Poupe-me tempo
Sei que muita gente lê o blog, acha fofo mas não comenta, porque comentário massagem-no-ego não é o forte de todo mundo, nem o objetivo do blog (embora eu adore, claro).
Mas o post de hoje tem a proposta de debate e quem quiser deixar a opinião, eu agradeceria muito, porque realmente é algo que ficou me martelando na cabeça agora pela manhã.
Hoje, acordei as 5h30 da matina porque precisava tirar uma 18ª via (exagero, mas deve ser lá pela 4ª via) do meu RG e resolvi chegar o mais cedo possível, pra não comprometer meu horário de trabalho, mesmo tendo avisado o chefe que chegaria tarde…
Tinham me falado que o Poupatempo da Sé (sou de Sampa Capital, caso alguém não saiba) era o mais organizado e foi lá que fui.
Sai de casa 6h, ainda escuro – deu até medo porque achei que as ruas estariam desertas, mas felizmente descobri que não era o caso – peguei um ônibus relativamente vazio e um metrô também vazio. Cheguei lá e já tinha uma fila monstruosa, mas decidi encará-la assim mesmo, dada a falta de opção e a necessidade urgente de um RG novo…
Enfim, 40 minutos depois, sou atendida por uma senhora nada simpática que me pede a certidão de nascimento ou casamento. Entreguei a certidão de casamento já avisando que não tinha alterado meu sobrenome, só precisava de um RG mais recente. Ela me olhou meio torto (acho que falei baixo, dada a dor que eu estava sentindo, porque, lembrem-se, eu tô de pé quebrado, mas encarei 40 minutos de fila assim mesmo, já que a imobilização que fizeram só envolve metade do pé e eu não estava afim de ser chamada de golpista) e não disse nada sobre isso.
Passado alguns minutos, ela me fez uma pergunta. Eu não entendi e pedi para ela repetir. Ela repetiu de má vontade e eu expliquei: Desculpe, senhora, não estou fazendo pouco caso, sou deficiente auditiva (puxando o AASI para ela ver).
A expressão facial dela – uma carranca quase caricata – mudou completamente. Ela me deu um sorriso dócil e repetiu falando devagar sei lá o que e completou:
– Olha, vou te dar senha preferencial por você ter deficiência.
A priori, eu recusaria, já que nada me impede de esperar na fila como todo mundo, mas como meu pé doia feito um condenado, acabei aceitando.
Ela me mandou pro banco pagar a taxa e volta – frizando para eu falar com ela, porque ela me daria a senha preferencial.
Fui mancando até lá, me mandaram pra fila preferencial também (dessa vez, porque a moça me viu mancando). Paguei a taxa – não antes de ser questionada porque estaria na fila preferencial, respondido por “surda e de pé machucado”.
Voltei, recebi a senha e fui sentar num banco para esperar ser chamada, o que levou menos de 2 minutos, por conta da preferência.
Chegando no guinche de atendimento, o mocinho com crachá “atendente multitarefas” (quase perguntei se ele era multimidias também) me faz a pergunta “atendimento preferencial por quê?”. Respondi, mostrando o AASI de novo “deficiente auditiva”.
Ai ele me fez 1799379380 perguntas pro cadastro, sujou meus dedos e me mandou voltar amanha pra pegar o RG (haha que eu volto lá amanhã!!).
Sai de lá pensando se deficiente auditivo deve ou não usar o atendimento preferencial. Porque em principio, nada nos impede de ficar na fila. Mas tratando-se de um serviço que depende de conversação, requer que o atendente tenha paciência de repetir, boa vontade para entender-nos. Então, em parte, concordo com esse atendimento preferencial sim. O que você acha disso??
No fim, voltei pra casa pegando um metrô e um ônibus mega lotados, com medo de ter o pé pisoteado ou o que esbarracem no IC e ele voasse longe – o que felizmente não aconteceu, até porque tirei a parte externa do IC e fiquei segurando como se minha vida dependesse disso hehehe
Beijinhos de pé dolorido, mas sonoros….
Lak
Se depende de comunicação e no ambiente de muito barulho , mais do que justo ter este atendimento preferencial. E no caso em si há a mobilidade reduzida, não é?
Sim, eu aceitei porque estava com dor no pé, senão provavelmente teria recusado a preferência.
Mas, por outro lado, a comunicação também precisa de atenção e depende da boa vontade. Não sei, fiquei na duvida se é justo termos atendimento preferencial nalgumas ocasiões sim….
Beijos e obrigada por responder…
Eu acho que atendimento preferencial depende muito de uma coisa que e muito dificil medir: bom senso. Nao adianta nada ter 457 regras de quem pode ou nao pode ter preferencia, e ficar interrogando cada pessoa sobre os motivos de precisar de atendimento preferencial e pessimo. Cada um deveria saber do que precisa, e isso ja e o suficiente.
No seu caso, “surda e de pé machucado” (adorei), esta claro que vc tinha motivos suficientes pra nao ter que enfrentar filas gigantes, e pra mim nem precisava terem que te perguntar.
(teclado sem acentos, sorry)
Hahaahahahaha é complexo mesmo. Fico sem saber como agir…
Mas hoje aproveitei, pq o pé tava doendo horrores!!
Beijos
Oi!
Se o atendimento preferencial significa que quem atende sabe como conversar com um surdo e tem formação para isso (incluindo formação em Libras, caso seja esse o modo de comunicação do surdo), acho que sim, que se justifica.
Se é só para ver um sorriso na cara de quem nos atende e a atitude condescendente «ai, coitadinho, é surdo, não percebe» (como parece acontecer em muitas situações, infelizmente! Surdo não é burro, nem «fofinho e queriducho, coitadinho», mas isso é coisa que muita gente ainda não entendeu!)…valerá a pena?
Há também que pensar que por vezes a deficiência auditiva vem acompanhada de outros sintomas a nível vestibular, que atrapalham a postura, o equilíbrio e a marcha. Esse é o meu caso, por exemplo e juro que já não consigo ouvir o «Ah…tratamento preferencial? Porquê? É só para cadeirante,cego e velhinho muito doente. Você tem óptima cara!»… Pois…e se caio para o chão porque não tenho onde me encostar, ou porque passou alguém que me empurrou sem querer, ou porque já estou a balançar de tanto tempo em pé?? Será que me apanham ou fico ali mesmo estendida com o pessoal a dizer «Coitadinha!!! O que terá??»
Por isso mesmo ando sempre com uma cópia do meu Atestado Multi-uso (papel oficial que comprova uma deficiência de pelo menos 60%) e de uns quadradinhos em que copiei a lei portuguesa que fala do atendimento preferencial. E quando vejo um ar espantado, saco dos papéis…e dá-me uma vontade imensa de rir ao ver a cara das pessoas que no hospital onde vou já me conhecem e me dão logo a senha do atendimento preferencial, dizendo «ah, é verdade, é a senhora que tem aqueles papéis!» 😀
É realmente complicada a questão!!
