diz: “O som preciso do “eu te amo” dito por alguém que realmente ama você.” é tudo de maravilhoso quando se é ouvido pela primeira vez, enche de felicidade total!
Continue assim, o blog pode ser para compartilhar experiências tbm, como diário, acho muito bom isso, faz bem para vc e para todos nós seus leitores.
Bjos e td de bom!
Obrigada pelo carinho, Marcela.
Beijinhos
Lakita, fui implantada aos 27 anos.
Bitocas.
Hj meu supervisor daqui da assessoria pericial do MPF ao me ver ligar, falar e ouvir no celular a minha mãe – liguei pra ela por causa de um anúncio que li no meu email, sobre adoção de 2 cadelinhas scottish terrier – resolveu testar o telefone da sala comigo, pra ver se eu entenderia recados de rotina do MPF caso ele precise entrar em contato comigo, tipo “Vc pode vir na reunião hj, com a Dra de tal?”, “Pode ir na vistoria amanhã às 8 da manhã?”, etc. Foi divertido ouvir e entender voz masculina, sem leitura labial =))
Desculpa, querida, não lembrava a idade exata, mas lembrava do impacto que te ver falar ao telefone me causou! 😳
Parabéns por mais uma conquista, Nai. Espero chegar nisso tb, quem sabe?
Beijão