Qual é o limite?

Essa semana, eu tive um aborrecimento daqueles que você pensa “mas pra quê, heim?”, mas que no fim, acabou me fazendo pensar num monte de coisas, por conta de uma auto-análise forçada.

Tenho o hábito de ser otimista em excesso, porque sempre acho que tudo tem um lado bom, basta a gente cavar nem que seja bancando o arqueólogo. Mas, na verdade, isso também é uma defesa minha, porque eu não gosto das coisas ruins e acho que elas, infelizmente, prevalescem demais, basta assistir a qualquer telejornal…

Estava eu matando o tempo no orkut – um vício terrível, admito – quando uma pessoa começou, mais uma vez, a pegar no meu pé e distorcer uma analogia que fiz. Depois de eu falar de uma maneira seca pra ela ir pegar no pé de outro, ela respondeu que eu postava bobagens. Pela reincidência e porque ela já tinha me falando uns disparates anteriormente, eu respondi que ela postava coisas ordinárias (no sentido de comuns, pobres de conteúdo) e ela resolveu responder: “sua SURDA mal criada”. E exatamente porquê não era a primeira vez que ela apelava pra deficiência como arma, usei o adjetivo ordinário pra definir o naipe das postagens dela.

Na hora, minha reação foi apenas chamá-la de volta à razão “leia direito o que eu escrevi, pra ver se essa reação tem lógica, eu não te chamei de ordinária, disse que você escreve coisas ordinárias”, mas como ela não estava fim de entender, acabou seguindo-se por uma série de “sua surda isso, sua surda aquilo, você é surda mesmo, sua arrogante”. Veja bem, eu jamais omiti essa deficiência que me acompanha há anos e, a priori, não deveria ser uma ofensa. Tenho um amigo que, quando quer me encher o saco, me chama de “surda inútil” e isso só me arranca gargalhadas. Mas, no caso dela, é uma arma que ela usa, na tentativa de me diminuir como pessoa. Como se eu merecesse menos respeito por ser surda.

Ela também disse que eu “induzi” ela a usar isso, pra poder me fazer de coitada. Só que quem evocou isso foi ela. Veja bem, ela pode usar a deficiencia que tenho como arma, mas se eu reclamo, estou me fazendo de vítima. 2 pesos e 2 medidas bem distintas.

Enfim, baixaria sempre incomoda, mesmo quando a gente leva a situação numa boa. E isso acabou me fazendo pensar num monte de coisas.

Pensei se escrever esse blog realmente é uma boa, porque ele me expõe muito e eu acabo meio que virando um exemplo de vida. E ser exemplo de vida tem seu preço. Eu me policio muito mais nas coisas que digo, porque sei que tem quem valorize cada palavra minha. E EU não ganho nada pra fazer isso, não escrevo esse blog pra me sentir bem. Faço, porque acredito que haja quem precise dele, faço de coração aberto e a única compensação que tenho é saber que ajudei outras pessoas. Afinal de contas, quando precisei de ajuda, sempre tive. Não custa nada retribuir.

Várias vezes, o Jairo (do blog Assim Como Você e atualmente, colunista quinzenal do caderno Cotidiano da Folha de São Paulo) me deu puxões de orelha e disse: “Lak, você não pode fazer isso ou falar aquilo, porque você é representante de uma classe e isso gera responsabilidade.” Eu até fiquei braba com ele na hora, mas entendo muito bem o que ele quer dizer. E, nessas horas de babaquice alheia, eu não posso simplesmente partir pra baixaria também, porque fica feio pra minha condição atual. E isso pesa.