Interessante, mas e quando o surdo não usa libras? Eu não uso e mesmo assim, preciso de boa vontade.
No mais, tô de pé quebrado e depois de 40 minutos de fila, aceitava ate injeção na testa se fosse pra amenizar a dor hehehehe
Beijinhos
Lakinha eu já fui neste Poupa Tempo renovar a carteira de motorista. Fui logo cedo como você e achei que foi rápido (talvez porque meu pé estivesse inteiro hehe) e também voltei no dia seguinte pra retirar. Pelo número de pessoas que aqueles funcionários atendem, eu até desconto a cara feia (quase o mesmo número de perguntas que fizeram a você) e acho sim que deve retirar a senha de atendimento preferencial. Mesmo com o corte de cabelo novo e linda como é, difícil imaginarem o porque da senha, mas você está no seu direito. 😉 😉
huahuahu pois é, mas eu tô mancando também, entonces…
O lance é que, se não estivesse, deveria ter aceito ou recusado? Heis a questão…
Beijos
Lak, eu acho legítimo, desde que haja bom senso. Eu mesmo cedo lugaqr na fila para mulheres grávidas, afinal, é uma tortura para elas ficar em pé por muito tempo. No seu caso, o motivo era duplo: necessidade de ser entendida ahahahhahah e a estropiação temporária. Só mais uma observação: os comentários em um blog eu considero um combustível para o trabalho do autor!!! Um retorno mínimo daquilo que vc recebeu de graça…. enfim… Beijocas
Hehehee verdade, mas a gente tem que fingir modestia “que isso, não precisa” hihhi
Voltando ao lance da preferência… Não sei MESMO se eu teria aceitado a fila preferencial sem o pé machucado. Mas, talvez fosse necessario sim, porque o cara fez muita pergunta mesmo e a boa vontade dele fez toda a diferença!
Sei lá, permanece a duvida, especialmente porque “bom senso” é uma coisa rara por essas bandas…
BEIJAO
Já comentaram aí: o mais importante é bom senso. Tanto de quem precisa, quanto de quem organiza/atende. Qualquer assunto que leve a diferenciar tratamentos é difícil de se discutir, porque “diferenciar” já é meio caminho andado pra preconceito.
Ah, eu não sou bom pra comentar MESMO. eheheh.
Que nada, GG, vc é um fofo! Tb fiquei na duvida que nem vc…
Beijo
Olá Lak, já que convocaste todo o mundo para responder a esta tua questão, compareci e escrevo, há circunstâncias e circunstâncias mas como eu sou um tanto teimosa não me atino no lugar de senha preferencial, na verdade EVITO-A a qualquer custo.
Não gosto de aproveitar só por eu possuir uma deficiência auditiva, e quando alguém muda de postura ao desvendarmos a nossa real incapacidade é na verdade imperdoável. Sempre que vou a algum lugar para tratar das coisas, ou inovar certos documentos há sempre um papel colado na parede explicando a que grupo restritivo dão preferência: Grávidas, Deficientes Motores, Bebés de colo, e Diabéticos.
Se tivesse pé quebrado, ui, pensaria duas vezes. Quem sabe provavelmente, faria a mesma coisa que a Lak, pois com tudo a somar é dose!
🙂
Diabeticos tem fila preferencial ai em Portugal? Sério? Não sabia disso!!
A legislação que estabelece o atendimento preferencial não especifica os “níveis”. Assim tem direito ao mesmo atendimento preferencial a gestante de 39 semanas e a grávida barriga de tanquinho. Para mim, que sou “infiltrada” faz diferença se o atendimento será preferencial, personalizado ou só para cumprir a legislação. Acredito que o atendimento preferencial deve ser utilizado por aqueles que necessitam e não apenas como atalho (apesar que a senha do banco para atendimento preferencial muitas vezes é bem maior). Como exemplo, eu acho que o atendimento naqueles guichês horrorosos com microfone e alto falante na frente do atendente é uma necessidade, e não um capricho do deficiente auditivo.
Verdade, requer um certo malabarismo nesses casos…
Mas confesso que o bom senso deveria prevalescer. Uma grávida de 6 semanas parando em vaga de gestante está ocupando uma vaga que poderia ser usada por uma gestante com barriga bem mais pesada, né?
Beijos
Minha fofa, há situações em que se faz necessário um tratamento preferencial. Acho horrível um deficiente auditivo utilizar vaga de estacionamento exclusivo para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção, por exemplo, porque não se justifica e é uma forma nada ética de de se “aproveitar” da deficiência (a famigerada Lei de Gerson). Por outro lado, há situações que demandam um atendimento especializado e aí, sim, o cumprimento da lei deve ser exigido. Acho que foi seu caso nesse episódio, com o agravante do pé provisoriamente “matrixiano”. Desencana, você estava no seu direito.
Beijos estalados.
Ah, sim, claro… Foi necessidade mesmo!! Pé quebrado nem deveria pegar fila, mas não quis passar na frente…
Vaga exclusiva de deficiente fisico, usada por deficiente auditivo, acho imperdoável!!
Beijos
Oi de novo!!
1-…para acrescentar algo que não ficou muito claro: que surdo não é só quem usa Libras e que todos os surdos necessitam de alguém habilitado a ouvi-los e a falar com eles, de modo a fazer-se compreender1
2-…e para acrescentar ao comentário da Sun (olá, lindinha!!!) que a lei em Portugal também contempla outros casos para além das grávidas,dos deficientes motores, dos diabéticos e dos acompanhantes de crianças de colo:
ATENDIMENTO PREFERENCIAL
Decreto-Lei nº135/99, de 22 de Abril
Capítulo II
Acolhimento e atendimento dos cidadãos
Artigo 9º
Prioridade no atendimento
1-Deve ser dada prioridade ao atendimento dos idosos, doentes, grávidas, pessoas com deficiência ou acompanhadas de crianças de colo e outros casos específicos com necessidades de atendimento prioritário.
«Et voilà»…aquilo que trago nos tais quadradinhos de papel que andam quase sempre comigo, porque o decreto todo só afugenta as pessoas. 😉
(e para quem tiver paciência e quiser compreender o meu desabafo no meu comentário mais acima: http://sonsdonada.blogs.sapo.pt/14671.html )
Inês
Valeu pela explicação… Mas ainda assim, o que a gente precisa MESMO é de boa vontade. E quem atende prioritario está (ou deveria estar) acostumado com isso.
Enfim, a duvida persiste hehehehe
Beijocas
Concordo! Até meu 5 mes eu nao usava esse poderes de grávida.
