Outros tipos de implantes para outros tipos de necessidades
A esta altura você já deve saber como funciona o implante coclear, né?
De forma bem resumida: um feixe de eletrodos é introduzido na cóclea. Então, o som ambiente é convertido em sinais elétricos que estimulam certas regiões do ouvido interno.
Você também já deve ter ouvido falar do implante auditivo de tronco cerebral (ABI), que funciona de forma parecida, porém o estímulo é feito através de uma matriz de eletrodos conectados à uma região específica no centro nervoso do encéfalo.
Nos últimos anos surgiram estudos de tratamentos para outras deficiências e doenças baseadas em tecnologias que utilizam implantes de eletrodos. Bora conhecer um pouco mais sobre outros benefícios da tecnologia na confecção de cyborgs?
Parkinson e Distonia
A Estimulação Cerebral Profunda (DBS) já é utilizada para combater os efeitos do Mal de Parkinson há alguns anos, inclusive no Brasil. Na cirurgia são implantados dois eletrodos em áreas profundas do cérebro, que serão estimuladas por um gerador de pulsos colocado sob a pele, na região da clavícula. Além dos eletrodos, o tratamento também é acompanhado de algumas medicações.
O objetivo da terapia é liberar os movimentos e restaurar a motricidade normal do paciente.
Saiba mais:
UOL: Estimulação cerebral profunda, realidade por trás da ficção
Depressão e Síndrome de Tourette
A mesma técnica utilizada para o Mal de Parkinson está sendo utilizada nos primeiros testes para o tratamento de casos extremos de depressão. No Brasil, o Hospital do Coração de São Paulo realizou os primeiros testes em 2014.
Para saber mais:
Folha: Hospital de SP testa implante de eletrodo contra depressão
Alzheimer
Em 2011, cientistas Canadenses utilizaram a Estimulação Cerebral Profunda (a mesma utilizada para o tratamento de Parkinson) para diminuir a deterioração e a perda de memória associados ao Mal de Alzheimer.
Para você que está curioso:
BBC: Técnica de estimulação do cérebro ‘reverte’ efeitos de Alzheimer
Superinteressante: Cirurgia que melhora a memória de pacientes com Alzheimer é realizada no Brasil
Síndrome de Tourette e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
Em 2009 um estudo envolveu 15 pessoas com síndrome de Tourette e TOC grave descobriu que os participantes que utilizaram a Estimulação Cerebral Profunda experimentaram uma melhoria nos sintomas de TOC, depressão e ansiedade associados à doença.
Mais sobre esse tema:
Drauzio Varella: Sindrome de Tourette
Psychiatry on line Brasil: Síndrome de Tourette e estimulação cerebral profunda
Cegueira
Cegos também se beneficiam com a tecnologia de implante de eletrodos para criar percepção sensorial.
Ainda em fases experimentais. Porém, em breve teremos muitos irmão cegos cyborgs enxergando através de implante:
BBC: Após 10 anos, mulher recupera visão com olho biônico
TecMundo: Implante na retina oferece visão artificial para pessoas cegas [vídeo]
Paralisia
E por que não, os eletrodos também não serem usados para reverter lesões medulares e permitir que uma pessoa com paralisia caminhe? Pode até não ser para já, mas possivelmente em logo mais.
Veja o vídeo:
Olhar Digital: Implante de eletrodos na coluna devolve movimentos a paralítico [vídeo]
Tenho certeza que existe muitos outros implantes sendo estudados (ou até em uso já, atualmente) e que a tecnologia, quando usada para melhorar a qualidade de vida de uma pessoa com perda de funcionalidade total ou parcial de alguma parte do corpo ou com uma doença crônica, como diabetes (sabiam que existe bomba de insulina que fica semi implantada?) é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores “milagres” da humanidade. Nós cuidando de nós mesmos! Amo muito tudo isso!
Beijinhos sonoros
Lak
muito boa informação….compartilhando. <3
Que maravilha, Lak, uma matéria citando o Implante DBS! Eu irei fazê-lo daqui a alguns anos! Adorei :3
Matéria da Super de ontem falando sobre o implante para Alzheimer http://super.abril.com.br/ciencia/cirurgia-que-melhora-a-memoria-de-pacientes-com-alzheimer-e-realizada-no-brasil