Também pensei se meus conselhos estão tão certos quanto eu acho que estão. Porque esse tipo de situação, por mais boba que seja, magoa. E eu sou forte pra caramba, já aguentei uns trancos que nem eu acredito depois, mas não tenho como saber se todo mundo também é tão forte e, a longo prazo, o que eu faço aqui, não estaria, na verdade, ajudando a mandar pessoas inocentes pra arena de leões.
Mas, felizmente, eu tenho anjos à minha volta e uma amiga me lembrou que querer proteger quem a gente gosta (e eu me sinto num compromisso com meus leitores) é uma atitude nobre, mas também caleja. Portanto, eu não estou mandando ninguém pra arena, apenas estou servindo de exemplo pra mostrar que é possivel sobreviver nela. E, bem ou mal, todo mundo tem as suas provações. “Tirar o meu da reta”, a essa altura do campeonato, é que seria uma atitude covarde.

Por fim, comecei a pensar no que realmente tinha me incomodado: a permissividade.

A gente acha que é bobeira, que não faz mal. Foi só um xingamento no meio de uma briga de ânimos exaltados. Mas, é exatamente essa permissividade que vira uma bola de neve. Não me incomodo se uma infeliz me xinga. Aí, ela vai até o shopping e pára em vaga de deficiente. E porque eu não quero arrumar problemas pra mim, faço vista grossa quando vejo um não-deficiente ocupar aquela vaga. Ou, se não faço vista grossa e reclamo, ele ainda acha que está com a razão e parte pra pancadaria (tal qual aquele monstro de Porto Alegre, vocês lembram?). Daí, é o cadeirante que passa em primeiro lugar no concurso e dão a vaga pro segundo colocado, porque acham que ele não tem condições e ele tem que entrar com recursos. É o prefeito da cidade pequena que diz que uma cega não pode cuidar de crianças, mesmo também tendo passado em primeiro lugar num concurso…

É a mania da nossa sociedade de fazer vista grossa pra tudo e achar que bobagenzinhas podem passar despercebidas, porque afinal de contas, é apenas bobagens e não importam. Ou que não somos nós que vamos mudar o mundo.

Importa sim. Baixaria sempre importa. E quem acha justificável usar a deficiência para agredir alguém, também acha justificável parar em vaga exclusiva ou utilizar banheiro adaptado. Acha bonito falar no meio de uma sala de aula que é um absurdo um deficiente ganhar o mesmo salário que outra pessoa sem deficiência, cumprindo exatamente a mesma função, mesmo que a deficiência não impeça a produtividade dele em nada.

Então, me dou conta de que o que eu quero é que eu, você, toda a sociedade, pare e pense se a permissividade excessiva não prejudica a todos nós, de uma maneira ou de outra. Afinal, a mesma mão que apara um tapa, também pode ser usada pra retribuí-lo…

Não, não acho que relevar seja sempre a melhor atitude.

Beijinhos sonoros,

Lak

29 Resultados

  1. SôRamires disse:

    …já tive péssimas experiências desse tipo, gente distorcendo minhas palavras não sei se por ignorância ou por pura maldade. Em muitos casos resolvi me afastar e não insistir por imaginar que a polêmica era desgastante, principalmente se a coisa degenera para baixarias desse tipo.
    Este blog tem ajudado muito gente a entender um pouco mais o que é surdez, a diversidade da surdez, a importância de certos exames para bebês, o que é um implante coclear e por ai vai…fico com esse lado informativo e também seu lado divertido. Mas ao acompanhar alguns blogs vejo que o espaço para debates e troca de informação também é aproveitado por gente que quer aparecer, falar bobagem, ter razão em tudo quanto é assunto. O negócio é deixar certas pessoas sem resposta, caso contrário a gente gasta muita energia numa tarefa inútil e desagradável. Beijos. 😎

    • Avatar photo laklobato disse:

      É, como eu disse, seria covardia minha parar de escrevê-lo. Nem pretendo! Foi apenas auto-análise forçada… hehehe
      Enfim, o jeito é ignorar quando dá e descer o sarrafo quando não dá.
      E rezar pra, um dia, quem sabe, o mundo mudar!
      Beijinhos

  2. zuleid disse:

    Oi! Posso imaginar como você se sente…acredite!
    Esta pessoa só pôde encontrar um “defeito” em você: a surdez! Era a arma que ela dispunha e não teve dúvidas em utilizá-la. Não vou (juro!) pedir que você releve esta imbecil porque não aceito pessoas que se acham no direito de invadir a vida alheia, fazer julgamentos e emitir conceitos baseados apenas em seus pontos de vista míopes!
    Pense em quanta gente se beneficia todos os dias com seus posts, com comentários de seus leitores, com exemplos, com sua maneira respeitosa de tratar os que pensam de maneira diferente. Lembra quando você de forma sútil e elegante me mostrou que eu deveria respeitar a Maíra e não chateá-la pedindo que ela fizesse o IC? Eu entendi e acredito que a Maíra ficou aliviada (desculpe viu Maíra!)
    Ah Lak…não fique triste com alguém assim tão incapaz de entender! Veja que nem capacidade gramatical para fazer uma análise morfológica de uma sentença ela tem…
    Lak, um dia ouvi de uma amiga, brilhante psiquiatra, uma frase que bateu forte na minha indignação:
    “Não discuta com ignorantes porque quem está de fora não saberá quem começou a discussão”.
    No mais, continue nos fazendo dia-a-dia mais entendidos e um pouquinho mais inseridos na realidade dos deficientes auditivos em todos os níveis! Eu só tenho a agradecer!
    Beijos!!!

    • Avatar photo laklobato disse:

      Eu te entendo muito bem, porque por mim, cobrava todos os meus amigos e conhecidos surdos de fazerem o IC. Sei por experiência que vale cada eletrodo hihihi
      Mas, o sucesso dele depende demais da pessoa querer fazer. E se ela não quer, a gente tem que respeitar, porque é uma escolha válida. O importante é a pessoa conviver bem com essa escolha. Não existe uma única maneira de ser feliz…
      E eu conhecia uma frase desse tipo, mas era mais agressiva “não discuta com imbecis, eles te rebaixam ao nivel deles e te ganham por experiência” hahaha
      Mas, fica tranquila que o DNO não tem data de validade à vista. Foi apenas um instante de reflexão.
      Beijão e obrigada pela força!

  3. alex martins disse:

    Lak, como havia dito anteriormente, o texto em si fala de coisas bem mais amplas do que do preconceito ao deficiente. Mudando o tipo de agressão ele se encaixa perfeitamente a negros, homossexuais, torcedores do ibis, vendedores de bilhete da loteria, motoristas de táxi, ciclistas, carregadores de cerveja ou a qualquer grupo que a gente conseguir imaginar.

    É isso pra mim que torna o texto (e seu blog, por tabela) válidos. Se alguém se sente incomodado deve berrar e o motivo do incômodo deve socialmente ser posto em discussão, algumas vezes o incômodo será visto como justo em outras não, mas é preciso que a pessoa tenha a chance de mostrar que algo não foi legal pra ela. Ninguém vai satisfazer as vontades todas do outro por pertencer a determinado grupo, mas todo grupo tem o direito de se fazer ouvir.

    E é essa via de mão dupla que eu defendo e que eu vejo no seu blog (e nesse texto), só vamos encontrar os limites da tal permissividade se todos mostrarem seus calos e todo mundo tiver coragem de discutir e assumir até onde o seu calo será pisado.

    belo texto

    • Avatar photo laklobato disse:

      Verdade, eu contei de um caso específico, mas qualquer um pode se colocar no lugar, todo mundo ja sofreu algum tipo de discriminação incômoda…
      E fazer vista grossa nem sempre é a melhor saída. Bom, pelo menos, eu acho…
      Beijos