O lance não é desrespeitar as gestantes de 6 semanas, mas elas respeitarem as que precisam mais que elas, sei lá…
Mas vem cá Lak: ficar de pé quebrado na fila ninguém merece!
E outra: atendimento ao publico, se vc não declarar deficiencia como a auditiva, a pessoa te trata até mal porque vc pede pra repetir.
Ninguem merece, mas eu sou legal hhehehe
Enfim, surdo sempre eh tido como antipatico. To acostumada.
Beijo
Justifica-se o atendimento preferencial…
pobre moça cyborg (ex-surda), com o pé quebrado, em fase de mimimi e com taquicardias de calor…
é muita coisa pruma pobre moçoila…
Taaaaadinhaaaaa Seu Menezes!!!
Hahahahaha “fase de mimimi” foi otimo! Morra, fofoqueiro!!
Beijo
Concordo com fila preferencial sim..
Mas, depende do dia.. hehehe
Pois que, uma outra vez, entrei na fila preferencial de um banco onde tinham apenas 3 idosos na minha frente e umas 30 n fila “normal”.
Se eu tivesse entrado na final normal, o meu atendimento teria sido mais rápido do que a fila preferencial, uma vez que idoso leva o dobro do tempo de uma pessoa “normal” pra ser atendida… Por isso, sempre que vou ao banco, verifico qual das filas vai ‘andar’ mais rápido, e encaro.. rsrsrs
Mas, falando sério.. Sim, sou a favor da fila preferencial. A única coisa que falta é o atendente saber libras (não obrigatoriamente, já que nem todo surdo usa libras, claro), pois acho importante que estejam preparados para lidar com todo tipo de deficiente..
A propósito, vc sabia que o símbolo dos cadeirantes encontrados nos diversos locais representa os deficientes EM GERAL, e não apenas cadeirantes? Pois é… Eu tb não, um amigo comentou comigo, e deve ter algo a ver com acessibilidade, se não me engano…
Bjocas.
Bom, eu não concordo muito com essa postura, mas cada um, cada um.
Beijos
Oi Lak!
Concordo em tudo com o Jairo: Se você nos dá o prazer de ler coisas adoráveis (ou não!) o mínimo que se espera é um comentário! E ainda você tem a delidadeza de responder os comentários!
Quanto ao assunto da fila preferencial, vou ser redundnte pois já foi dito: Tudo depende da situação! É claro que se a pessoa que está do lado de dentro do guiche não tem condições de entender e se fazer entender por quem está do lado de fora do guiche, NÃO RESTA DÚVIDA, atendimento preferencial pois vai demandar mais tempo.
Atendimento diferenciado não é favor nem esmola, é atendimento de alguém que teoricamente está mais capacitado para lidar com pessoas “descapacitadas” ainda que provisóriamente!
Exemplo: Se estou com uma conjuntivite que embaça minha visão preciso de alguém que me ajude na hora de digitar minha senha, mesmo não sendo deficiente visual!
Sabe Lak, este conselho não é necessário prá você nem prá grande maioria das pessoas que lêem o Blog e são portadoras de algum tipo de deficiência, pois vocês dão um banho de cidadania com os assuntos e as postagens! Vide exemplo do comentário do Jairo -“Eu mesmo cedo lugaqr na fila para mulheres grávidas, afinal, é uma tortura para elas ficar em pé por muito tempo.”
Beijos e obrigada pela oportunidade do debate!!
P.S. E quem é que vai buscar seu R.G.??
Hahaha boa pergunta… preciso de uma alma caridosa (ou encarar ir lá de sabado mesmo) porque outra maratona dessas e eu vou precisar de um implante de pé!! hihi
Beijocas
p.s. responder comentarios é o mínimo, né?
Realmente é um caso a discutir..
Eu ja usei preferencial e continuo usandoo.. axo que é um direito meu,
mas tem aqueeles porem ne..ja fui xingada por eu estar na fila preferencial..
nao fiquei quieta naoo.. tanto que uma pessoa do banco perguntou pra mim
o pq eu esta naquela fila.. falei nada.. apenas amarrei meu cabelo
(pra aparecer o ASSI) e peguei um atestado na bolsa..
ela simplismente olhou pra outra pessoa e disse ela tem direito.. nossa a mulher ficou doidaaa.. só faltou pular no meu pescoço.. 😯
Eu acho que se é um direito, blz..
Se eu estiver na fila e eu ver uma pessoa pior do que eu, passo ela na minha frente.. mas se nao tiver ninguem eu fico na fila mesmoo.. talvez minha atitude nao seja certa, mas pelo que sei do símbolo dos cadeirantes encontrados nos diversos
locais representa os deficientes EM GERAL.. pq nao?!
Bom senso! Nunca é demais repetir….. Acho que é o segredo pra muita coisa nessa vida….
Vc estava no seu direito de usar a senha preferencial e usou com mto bom senso…. afinal ninguém merece ficar na fila com um pé quebrado, né?! 😀 Ainda mais numa fila como a do Poupatempo!!
Beijinhos!
Hahahahaha mas eu fiquei… Sou uma pessoa burrinha, ops, decente..
Beijo
Lakita, volto a Sampa depois de uma temporada no inferno…
mais de 40 graus de sensação térmica, Buenos Aires é irrespirável no verão e este foi um dos piores nos últimos anos.
Vamos ao debate, acho que você é uma pessoa muito escrupulosa, cuidando para não se pendurar na deficiência para levar vantagem. É uma bela atitude. Mas vamos ao caso, o surdo pode esperar na fila porque não tem um impedimento físico mas ao mesmo tempo precisa de um atendimento especial sim, com gente que saiba falar, explicar e tenha paciência. E quem está de pé quebrado, enfaixado, pós operado, etc tem deficiência sim embora temporária (felizmente) e pode usar sem temor os assentos especiais, filas prioriárias, etc.
A lei não poderia listar todas as situações…e mesmo que alguns se façam de deficientes para levar vantagens não podemos anular a vantagem da lei ou deixar de usar por pudor.
Eu por exemplo uso todas as vantagens oferecidas às pessoas da terceira idade (maiores de 60) e não me acho “espertinha” por isso, claro que se na fila aparece alguém com mais idade que eu, em cadeira de rodas, etc eu deixo passar na frente por puro bom senso.
No aeroporto de guarulhos quase perco o voo para Baires porque não havia quadro de aviso com os portões de embarque e o embarque da minha passagem foi mudado na última hora, e eu não ouvi aviso nenhum…fui procurando por intuição mesmo e acabei achando. Já na volta o Aeroporto de Ezeiza tem os quadros de partidas e chegadas em telas bem visíveis, então o surdo não se perde.
Nos aviões os avisos sonoros falados pelo comandante ou tripulação são incompreensíveis para mim…deveriam pensar em colocar na telinha de cada assento uma versão escrita.
