Para viver um grande amor…
Dia dos namorados aí e vira vias de regra falar de amor. Especialmente o amor que nós, que temos alguma coisa à superar, encontramos ao longo do caminho. Longe de mim achar que isso é bobagem, mas algumas histórias da minha vida superam simplesmente contar a minha história, porque possuem uma beleza peculiar perfeita para a data em questão. E a vida faz umas brincadeiras especiais que dão o tempero mágico dela, com a graça de justamente nunca saber quando e como isso vai acontecer.
Quando eu e Edu fizemos um ano de casados, fomos à Paris. Era a nossa segunda lua-de-mel, ainda mais especial do que a primeira, visto que da primeira vez tivemos tido apenas uma semana de licença no trabalho.
Paris é um lugar que eu simplesmente amo e me sinto em casa. Embora desta vez eu não estivesse tão afiada no francês, já que estava sem estudar o idioma havia alguns anos, encarei servir de tradutora, pro marido que – dizia – não falava bem nem inglês. Mas, enquanto viajávamos, ele se deu conta que a necessidade tornava o inglês dele ótimo e nos viramos muito bem por aquelas bandas.
Obviamente, visitamos todos os pontos turísticos que tínhamos direito, pois era a primeira vez que estávamos juntos em Paris. Não sei se pelo fato de sermos um casal, ou de sermos jovens e simpáticos ou simplesmente era devido ao fato de termos uma câmera fotográfica chamativa, onde íamos, vinham turistas de todas as partes do mundo, cada qual com um inglês mais macarrônico que o outro, pedir pra um de nós “tirar uma foto pra eles” (com a câmera deles, óbvio). Não teve um dia que saíssimos, que não rolasse isso pelo menos uma vez. Até aí, nada demais, Paris é a cidade mais visitada do mundo.
A poesia aconteceu quando estávamos nos fotografando um ao outro, na Avenue des Champs Elysées, com o Arco do Triunfo ao fundo. Era um tal “tira uma foto minha assim, Du”, “Lak, fotografa a gente desse jeito, que fica legal.” E aquela coisa de casal apaixonado que fica sem noção com uma câmera fotográfica na mão, até que um velhinho se aproxima e fala, em inglês perfeito, conosco:
– Vocês falam inglês? – perguntou.
Edu respondeu:
– Um pouco…
O velhinho continuou:
– Eu sou americano, vocês são de onde?
Edu disse:
– Somos do Brasil.
E ele:
– De onde?
Eu respondi em francês:
– Brèsil.
E ele:
– Não conheço…
E o Edu:
– Pelé! (Edu descobriu, durante a viagem, que falar Pelé era mais fácil que tentar acertar a maneira como “Brasil” é pronunciado em cada idioma.)
Aí o americano sorriu e disse:
– Ah sim! Pelé! Então, eu queria pedir um favor, posso? Aquela ali é minha esposa. – E apontou para uma senhora sentada num banco, a poucos metros de nós. – Estamos comemorando nosso aniversário de casamento e viemos à Paris. No entanto, esquecemos a nossa câmera fotográfica (não sei se ele quis dizer no hotel ou nos EUA) e não temos uma foto nossa aqui no Arco do Triunfo. Será que vocês poderiam tirar uma foto nossa e nos enviar por email?
Assim que concordamos – eu, em lágrimas, emocionada com a história – ele chamou a esposa e tiramos o retrato. Ele nos entregou um cartão de visitas com o endereço eletrônico dele e disse que aguardava a foto.
Quando voltamos de viagem – porque não tínhamos como descarregar a câmera, afinal, não levamos notebook, mas tínhamos trocentos cartões de memória – enviamos a foto.
Ele agredeceu com um email carinhoso:
“Muito obrigado, Eduardo. É difícil acreditar que ainda existam pessoas tão boas quanto vocês dois. Não sei se te falei, mas era nosso 60º aniversário de casamento e vocês tornaram a nossa viagem perfeita. Foi a primeira vez que estivemos em Paris e possivelmente, não retornaremos. Usamos essa foto para mandá-la aos nosso filhos. Foi um grande prazer encontrar vocês. Vocês fizeram nosso dia especial.”
Fiz questão de responder o email:
“Nós ficamos muito felizes de poder ajudá-los. Mas, há algo que vocês não sabem, encontrá-los teve um significado importante para nós também. Nós somos fotógrafos e este era nosso primeiro aniversário de casamento. Decidimos ir à Paris e tirar a fotografia de vocês foi muito especial. Certamente algo que nós lembraremos para o resto de nossas vidas.”
Por fim, ele mandou um conselho:
“Para fazer um casamento durar tanto, o homem deve ter sempre a última palavra. E elas devem ser: Sim, querida!” hihihi
Então, para comemorar o dia dos namorados, faço questão de compartilhar um dos momentos mais especiais da minha vida. Não são somente os acontecimentos que nos afetam diretamente que tornam a vida mágica. Mas também são as pequenas sutilezas que o acaso coloca no nosso caminho pra que a gente possa rir com prazer ao lembrar disso e dizer: Sim, viver vale a pena!