  4. Eliane Lobato disse:

    😉 Olha infelizmente algumas pessoas perderam a noção do limite,
    sim pq limite se faz necessário. Limite nada mais é doque uma distância
    saudável uma vez que evita situações desagradáveis.
    Agora nesse caso aqui, faltou informação sobre o verdadeiro significado da palavra ou seja ordinário=comum…mas o pior faltou educação , que é um problema da época não justificando só constatando.
    Mas, faz parte da vida esbarrarmos com pessoas desse porte.
    Sabe na magia se diz que quando o propósito é forte em algum momento
    alguma coisa acontece pra ver se vc desiste.Mas imagine vc é mais doque isso, claro entendo que vc se chateou, chateia mesmo, quando a pessoa não tem mais argumento então parte pra baixaria.
    Porém esse seu trabalho de divulgadora do IC, que vc faz com carinho,
    o aspecto informativo desse blog é referência de excelente qualidade e, não será uma pessoa mal informada e sem noção de limite que irá interromper lhe desanimando.
    Não esquecendo que vc é um “ser humano”muito amado!!!!
    beijinhos sabor framboesa 😉

  5. Bárbara disse:

    Não se abata com pessoas de baixo nível, não vale a pena! São elas que fazem a sociedade doente! Pessoas ignorantes, burras e sem caráter!
    E pode ter certeza de que está ajudando as pessoas portadoras de deficiência, elevando a auto-estima delas! Fiquei muito feliz em encontrar seu blog e saber que não sou a única na mesma situação!
    Vamos lutar!

    • Avatar photo laklobato disse:

      Vamos sim!! Alias, por isso trouxe o assunto a debate. Sei que não é só comigo que acontece de tudo… Portanto, é sempre bom conversar a respeito. Vários amigos me contaram do MSN de situações similares. E, infelizmente, é uma tendencia a gente relevar pra não se aborrecer. Mas talvez, isso seja um erro nosso. Deveriamos lutar mais!
      Beijos

  6. Marcia Martinho disse:

    É amiga, estamos vivendo a mais absoluta falta de limites, porque estamos vivendo uma falta de valores total. Ninguem mais tem vergonha de não ter vergonha! kkkkkk É isto mesmo! As pessoas, hoje em dia não ficam mais vermelhas de vergonha porque fizeram algo errado, porque disseram uma besteira, ou pior, porque ofenderam alguem. E eu fico me perguntando onde é que está aquele sentimento tão normal, de antigamente, que, quando nos sentiamos, algum modo, inapropriados, nos fazia corar?
    Será que a fisiologia humana mudou tanto? Ou será apenas falta de vergonha. Bom, o que eu sei é que as vezes eu fico com vergonha, pela falta de vergonha dos outros. È mole? kkkkk
    Meus parebens pelo excelente texto e pela reflexão. 😳

    • Avatar photo laklobato disse:

      pois é… não faz tanto tempo assim que as pessoas tinham um mínimo de decência.
      Ou, talvez, as pessoas fossem falsas e hoje, não se dêem mais ao trabalho.
      Daí, a tolerância zero é a melhor saída. Péssima, mas é.
      Beijinhos
      p.s. viu que o sapinho ainda fica corado? haha

  7. inês disse:

    Eu acho que não dá para calar sempre, não! assim como também nem sempre vale a pena entrar na guerra! Acho que o tempo, a experiência…e a idade nos ajudam a perceber melhor quais são as guerras que vale a pena comprar ou não, quando é que é a hora certa de falar ou quando mais vale ignorar algo, porque por vezes isso é aquilo que o outro que te atacou não espera e não quer.
    Segue o teu caminho, fala se achares que deves, mas não desperdices energias à toa e com gente que realmente não entende.
    E continuemos a nos encontrar aqui, na tua casa, nesta nossa casa!1
    beijinhos,
    Inês 🙂

    • Avatar photo laklobato disse:

      Pois é, Inês, mas esse tipo de comportamento tb abre prescendente a um monte de outras coisas bem piores. Talvez, o melhor seja sempre comprar briga por bobagem e cortar todo mal pela raiz.
      Não sei, só estou questionando…
      Beijos

  8. Rosi disse:

    Olá
    Sou novata por aqui.tenho um lindo gatinho de 06 anos c deficiencia auditiva.Entendo q temos entender,perdoar,etc,etc,etc.Mas tem gente q apela mesmo.E acho sim,que estas pessoas desorientadas precisam se situar.Deficiencia auditiva tem soluçao.A ignorancia nao.Apropósito,gostaria de encontrar em contato c a nita(mae do Henrique)pois tenho um filho em igual situaçao ao dela.Fiquei muito emocionada e feliz c seu relato sobre a cirurgia do filho.Sucesso p eles e todos nós
    Bj
    Rosi