Vou entrar no site da Tam e sugerir que o façam porque ao explicar para uma das tripulantes ela se espantou porque nunca tinha imaginado que os surdos teriam dificuldade para entender e me prometeu falar isso na empresa.
Quanto às pessoas que porventura reclamem porque alguém sem “defeitos” aparentes entre na fila especial eu desisti de ficar dando explicações, eu sei que sou honesta, que não furo fila e que estou exercendo um direito de cidadania. Ao recusar esse direito posso passar a idéia de “deficiente que se acha superior” e com isso fazer com que outros deficientes tenham vergonha de assim se apresentarem.
Chega de usarem termos como pessoa especial…somos pessoas com deficiências (permanentes ou transitórias) 😀 😳
Aeroporto é outra história. Não só temos direito a atendimento especial, como acho que deveriamos avisar sempre, pra receber o mesmo tratamento que idosos, gestantes e deficientes físicos/visuais. Simplesmente porque 90% das informações de terra e de bordo são auditivas e não temos nenhum acesso a ela!
Agora, fila não sei não. Não vejo como um surdo não poderia ficar na fila. O atendimento é que precisa ser especial (no sentido de especial mesmo, não preferencial). Se o caixa que está no atendimento prioritário tem mais paciência, então beleza.
Fica a critério. Eu prefiro não usar, porque odeio me sentir aproveitadora. Se eu quero ser tratada como alguém comum, devo agir como tal.
Beijocas e bem vinda de volta…
OI Lak, tudo bem? Passei uns dias sem aparecer (Felipe está com uma gripe que ninguem merece).
Bem, serei redundante… mas acho que tudo nessa vida precisa de bom senso.
Por ex.: eu tb acho que uma gravida nas primeiras semanas nao precisa estacionar na vaga de gravida (apesar de direito), mas eu usei fila preferencial em banco (admito) rsrsrs. É que no início, nas duas gestacoes, eu passei tão mal… que se ficasse muito tempo ali dentro as pessoas iriam embora pq eu provavelmente passaria mal… rs
Eu sinceramente nao sei se DA é válido utilizar a preferencia em filas ou não… Sinceramente acho muito pouco provavel que o atendente de um banco saiba libras… do banco, do supermercado, … Sei que é direito… mas nao vejo muita necessidade… Mas no seu caso com o pe quebrado: com certeza.Justissimo.
bjs
Ale
Concordo…
beijocas e melhoras pro Felipe!
Lak, queria ainda ler os comentários acima, mas não tive tempo. Então, já vou dando minha opinião: pra mim tem que usar sim atendimento especial quando vc acha que o atendimento será precário ou vc será prejudicada caso não peça. Se tem letreiro com número, etc, eu não peço, mas se tem atendimento oral eu sempre peço pq eles têm mais paciência, mais respeito e mais cautela. Já passei por cada coisa com relação a isso e, inclusive até já perdi voo por conta disso. Não mudou no painel e foi avisado no auto falante, entao se eu viajo só é certa q vou pedir atendimento especial. Entra no gtalk pra te contar casos mais críticos. Então: peça sempre atendimento especial.
beijinhos, Mah
ps: tenho um babado pra te contar q vc ficaria de cabelo de pé!
Hehehe louquinha pra saber!!
Sobre hospitais, por exemplo, onde o atendimento é a base de chamada oral, eu aviso que sou surda e peço pra anotarem na ficha que trata-se de um deficiente auditivo e preciso que venham me chamar de perto. Não é passando na frente que se resolve, mas agir de acordo com a minha necessidade, né?
Beijos
Oi Lak!
Muitas vezes estive a pensar sobre isso: o uso das preferências. Eu sempre rejeito usar a preferência porque acho que há pessoas mais necessitadas de fazer uso delas. No entanto, lendo as opiniões dos colegas de blog, penso que é justo sim que o surdo use a preferência na situação específica de lugar barulhento, pois já prepara o atendente para a necessidade de repetir palavras ou frases não entendidas. E no seu caso, o seu pé machucado é razão sim para usar a preferência, afinal, pé doendo na espera de atendimento, ninguém merece.
Ah, quanto ao implante, ao tirá-lo do ouvido, segure-o com todas as forças, afinal, ele é o nosso Graal. Beijo!
Somos iguaizinhos até nesse aspecto, Draj hahaha
Beijos
Bom dia Lak, vamos por pontos:
– Isso é um blog, logo parte-se do pressuposto que devemos interagir com vc.
-Comentários devem ser bem vindos, mas cuidado com ofensas e com coisas sem sentido (os seus leitores até que são bem educados)
– Finalmente o assunto do blog: atendimento preferencial deveria ter um pouco de treinamento, independente da situação (sei – to puxando a sardinha para o meu prato – trabalho em rh), mas é uma realidade, as pessoas as vezes não sabem como lidar com o deficiente auditivo, o deficiente visual, o com problema mental, sei que muitos disseram importante usar o bom senso, sim isso é fundamental, mas também saber um pouco sobre o público que você está atendento, facilita imensamente as coisas.
beijoooss 🙂
Re, um segredo? Eu apago comentários grosseiros demais ou que não condigam com o tema do blog (já apaguei DOIS comentários até hoje) hehehe, mas tenho sorte, porque realmente 99,99% dos comentários são absolutamente indispensáveis ao DNO.
Verdade, quem fica responsavel por atendimento preferencial deve sempre ter um mínimo de treinamento sim!!
Beijos
Oi Lak, acho legítimo sim deficiente auditivo ter atendimento preferencial. Assim como a maioria já comentou aqui, o negócio é ter bom senso. E você ainda por cima, tava renga da perna né? Heheheh
Mas atendimento preferencial tem que ser feito por pessoas treinadas pra atender pessoas com qualquer tipo de pereba, o que não acontece (aqui no Sul pelo menos não).
Eu uso o atendimento preferencial porque não fico muito tempo em pé. Mas entendo que (posso estar errada), o deficiente auditivo precisa de atendimento preferencial não pela rapidez em ser atendido, mas para ter um atendimento decente, com uma pessoa que entenda a tua condição.
Já ouvi gente dizendo que a gente se aproveita, só pq é perebento quer atendimento diferente. Acho que quem fala isso é pq é babaca e não sabe o quanto nós gostaríamos de ficar naquela fila enorme do banco em troca de não ter pereba nenhuma. 😛
Bjsssss
Verdade, na proxima responde: Ok, te dou o meu direito a atendimento especial, se vc passar por todos os tratamentos, remedios que tomo e tormentos que passo. Troca justa, topa?
Hehehe eu acho que ficar na fila, da pra def. auditivo ficar sim, mas o atendimento tem que ser preferencial porque pode demorar mais pra gente entender/se fazer entender.
