Perda Auditiva e Surdez: tipos, causas e soluções
As dúvidas mais comuns sobre deficiência auditiva com respostas rápidas e fáceis de entender.
A surdez pode ser classificada de diversas formas. Uma das classificações leva em conta a parte do ouvido danificada:
• condutiva: quando ocorre por obstrução da orelha externa, perfuração do tímpano ou algum distúrbio nos ossos temporais.
• perda neurossensorial: quando ocorre na orelha interna (cóclea, células ciliadas) ou no nervo auditivo. Ou seja, o som chega até a orelha interna, mas não consegue perceber o som e enviar a percepção sonora para o cérebro.
• perda mista: quando ocorre simultaneamente nessas duas etapas já descritas da audição.
Outra forma de classificação leva em conta o momento da perda auditiva: a surdez pré–lingual ocorre antes do indivíduo adquirir uma linguagem bem estabelecida e a surdez pós–lingual é quando a pessoa já aprendeu a falar e a se comunicar.
Ainda há a possibilidade de classificação utilizando os diferentes graus de perda auditiva: leve, moderada, severa, profunda. E a ocorrência em uma ou nas duas orelhas.
Essa é uma pergunta bem comum e extremamente complexa.
Na visão da medicina, são sinônimos. Os termos surdez e deficiência auditiva são usados para descrever a incapacidade parcial ou total de perceber estímulos sonoros.
Do ponto de vista cultural, a discussão alcança outros patamares. Para muitos que estão inseridos na Cultura Surda, isso está está ligado à forma como a pessoa surda se percebe como um sujeito que não precisa de estímulos sonoros. Diferente da pessoa com deficiência auditiva, que sente falta e opta pelo uso de tecnologias auditivas como aparelhos e implantes.
Os Surdos (com “S” maiúsculo) são pessoas com perdas de graus severo e profundo, com perda pré-lingual e que estabeleceram sua comunicação através da língua de sinais. Enquanto as pessoas com deficiência auditiva seriam aquelas que perderam a audição depois do nascimento, de forma gradual ou súbita, fazem uso de aparelhos/implantes auditivos e usam a comunicação oral.
Ou seja, a resposta depende se você busca um olhar clínico ou antropológico para essa questão.
A surdez pode ser causada por diversos fatores.
Sons extremamente altos como música muito alta, uso excessivo de fones de ouvido, buzinas e fogos de artifícios podem lesar as células sensoriais auditivas e prejudicar a audição.
Outras causas podem ser desde genéticas e congênitas, até doenças infecciosas ou inflamatórias, tumores, desgastes ósseos e acidentes que possam romper o tímpano ou fraturar a cóclea. Acúmulo de cera de ouvido ou catarro também podem causar a sensação de ouvido tampado, que se assemelha à surdez.
Sim. Existem vários casos de pessoas surdas total ou parcialmente que voltaram a ouvir, com diversos graus de sucesso.
O resultado depende bastante de cada caso: da causa da surdez e do tipo de tratamento recebido, seja com medicação, uso de aparelhos auditivos ou cirurgia.
O paciente deve receber uma boa avaliação com um médico especialista em otorrinolaringologia, que poderá avaliar o caso e indicar o caminho de tratamento ou recurso tecnológico mais adequado para ele.
A surdez por si só não causa nenhuma sequela no aparelho fonador. Surdos são biologicamente capazes de usar a voz para se comunicar. O que pode acontecer é que muitos surdos de nascença ou ensurdecidos nos primeiros anos de vida, podem ter muita dificuldade de aprender a utilizar a voz sem a referência auditiva. Quando ocorre uma intervenção auditiva precoce em bebês nascidos surdos, com tecnologias auditivas eficientes e fazem terapia fonoaudiológica, muitos conseguem desenvolver a voz de forma semelhante a crianças nascidas ouvintes. E, se um ouvinte perde a audição após aprender a falar, ele permanece totalmente capaz de continuar falando via voz, se assim quiser.
Surdez profunda ocorre quando uma pessoa só consegue ouvir sons muito altos, acima de 91 decibéis (a unidade de medida para volume sonoro).
Por causa disso, para poder conversar com outra pessoa, ela é obrigada a ler lábios, usar a língua de sinais ou fazer uso de aparelhos auditivos potentes ou implante coclear.
A primeira atitude que toda pessoa que percebe qualquer alteração na audição é procurar um médico otorrinolaringologista para investigar as possíveis causas e indicar o melhor tratamento ou recurso para o caso. A perda auditiva unilateral também pode se beneficiar do uso de aparelhos ou implantes auditivos. Procure ajuda médica especializada.
Procure um médico otorrinolaringologista para verificar se a sensação ocorreu pelo acúmulo de cera ou algum tipo de secreção como catarro ou se tem alguma outra causa. Jamais insira qualquer tipo de objeto ou líquido na orelha, sem prévia indicação médica.
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