    • Avatar photo laklobato disse:

      Eu tenho contato com a Nita via orkut e vou avisar do seu recado. Mas tenho quase certeza de que o aparelho que o Henrique usa ainda não foi aprovado pela Anvisa, infelizmente. Torcendo pra que seja logo, porque muita gente precisa dele, né?
      Beijos

  9. Juliana disse:

    Lak, seu texto me comoveu, e vemos q o é comum ao nosso redor, as pessoas acharem q somos inferiores por ter uma deficiencia. Quando comecei a trabalhar no 2º emprego, o gerente da Unidade me deu a oportunidade e depositou confiança em mim, ao passo q uma outra pessoa q era formada em “psicologia” não concordou, foram 10 meses de sofrimento, me chamava de surda e sempre dizendo q não ia dar conta de nada, fui superando e continuei firme, confesso q muitas vezes eu quis pedir demissão, no fim ela foi demitida, atualmente tenho ganhado cada vez mais tarefas q requerem responsabilidades. Pude mostrar meu potencial, e q sendo deficiente não me impediu de nada.

    Continue com o seu blog, ele é muito importante!!! Afinal foi vc q me deu confiança p fazer o IC, pois tenho acompanhado de perto e vendo cada vitória conquistada.
    Beijinhos!!!! 😀

    • Avatar photo laklobato disse:

      Hehehe quando se trata de trabalho, muitas vezes, a melhor saída é simplesmente fazer bem o nosso trabalho e mostrar que ninguém precisa da audição pra certas tarefas (afinal, vc não era telefonista, era?). Essa necessidade de menosprezar o outro só porque ele tem uma deficiência, é a maior prova de falta de carater e esse tipo de gente que deveria ser julgado, não a pessoa que tem a deficiência.
      Enfim, feliz demais de vc ter feito o IC e ansiosa junto com vc, pelo dia da ativação!!
      Beijos

  10. Nita disse:

    Olá Rosi!
    Estou a disposição para conversar,responder perguntas.Enfim,o que vc quiser saber.Meu email é nitamelo@superig.com.br ou meu msn nitadircksen@hotmail.com

  11. Rosi disse:

    meninas
    obrigada!peguei os endereços da nita.Amanha entrarei em contato c ele.(agora vou dar banho,comida,ajudar na tarefa da escola e,depois por p dormir)…ufa!Mas tenho certeza q todas sentimos,ou sentiremos falta disso…passa tao rapido!Obrigada mesmo
    bj
    até breve

  12. zuleid disse:

    Tá vendo Lak! Só hoje nestes comentários, quantas pessoas agradecendo sua ajuda, suas dicas, enfim, agradecendo a existência do Blog.
    Viu a importância do Blog e de você continuar a divulgar opiniões diferentes de uma forma tão legal?! Esta casa já é nossa!
    Sei que você sabe de tudo isso, é só prá reforçar sua importância!!!
    P.S. Agora só prá relaxar: você consegue fazer leitura labial dos jogadores durante o jogo?? rsrsrsrs

    • Avatar photo laklobato disse:

      hahaha de algumas coisas, sim… Outras não. E o Robinho sempre dá uma enrolada quando fala, pra não conseguirem ler. Dá pra perceber que é proposital.
      Ei, tem post de hoje, viu?
      Beijos

  13. Rogerio disse:

    O DNO já é referência em sua proposta de esclarecer, enternecer e ajudar as pessoas. Dra. Zuleid foi muito feliz ao lembrar a ponte estabelecida entre a Rosi e a Nita. Você deve ter a consciência que só neste post já contribuiu para no mínimo uma troca de informações e impressões. Faz parte da convivência concordar ou não, discutir pontos de vista conflitantes e valores divergentes, mas partir para a baixaria joga por terra qualquer possibilidade de diálogo saudável. Acho que tem limites para relevar e, no caso da discussão, eu não relevaria. Por um motivo muito simples: a agressão foi baixa, e o preconceito ficou escancarado na tentativa de colocar uma pessoa portadora de deficiência num suposto rol de cidadãos de segunda categoria. Nem pense em se deixar abater por uma opinião isolada e sem qualquer fundamento inteligente. Essa pessoa precisa de um IC (Implante Cerebral) urgente.
    Tem notícia nova no cafofo. Beijão.