Beijinho
Lak vejo que a maioria dos seus leitores e leitoras são pessoas inteligentes e de bom senso. Assim dá gosto debater.
Como eu escrevi muito não deixei claro algumas coisas importantes:
nunca entrei na fila preferencial por ser surda, só uso atualmente porque tenho mais de 60 anos e fibromialgia que me dificulta os movimentos e ficar em pé.
Igualmente acho um absurdo o surdo querer comprar carro com desconto pegando carona com os deficientes que têm problema de mobilidade, etc.
Sou surda há 40 anos e nunca senti que um carro fosse equipamento auxiliar para minha deficiência. O mesmo vale para usar vaga de estacionamento especial. O surdo não precisa disso enquanto surdo.
E quem estiver de pé quebrado é óbvio que deve ter atendimento na fila preferencial, é uma deficiência temporária.
Mas não é prque tem gente usando barriguinha de grávida falsa, gesso falso para traficar drogas que toda grávida ou engessado deva passar por aproveitador…
Em Buenos Aires acabaram de prender um cadeirante legítimo que era também ladrão e durante algum tempo a cadeira de rodas serviu de disfarce. Outro caso de lá foi a prisão de um muletante, também deficiente legítimo que vendia “crack” e usava as muletas ocas como depósito.
Mas acho que todos concordamos que existem direitos, que existem pessoas que os usam adequadamente e que também existem aproveitadores. Um filme chamado Mondo Cane (anos 60) mostrava na Índia gente que “fabricava” deficientes para a mendicância, amarrando pernas e braços para que crescessem tortos e atrofiados. Lembro da história dos pés pequenos conseguido a custa de enfaixar os pes das meninas que ficavam pequenos, delicados e difíceis de utilizar para caminhar.
O mundo cão!
Eu tb acho, Sô, que as necessidades e beneficios devem ser de acordo com a deficiencia especifica. Um cadeirante não precisa de atendimento que alguem fale devagar com ele, seria até irritante se fizessem isso com ele. Portanto, se a gente quer ser atendido de acordo com as nossas necessidades, pq exige direitos que não nos são necessários, só porque outro deficiente com uma deficiencia completamente diferente tem direito a isso.
Complicado…
Isso de carro com desconto eu acho tosquissimo. Nosso carro não é adaptado. Ai alegam “mas a gente ganha menos”. Verdade? Infelizmente sim, mas dai brigamos pela equiparação salarial, não por descontos inadequados!
Beijocas
lak,
dependendo do lugar e da situação, acho justo, sim, que surdo exiga e tenha atendimento preferencial, pelas questões de comunicação. várias vezes o atendente fala tão rápido; outras, nem ficamos sabendo q ele tá falando conosco pq olharmos pro papel de cabeça abaixada; ou qdo não nos entendem, etc e tals. pro surdo não perder tempo com tudo isso, nada justo do q um atendente treinado pra atender todas as pessoas. o decreto 5296 falam q os atendentes devem ser treinados também no trato às pessoas surdas NÃO-USUÁRIAS de libras, pq as pessoas pensam que só surdos librados podem ter direitos.
Ah sim, claro…
Só não concordo que surdo fure a fila, pq nem sempre tem necessidade disso. Pelo menos eu, acho que dá pra gente esperar na fila sim hehehe
Beijos
e esqueci as beijocas 😀
papel = faturas, boletos bancários, por exemplo. esses papéis burocráticos nosso de cada dia.
Lak, se inclusão é tratar desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade, o discrímen no atendimento tem de estar relacionado diretamente às dificuldades em questão.
Passar na frente por pé quebrado? Lógico! E assim é com pessoas com restrições a ficar em pé, ou dificuldades de locomoção, ou que o tempo de fila possa comprometer a saúde de alguma forma: cadeirantes, muletantes, bengalantes, mancantes, grávidas, idosos, pessoas que fazem diálise peritoneal (além de passarem mal em pé, tem hora certa pra diálise) lactantes (cujo bebê passa fome se demorar muito), e por aí vai.
Passar na frente por surdez, cegueira, não acompanhada de outras condições que o exijam, acho furada. Se atendimento preferencial for passar na frente, não creio que tenham direito. Mas têm direito de ser bem atendidos, seja pelo mesmo funcionário que atende a todos na fila, seja por alguém específico para a função. Se, nesse caso, acabarem por ter fila separada, ok, mas o objetivo é o bom atendimento e não não pegar fila…
Beijinhos!
É, é bem isso. Atendimento adequado, não furar fila.
De banco? Ok, algumas pessoas usam, porque tem dificuldade de falar com o caixa. Mas fila preferencial de supermercado? Alguém fala com caixa de supermercado??? Só gente muito gentil e simpática…
Enfim, o que não dá é exigir os mesmos direitos que cadeirantes, né?
Beijos
Olá Lak,
Sei que estou meio atrasado para comentar este post, mas “cai” no seu blog há pouco tempo e estou lendo os post antigos.
Confesso que não li todos os comentários e pode ser que eu me repita, mas já que você pediu a nossa opinião eu vou dizer algo que sempre pensei e sempre questiono.
Não entendo o porquê de atendimento preferencial para cadeirantes e surdos. Li um livro da Mara Gabrilli (tetra) que comentou que no Japão ela tentou “furar” a fila e disseram “Shaou ling, Arigato sainará” (brincadeira), dissera para ela voltar para a fila, afinal o local era todo adaptado e ela estava sentada, não precisava de atendimento preferencial.
O fato de o surdo precisar de paciência e atenção não é uma característica da “deficiência” e sim uma questão humana, todos nós precisamos que ser bem atendidos. (não estou entrando no detalhe de uma “loira” precisar de paciência dobrada).
Eu duvido que o atendente do guichê do poupa tempo sabia Libras, mas acho que mais que guichês preferenciais os atendentes deveriam receber instrução de como atender bem ao público, fazerem curso de Libras (2a língua oficial do país) e ter conhecimento de Inglês para atender o estrangeiro.
Se o serviço oferecido a população fosse digno, ninguém precisaria de atendimento preferencial, se as grávidas, amputados, idosos etc, precisam de bancos preferências nos metros é porque não há bancos (comodidade) para todos, se no banco uma mãe com uma criança de colo precisa ser atendida rápido, é porque se sabe que a fila (não preferencial) é demorada e não há vontade de “agilizar” e garantir o bom atendimento a todos.
Desculpe-me estender e nem sei se fui claro ao meu posicionamento, mas outra questão que sempre levanto e adoraria se você abordasse é a gratuidade tão exigida por grupos de deficientes aos espetáculos e compra de livros (no caso de cegos e livros em Braile ou em voz).
OBS: estou adorando o seu blog. 😉
Lak, olha que coincidência, estava lendo um texto que fala sobre o mercado consumidor e cita o atendimento a pessoas com deficiência. vou colar aqui um trechinho que tem haver com o que falamos.
