Música para os meus ouvidos, via fone de ouvido… comum!

Não sei a maioria dos implantados, porque odeio falar pelos outros, mas falando por mim, se tem algo que eu ADORO é poder fazer coisas que as pessoas comuns fazem.

É, eu não sinto nenhuma necessidade de ser diferente, não faço questão de atendimento diferenciado nem privilégios. Quanto mais eu puder fazer sem precisar de nada além, melhor. Sou assim, tão diferente por natureza, que não sinto necessidade de me destacar, gosto de passar despercebida.

Mas, quando se fala em implante coclear não tem muito como escapar disso. Começa porque eu ouço quando quero, posso desligar meus implantes quando bem entendo. Segundo, porque eu tenho filtro de ruído. Imagine, se o murmurinho do restaurante me cansar, posso trocar de programa para um com redutor de ruído ambiente. Nesse sentido, não chego nem perto de um ouvinte comum. Ser cyberouvinte tem seu lado bom, ruim e ótimo, depende do momento.

Num post anterior, contei como era minha experiência com música via implante. E comentei que uma das melhores formas de ouvir música era através do cabo especial do meu implante (o processador externo tem uma entrada especial que permite acoplar esse cabo, que praticamente silencia o microfone externo e me permite ouvir apenas música). O que é fantástico, porém, preciso estar sempre com ele em mãos e rezando para nunca quebrar, porque qualquer equipamento específico do implante é caro para caramba.

Como eu sou uma pessoa muito muito muito afortunada (certeza que é por causa do meu nome!!) o Edwar lá da Politec 9 me deu uma dica maravilhosa que tcharam: fiquei sabendo uma maneira de poder usar os fones comuns, desses que todo ouvinte tem no bolso, com o implante coclear.

Não, eu não preciso amarrar o fone de ouvido no microfone do implante: basta eu ligar o telecoil (bobina magnética) do IC e colocar o fone penduradinho na orelha mesmo, como um ouvinte comum faz.

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Quando me falaram disso, fiquei meio ressabiada, achando que era furada. Mas, acreditem: testei e funciona!! E  funciona muito bem. Para quem é bilateral como eu, então, é maravilhoso, porque não preciso de 2 cabos especiais. Um fone comum vem em par, um pra cada orelha (tá, sendo óbvia, mas no meu caso, ser óbvia é um privilégio).

A única desvantagem é que vaza um pouquinho o som, tal qual se um ouvinte estiver ouvindo música com fones de ouvido. O cabo especial não tem vazamentos sonoros e ninguém sabe se eu estiver ouvindo, sei lá, funk no talo!

Mas, ainda assim, achei o máximo. Inclusive porque – pelo menos no meu Nucleus 5 da Cochlear – basta apertar um botão para acionar o telecoil. Muito mais fácil que abrir o compartimento da entradinha do cabo!

Super adorei a dica, por isso, resolvi compartilhar!

Beijinhos sonoros,
Lak Lobato

P.s. Sobre o Telecoil, nem sempre ele está ativado. Isso você terá que ver com a sua (seu) fonoaudiologa (o) de mapeamento. É possível também que ela precise ajustar a sensibilidade dele, para que os fones de ouvido funcionem a contento.

P.s.2 Testem mais de um fone de ouvido, porque nem sempre essas coisas baratinhas são de boa qualidade.