    • Avatar photo laklobato disse:

      Implante cerebral existe, sabia? MAs é Implante de Tronco Encefálico, que ligam os eletrodos direto no nervo auditivo, pra quem não tem mais a coclea ou o problema é além dela. Ligam apenas 5 eletrodos e só tem cerca de 500 usuários no mundo todo, por ser uma cirurgia arriscadissima.
      Tô indo lá no cafofo. Beijos

  14. Thati Rodrigues disse:

    Eu concordo que o direito de resposta é livre. Quem fala o que quer, pode acabar escutando o que não deseja, né? Dessa permissividade vem o abuso de poder e, enfim, os parâmetros “secretos” para diligenciar o lugar de cada pessoa na sociedade. Mas, na verdade, ninguém instituiu isso. Na minha opinião, modesta, merece nosso repúdio essa intenção de classificar pessoas em deficiêntes ou não deficientes. No Brasil precisamos entender que “ser deficiente” não é ser incompetente. O resto do mundo, quase em peso, já sabe disso. Por fim nos resta defender nosso quinhão, … com mais garra, talvez. Bjos

    • Avatar photo laklobato disse:

      O direito de resposta é livre… O problema é a necessidade de sempre diminuir a pessoa com deficiência em prol disso. E ai, acabar aumentando isso pra cada vez menos respeito…
      Tudo bem, a pessoa que me xingou, poderia ter um problema pessoal comigo e respeitar os deficientes de outras formas.
      Mas, quantas vezes isso tb não é um aviso da total falta de respeito? Ja vi muita gente falar que “se a pessoa pode ir ate o shopping, pode parar em vaga normal”. E não é assim, a faixa lateral é uma necessidade, entende?
      Portanto, sou a favor de cortar o mal pela raiz. Sempre.
      Beijos

  15. Nita disse:

    Olha Lak se eu for contar todas as vezes que meu filho foi discriminado com certeza eu ñ teria tanto espaço aqui.
    Mas vou contar um fato que aconteceu com ele se ñ me engano na setima série.
    Uma professora de Línguas,sem nenhuma didática,só porque morou nos EUA começou dar aula no colégio do Henrique.Certo dia ele deixou cair o penal no chão e ela em Ingles,pediu p ele ñ pegar,deixar no chão.Ele ñ ouviu e pegou.Ela deu um murro na mesa que ela se quebrou todinha e mandou ele para diretoria.Ficou a tarde toda chorando lá e proibiram ele de me contar.
    Certo dia dei carona para um amiguinho dele e então fiquei sabendo.Fiquei furiosa,fui até lá e mandei chamar a professora,porém antes de me atender ela entrou na sala ao lado e falou com a diretora da escola.ñ du para entender o que elas falaram,mas ela negou discaradamente.perguntei aos outros colegas e todos contaram a mesma história.No outro dia a diretora disse alguma coisa na sala e falou p ele assim:agora vai correndo contar p mamãe.Depois disso fui tratando de tirar ele e mandar para uma cidade maior,longe daqui,onde ele está até hoje.
    Tenho um filho 1 e 7 meses mais novo que ele e quando vinha convite para aniversário,era só para o mais novo então ñ ia nenhum.
    Até hoje têm discriminação,mas agora pelo menos ele sabe se defender.
    Ñ ligue para pessoas assim,com certeza absoluta elas são infelizes,mesm que ñ saibam.
    Bjs

    Nita

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