“O atendente de lanchonete do McDonald’s do Shopping Metrô Tatuapé, Rodrigo Eduardo de Campos, já recebeu várias vezes clientes surdos, porque o shopping é ponto de encontro, toda Sexta-feira, da comunidade surda da Grande São Paulo. Com mais de quatro anos de trabalho na loja, ele explica que essas pessoas com deficiência ficam na mesma fila que os outros clientes, e os funcionários dispõem de todo o tempo necessário para entender o que elas desejam e prestar atendimento de qualidade.”
Abraço,
Valeu pelo comentário.
Abração.
Oi Lak,
Eu te entendo bem. Quando estava grávida passei a maior parte do tempo super bem e muitas vezes não usava atendimento especial, principalmente em hospitais onde ia fazer exames. Achava que lá tinha gente com mais necessidade que eu.
Porém, depois tive diabete gestacional. Em jejum ficava tonta com risco de desmair. Dai, usava o atendimento preferencial sim.
Acho que vale o bom senso.
Quando vc precisar: use, sem culpa. Está no seu direito. Se tiver ok, pode pegar fila tb, vc estará sendo generosa com os demais. O mundo será um lugar melhor com pessoas como vc!
Vi alguns comentarios condenando grávidas de poucas semanas usarem o direito. Acho complicado julgar. É dificil estabelecer quem teria prioridade. Conheco várias gravidas que ficaram muito pior nas primeiras semanas que no meio da gravidez. Uma amiga enjoava quase toda manha nos tres primeiros meses e ia em jejum ao trabalho. Pra ela fazia diferenca ir sentada.
Bjs, Mari
Mari, é verdade…
Não sabia que vc tinha tido diabete gestacional!
Beijinhos pra você e pra Fernandinha linda.
Amoura da minha vida, não sei se vc ainda está com dúvidas sobre essa coisa do atendimento preferencial… prá mim é uma questão de cidadania muito antes de ser uma questão de direitos na legislação. Do tipo: quem precisa, vai no preferencial. Lógico que isso nem sempre é muito claro, além de as pessoas resolverem achar que os outros querem se dar bem em cima deles (e muitas vezes querem mesmo)… Mas preciso te contar uma cena que presenciei ontem:
Fui ao cinema e, no final, fui ao banheiro… havia 3 mulheres na minha frente. De repente chega uma menina de uns 8 anos já trançando as pernas de votade de fazer xixi, segurando “as partes” prá poder tentar segurar mais um pouco e… pasme… elas não deixaram a menina passar na frente. Achei um absurdo!!! Todo mundo sabe que criança tem a bexiga menor, que tem menos capacidade de segurar o xixi… caraca, as pessoas foram lá prá passear… o que custa deixar uma criança passar na frente?
Enfim, um comentário metade comtando, metade desabafando… rsrsrsrs
Bjssss
Nosso povo não se importa muito com nada além do próprio umbigo. É lado péssimo do jeitinho brasileiro, né?
Beijos
Lak, boa parte do que penso já foi dito pela maioria, acho que cada um deve saber avaliar suas necessidades. Antes desse período de carnaval fiquei super enrolada no trabalho e acabei deixando a depilação pro último momento, resultado mega fila. Tinha uma grávida exigindo prioridade. No caso dela achei um absurdo, ela estava ali por vaidade, como todo mundo. Mas, nos demais casos acho que se é um direito adquirido ele deve, sim, ser usado. E respeitado!
passar na frente da fila de depilação? Nossa, eu ficaria braba tb! Até porque ela estava sentada, né?
Mas, vai ver, ela passava mal, sei lá…
Beijinhos
Concordo sim com o atendimento preferencial, penso que se é direito dos deficientes por que não usá-lo!
Essa semana aconteceu uma coisa muito engraçada, fui até a receita federal pegar um comprovante de voto, lá trabalha o filho de uma amiga minha que sabe libras por causa da minha filha ( são amigos), e nós dois começamos a conversar em libras pois ele estava longe, estava aguardando na fila quando de repente uma mulher veio e pegou a senha da minha mão, (ainda tinha umas quatro pessoas na minha frente) me passando na frente de todos e me deixando sem reação, logo em seguida ela voltou com o meu papel, bom eu e o filho da minha amiga acabamos chegando a uma conclusão, a mulher na maior boa vontade acabou pensando que eu era surda , na hora foi muito engraçado mas depois pensando bem quantas pessoas usam de malandragem pra poder ser atendido rapidinho, mas sério não foi por querer,tanto que fiquei sem saber o que fazer , peguei o meu papel e fui embora, rindo de toda aquela situação.
Todos nós temos direitos e deveres, se é um direito seu pegar a fila preferencial, pegue e não se sinta culpada por isso.
Beijinhos!!!
Não, não concordo com essa postura. Mas, tem gente que usa. Prefiro o atendimento preferencial somente quando tenho necessidade, não uso uma coisa que não preciso, só porque sou deficiente auditiva, sendo eu falo normalmente e leio os lábios suficientemente bem pra me fazer entender quase perfeitamente.
Pra mim, o bom senso existe pra isso. Se eu quero ser tratada como uma pessoa comum, não teria cabimento ficar me aproveitando de tudo, quando não tenho necessidade para tanto.
Abraço.
Lak, sempre leio seu blog, mas atendendo ao “puxão de orelhas” rsss… parei pra dar meu “pitaco”…
Eu uso sim, sou favorável sim…
Eu não sou surda, mas minha filha é…
Na minha opinião se é direito dela ela deve usar…
É “mais ou menos” assim: Se vc estiver com vontade ( e não necessidade) de tomar um sorvete e lhe faltar 0,20 para comprar, a padaria, mercado, etc não lhe deixará levar o sorvete, certo? Mas eles se reservam o “direito” de dizer: posso ficar te debendo o troco??? se te faltar que seja 0,05 …..
O que eu quero dizer com isso? Eu sei tudo que passo para oralizar minha filha, toda depressão que tive, toda correria, todo gasto muitas vezes muito maior que uma criança sem deficiência alguma, horas que poderiam ser aproveitadas com outras atividades e tudo mais que precisa um surdo (ou outra deficiência não incapacitante), além dos estresses, etc etc etc…acho que muita gente aqui conhece essa “rotina” …
Então, acho uma forma, talvez eu não saiba expressar corretamente o que estou pensando, ok… Acho uma forma de compensação por tudo isso…
Oras, eu corro pra cá e pra lá com ela, porque vou abrir mão de algo conquistado (lei)?? Se essa lei me dá um pouco menos de correria ou pelo menos um pouco mais de tempo para respirar e fazer outras coisas…Só por orgulho????