Feliz dia dos namorados!
Beijinhos,
Lak
Lak q história linda ! ! ! Obrigada pelo post de hj. 🙂 Ótimo dia dos namorados pra vc e Edu. Bjs. Fabiana 😛
Lakizinha, que estória mais bonitim e romântica. E o americano deu um bom conseio, ocê prestenção pro seu marido nunca si esquecê disso. No comecim do casamento Lakizinha, marido é inguar cachorro. Muié tem que sabê treiná ele dereito. Deve inlogiá bastante quano ele fizé coisa boa e recompensá ele e quano ele fizê arguma bestagem ficá bem braba, mas a brabeza deve passá rapidim e sê esquecida, num se deve ficá lembrando coisas passadas. Se o treino for bem feito marido aprende a andá nos trilho certo e vira um trem, que a gente então só precisa mantê andando com a fornaia quente que ocê deve de sabê qual é que é. Sinhá já enterrô 3 marido todos muito bem treinados, marido é coisa boa por dimais.
Beijim
Nossa, Sinhazinha, obrigada pelos conselhos. Se marido é igual cachorro, quando ele fizer arte, posso mandá-lo pra casinha? hihihi
Beijos
:'( Ai lakinha eu choro tanto quando você coloca essas coisas aqui. Sou uma manteigona derrtida.
Beijos
Hihihi manteguinha!! 😳
Acho que essa regra é bem antiga, viu… O Marcelo a segue desde sempre, que ele não é bobo nem nada.
Eu já conhecia a história, vc já tinha contado em outro lugar. Mas me emocionou de novo!
Feliz dia dos namorados pra vcs! beijo
Na S4, lembra? Vocês até pediram pra ver a foto e ficamos comentando que eles devem ter casado com 13 anos, pra poder estar fazendo 60 anos juntos hihihihi
Eu tô viciado neste blog… 😡
Por que esse sapo babando? (Edu fez pra mim, porque eu achava o choro do outro sapo que chora muito sentido: :cry:) mas, sinceramente, esse dai não chora apenas, ele chora babando hahahaha
Beijinhos
Teu post me fez chorar… [2]
Beijo pra tu!
Lak, que linda história, obrigada pela emoção que vc me proporcionou. beijos e muitas comemorações no dia dos namorados. 😎
De nada, Renata!! Adorei essa história também. Foi uma das melhores partes da viagem!!
Beijo
Que lindoo!!! Q casal mais fofo vcs encontraram lá! Adorei o conselho: “Para fazer um casamento durar tanto, o homem deve ter sempre a última palavra. E elas devem ser: Sim, querida!” Aqui em casa é assim!
Sou casada ha 2 anos. 🙂
😛
Eu também!! Alias, faço 2 anos mês que vem.
Beijos
Que linda historia Lak, de encher os olhos e o coração. Um dia feliz pra vcs 😀
bacana, bacana, bacana!!!! 😛
Eu faço aniversário de casamento no dia dos namorados. Só naõ tenho foto em Paris.
Hehehe que bela data pra se casar, heim?!
Beijinhos
Que historia tão bonita Lak, eu tambem fiquei emocionada de saber que vc gosta tanto de Paris, na cidade que eu nascí. É uma cidade bela… e romantica.
Feliz día dos namorados! 😉
Gostei da história de vcs, doce e sutil, e um feliz dia dos namorados aos enamorados, quem está só que curta a solidão
Já conhecia a história. Bem bacana! Não sei por que, mas acho tão fofo ver um casal de velhinhos. Talvez por hoje em dia ser bem raro com a taxa de divórcios altissímas 🙁
porque são fofos, ué!? hihihi
Não direi nada…porque não cabem palavras…
Que emoção, esse casal com um casamento sexagenário, vc e Edu e ainda em Paris!
tudo um conjunto de fatos que tornou esse encontro de vcs marcado por uma
poesia absoluta.
Ë uma história profundamente romântica e, vc tem razão esses momentos é que
fazem valer a vida.
Aproveite e namore muito o Edu! 😉
q lindooooooooooooooo vo chorar
Que lindo Lak, conheço Paris e realmente é um dos lugares mais romanticos do mundo….a sua foto esta linda demais…..bjosssssssss 😀
Com cara de bobona deslumbrada, né? hahaha
Beijos
Muito interessante seu blog. eu amo fotografia e gostaria de saber aonde voces fez o curso ? parabens vc escreve muito bem… eu amo escrever quando tiver tempo pode visita meu catinho .. bjo
Que Deus continue a iluminar seus caminhos .. Assim seja
Fiz fotografia na Escola Panamericana de Artes, aqui em São Paulo.
Beijocas