Desculpa, mas minha opinião é clara a esse respeito… Paro SIM o carro na vaga destinada a deficientes (que é para todos os deficientes) caso eu não encontre outra “normal” e esteja com pressa demais, uso sim as filas destinadas e até no HopiHari ela não pegou filas…
PORQUE eu não deixaria ela ter esse “benefício” ? Pra ela ser tratada como uma “igual” ? Ela não é uma igual… Ela é surda e jamais deixará de ser… o fato dela falar, escutar com aparelhos, IC’s ou seja lá o que for, não a impede de fazer quase nada mesmo, mas também ela tem sim certas dificuldades e limitações e acho que ela deve aproveitar seus direitos, afinal, ela necessita de mais atenção e é privada de algumas coisas que os ouvintes não são…
Acho justa a lei e é óbvio, também não vou deixar de dar o nosso lugar na fila para pessoas que tem prioridades bem maiores….
Bjus… 😈
Aí que está, não é. As vagas exclusivas pra quem tem problema de mobilidade, não pra quem tem qualquer deficiencia. Tanto que o adesivo de carro de surdo é diferente e tem outra função. As vagas destinadas a deficientes fisicos são maiores, porque eles precisam de espaço pra cadeira/muleta. Surdez não tem necessidade especial, neste caso.
Mas você faz o que você quiser, vai da sua consciência. Eu sou contra abuso e regalia. Sou a favor da acessibilidade e inclusão condizer de acordo com as necessidades de cada deficiencia. Não vou me aproveitar das necessidades dos outros.
E se eu quero respeito, começo respeitando as necessidades dos outros. E eu não preciso dessa vaga! Nem você!
Quanto aos gastos, eu também tenho muitos, mas isso não significa que eu possa sair fazendo qualquer coisa que me dá na telha, como se o mundo me devesse algo. Não sou a unica pessoa com necessidades e gastos extras.
Desculpe, Lak, mas a lei não especifica a deficiência como FÍSICA, procure o DETRAN de sua cidade. Aqui tenho inclusive a carteira emitida para tal fim. A mesma foi confeccionada no DETRAN e todas as xerox dos exames e laudos dela foram anexados ao processo e retidos juntamente com o pedido para emissão da carteira.
Inclusive, não é em todo lugar que você encontra as tais vagas com tamanho diferenciado… Aliás, são pouquíssimos lugares.
Às vezes eu vejo muitos deficientes que tem o orgulho exarcebado, talvez uma forma de compensar a própria deficiência ou a não aceitação inconsciente de sua deficiência / doença.
Não tenho vergonha de minha filha ser surda, nem clamo aos 4 cantos do mundo tentando obter algum tipo de “atenção extra”.
Acho que o natural é: Ela é surda e como tal tem direitos em relação aos ouvintes, assim como ouvintes não tem certas restrições que ela tem…
Se partir da sua linha de “raciocínio” nem deveríamos aceitar os AASI do SUS e nem um IC se necessário futuramente…
Acontece, que se todo pai de surdo usar essas vagas, vai ter menos vaga ainda. E tem gente que realmente precisa desse espaço extra que é pra ter, se não tiver, a vaga está errada e o local é passível de multa, porque a faixa lateral é uma necessidade de quem precisa de espaço pra cadeira de rodas.
Essas vagas são SIM, exclusivas de quem tem deficiencia de mobilidade. Elas não são um prêmio de consolação pra quem sofre mais.
Eu jamais vou concordar que se use a vaga de deficiente sem necessidade. Vai da sua consciencia, mas não concordo, não compactuo e não vou escrever no meu blog que surdo deve se aproveitar da vaga de quem PRECISA só porque ele sofre.
Você faz o que você quiser da sua vida, mas não peça a minha aprovação nem venha me chamar de orgulhosa. Não é questão de orgulho, é questão de RESPEITO a quem realmente necessita dessa vaga. Ter ficado surda não me impede de respeitar quem tem outras deficiências. A minha deficiência não anula as deficiências e necessidades dos demais.
As minhas necessidades são outras, completamente desnecessárias pra quem tem problema de mobilidade. Por exemplo, o closed caption. As transcrições por escrito de aulas. Que os motoristas de âmbulancia sejam treinados pra dar farol alto, quando se deparam com um carro com adesivo de deficiente auditivo no meu carro.
Boa noite a minha dúvida é a seguinte uma pessoa pode usar como atendimento preferencial um pé enjessado, isso existe perante nossa lei, se sim poderia me informar qual lei da direito a esses tipos de atendimento, aguardo ansioso a resposta!
Bom, a lei específica, você terá que procurar no google. Agora, poder pode, já que ficar de pé com o pé engessado é complicado e, portanto, a pessoa está com mobilidade reduzida temporariamente.
Lak, boa tarde, tudo bem?
Na verdade, achei esse artigo pesquisando sobre deficiência auditiva para concluir um trabalho acadêmico e resolvi te pedir uma ajuda, se vc puder e quiser, é claro.
Preciso saber qual ou quais dificuldades vc já encontrou em um supermercado na hora do pagamento no caixa e o que vc sugeriria para que essa dificuldade fosse sanada.
Se vc puder me ajudar, ficarei muito grata mesmo.
Parabéns pela maneira como se coloca diante de alguns comentários desnecessários que infelizmente lí por aqui…Existem pessoas completamente sem noção, mas felizmente, existem outras que tem muito mais que isso, tem respeito pelos outros!
Obrigada, fico no aguardo.
Lílian.
Eu? Nenhuma. Nunca tive dificuldade em loja. Sou surda oralizada, falo perfeitamente bem e entendo o que as caixas falam, porque leio os labios otimamente tb.
Mas acredito que não seja uma regra. Nem todo surdo consegue se comunicar bem, então, quanto mais dificuldade de ler labios ele tiver, mais complicada fica a comunicação.
Sugiro que a tela do caixa sempre fique voltada pro cliente (facilita saber o valor) e sempre haja papel e caneta, pra escrever, caso ele não consiga entender bem o que se diz.
Mas, posso fazer um post sobre isso, se não for urgente e pedir pros colegas surdos colocarem as dicas ai, que tal?
Beijocas e bem vinda ao DNO.
Puxa, vc não tem IDÉIA de como me ajudaria, mas realmente é urgente, preciso entregar este trabalho até segunda feira, mas minha net em cs não é garantida então estou fazendo o q posso no trabalho mesmo…acho que não daria tempo. Porém, a sua sugestão já contou para acrescentar no meu trabalho.
Muito obrigada pela resposta imediata!!
Bjos,
Lílian.
Eu acho que fizemos um topico de debate sobre atendimento em lanchonete na comunidade Surdos Oralizados no orkut. Posso dar uma lida lá (a comunidade eh fechada, senão te mandava o link) e ver se tem algo mais que acrescenta. Se tiver, te mando por email, ta? Beijos
Estou sapeando pelo seu blog e vi este post e resolvi comentar…Eu fui ao poupa tempo essa semana p fazer o primeiro RG do meu filho e p minha surpresa o atendimento foi 10. Eu avisei p moça que eu não escutava, e ela começou rapidamente a usar LIBRAS…mas aí ela se frustou pois eu não sei os sinais…só sei alguns, aí ela me deu a senha, esperei por uns 20 minutos e qdo chegou minha vez avisei tbém o atendente que eu era surda e ele mudou completamente a maneira do atendimento, sendo objetivo nas perguntas e articulando bem as palavras p que eu entendesse, teve a maior paciência de esperar meu filho de seis anos treinar a assinatura…hehheh. Achei que estão bem preparados p o atendimento e olha que nem fui atendida pelo sistema preferencial…sai de lá com o RG no mesmo dia….
Bjus
Verdade, comigo ninguém falou em Libras, mas tiveram muita boa vontade. Não tenho reclamações tb…
Beijos
Olá Lak. Encontrei seu blog enquanto pesquisava sobre acessibilidade e atendimento prioritário aos deficientes, mais especificamente aos surdos. Tenho surdez bilateral desde que me entendo por gente. Aos noves anos cheguei a fazer uma cirurgia. Ainda não tenho próteses o que dificulta ainda mais a comunicação. Há dois anos somente descobri que tenho direitos, como p.e, gratuidade nos coletivos. Soube que uma lei amparava aos deficientes físicos e sensoriais para ter atendimento prioritário em bancos ou qualquer outra prestadora de serviços, etc. Desde então, uso as filas preferenciais, sim! O que me ocorre é que quando há pessoas idosas ou grávidas ou com locomoção debilitada eu simplesmente passo a vez pra tais pessoas, mas não dispenso e não abro mão de um direito que cabe a minha necessidade. Ok. Posso ficar de pé, tenho condições físicas perfeitas pra entrar na fila de outros clientes. Penso que, não só preciso (vc bem sabe disso já que tem def. auditiva) de uma comunicação adequada (sei o básico de libras, mas não sou usuária) e de um atendimento diferenciado para que o atendente possa fazer-me entender o que ele/ela fala, é mais do que óbvio que o profissional encarregado nessa função de atendimento preferencial estar mais preparado que o restante para entender tal necessidade a qual pessoas surdas precisam. Estendi-me um pouco na introdução pq vou falar-lhe o que aconteceu comigo numa casa lotérica: Há uns seis meses fazia pagamentos pessoais e tb profissionais por lá. E sempre usei a fila preferencial, nunca fui indagada no começo, até pq com o tempo a atendente percebeu que eu pedia muito pra que ela repetisse qq coisa que ela me falasse. Entendi que, ela obviamente percebeu minha motivação na fila preferencial. NUNCA fui presunçosa ou abusiva. Simplesmente reconheci um direito meu. Nesta semana, porém, outra atendente estava no caixa preferencial e perguntou se eu estava grávida. Respondi que não. Sem mais perguntas ela requisitou que eu fosse pra fila dos outros clientes. Eu decidi explicar a ela que eu tinha atendimento prioritário porque tenho surdez. Ainda assim, ela simplesmnte disse que eu deveria ir pra outra fila. Novamente eu disse que não. Ela pediu uma carteira. Fui até em casa (moro bem próximo) peguei a carteira e voltei até lá mostrando-a. A Funcionária mostrou pra gerente e decidiram que aquele cartão era inválido porque é somente para os coletivos. Foi qdo realmente me estressei e disse que eu não tinha outro documento que pudesse comprovar e que ainda sim se eu tenho aquele passe estava óbvio que eu sou portadora de necessidade especial. A moça não considerou e insistiu me mandar pra outra fila. O constrangimento já estava mais do que formado. Eu disse a ela que entraria com uma ação judicial contra ela e a agência. Foi qdo ela decidiu atender-me. Ainda assim, ela discutia dizendo que os outros clientes reclamavam todas as vezes que eu saía de lá. O estresse estava alto e evidente em minha pessoa. Mas, não resiti e virei-me aos outros clientes que eu estava apenas exercendo um direito que me cabe, que apesar de ter oralidade tenho surdez acentuada e precisava sim de atendimento adequado. Disse, sinto muito, e fui embora muito revoltada! Mais tarde procuramos a gerência da casa lotérica, minha tia e eu, posse ao termo de acessibilidade e laudos médicos. Na hora disseram que não houve humilhação da parte deles (imagine! não queriam me atender proirtariamente mesmo depois que mostrei o passe), pediram desculpas, mas alegaram a incompreensão dos outros clientes.
Em bancos, nunca fui questionada. Sempre que eu disse que tinha surdez eles rapidamente compreendiam. Isso demonstra entendimento e informação por parte dos funcionários. Bom senso eu tenho. Bom senso pra mim também é conhecer e respeitar os direitos humanos. Não abro mão dos meus direitos, jamais! Passei anos tendo dificuldade na escola, deboches por parte de colegas no colegial e faculdade tb(não todos), tendo privações inclusive na minha vida social (não que isso interfira minha vida social é bem agitada, inclusive), assistir TV pra mim é algo cansativo e frustante, mesmo qdo eu tinha aparelhos, se não tiver a legenda é um saco, a coisa boa é que troquei a TV por livros, telejornais por Jornais e a leitura tem sido minha distração. Aí, me diga, vou negar algo que pode me beneficiar? Não é presunção e nem desrespeito a outros só pq não tenho dificuldade de locomoção. É uma questão de usufruir algo que me pertence. Atendimento prioritário é fundamental sim, pra deficientes auditivos. Ressalto que, como já disse acima, um idoso, mulheres grávidas ou com crianças de colo e pessoas com dificuldade de locomoção eu deixo passarem na minha frente, mas dispenso a fila preferencial de jeito nenhum. É o que eu penso. É o que penso que é justo!
Abraço.
A questão da fila, acho que fica a critério. Eu não uso, pq não sinto necessidade. Mas não sou contra você (que é deficiente auditiva) usar, porque você sente essa necessidade, pelo motivo que for. Acho que é um direito facultativo dos deficientes auditivos, usa quem quer usar, porque realmente, a fila preferencial nos cabe sim, porque o atendimento vai ter que ser mais dedicado, com quem não tem boa leitura labial. Fica a seu critério.
Só sou radicalmente contra usar vagas especiais de deficientes fisicos, porque eles precisam da faixa lateral que a gente não. Isso, eu acho que não deveríamos usar, a menos que estejamos de pé quebrado.
De resto, a vida é sua e não sou ninguém pra questionar seus motivos. No mais, achei certo você brigar por um direito que te assiste!
Abração