Rumo à ditadura?
Evito o máximo que posso falar sobre Libras aqui no DNO simplesmente porque não faz parte da minha realidade e chega uma hora que cansa de ficar dando respostas diplomáticas “não tenho nada contra”, porque muita gente entende isso como psicologia reversa e acha que tenho algo contra sim.
Sinceramente? Acho um porre deficiência auditiva ser confundida com Libras e me ver obrigada a abordar esse tema toda hora. Como reclamei no meu post de quarta passada, quero liberdade pra falar de surdez sem ter que entrar no assunto “língua de sinais” porque existe um grupo que não a utiliza e que precisa ser divulgado também.
Mas, vez em quando, aparece umas situações que fica praticamente impossível não entrar nesse assunto. Semana passada, fiquei sabendo que existe um projeto de lei para exigir toda a educação básica de deficientes deficientes auditivos de qualquer nível ser obrigatoriamente ser feita em Libras. O autor desse projeto é senador Cristovam Buarque. Quem acha que é exagero meu, dá uma lida nessa matéria do Correio do Brasil: Comunicação por Libras poderá ser obrigatória para alunos deficientes auditivos da educação básica.
Veja bem, uma coisa é a escola especial com educação bilíngue estar à disposição de quem acredita que esse é o melhor caminho para as crianças com deficiência auditiva. Outra, bem diferente, é exigir que esse seja a única opção de educação disponível.
É certo exigir que um deficiente auditivo de grau moderado, com boa compreensão da fala com apoio de aparelho seja forçado a estudar obrigatoriamente através da Libras? Ou uma criança implantada antes dos 2 anos, com 90% de chance de ter audição similar a de ouvintes, que nem mesmo utiliza a leitura labial, ser forçada a isso? E uma criança que perdeu a audição depois da aquisição da fala e se vira perfeitamente por leitura labial? Ou simplesmente negar à familia o direito de escolher qual tipo de educação prefere para a criança, num país onde se respeita escolha de credo, religião, alimentação, time de futebol e várias outras coisas? Onde está o respeito por aqueles que optam não ter Libras como Língua 1 ou simplesmente não querem aprender?
Que a Libras deve ser oferecida como opção, não dou palpite. Mas oferecer é bem diferente de impor e negar qualquer alternativa. Direito e dever são coisas bem diferentes.
Eu concordo com a lei da Libras, que deve ser uma forma de comunicação das comunidades surdas reconhecida pro lei. Concordo com acessibilidade através dela. Concordo que haja intérpretes de Libras em tudo que é lugar e cursos de Libras a disposição da população que se interesse de aprender. Mas discordo piamente que ela é uma obrigação de todo deficiente auditivo e que tem que ser a primeira e principal língua utilizada por todo e qualquer deficiente auditivo de qualquer grau. Isso é uma escolha de foro íntimo, de núcleo familiar. E não pode ser o governo ou a cultura surda a decidir. Os pais devem ter autonomia do que consideram melhor para seus filhos. Assim como a própria criança ensurdecida depois da aquisição da fala, deve ter o direito garantido de manter o português como primeiro (ou único idioma). Esse projeto de lei fere o direito de escolha individual!!
Da mesma forma que pedem respeito pela Libras, é preciso que respeitem também a opção de quem prefere português como primeiro idioma. E/ou quem tem afinidade com aparelhos e implantes auditivos. E/ou quem perde a audição e quer manter o idioma que sempre falou. O respeito deve ser sempre em via de mão dupla, nunca exigido apenas de um dos lados!
E o pior, enquanto debatemos isso, vem nego dizer que não podemos ser exemplo de nada, porque nem todas as crianças surdas tem a mesma condição que nós. Acho um desaforo essa mania de alguns de nivelar tudo por baixo. Quer dizer que se os pais tem condição de pagar fono, dar aparelho ao filho, todo o suporte de apoio para que ele esteja numa escola inclusiva que corresponda às necessidades dele a ponto da lingua portuguesa ser tida como primeiro idioma da criança, ela não tem o direito de optar por isso, só porque tem crianças que não tem o mesmo acesso?
Será mesmo que essas pessoas que exigem essa conivência da nossa parte com uma lei que prega a DITADURA da Libras, que nega o direito de escolha educacional à família, deixa de comer comida de boa qualidade ou comprar coisas de boa qualidade, só porque a maior parte dos brasileiros não tem acesso ao mesmo?
Fácil exigir que o outro seja humilde e comportado, assistindo de longe. Pimenta nos olhos dos outros é refresco, não é mesmo?
Em tempo, eu respeito a lingua de sinais sim, embora prefira não debater o assunto. Mas, jamais vou respeitar DITADURAS! Não se nega ao cidadão o direito de escolha, principalmente em casos como esse!
Beijinhos sonoros,
Lak
pqp!!!!depois de passar ontem e hoje trabalhando e pesquisando inclusão para surdos para explicar coisinhas básicas a jornalistas desinformados, pensei que ia descansar e agora esse outro ataque, sim é ataque, agressão aos nossos direitos.
Vou ver a redação desse projeto e reclamar diretamen te ao senador que deve estar mal assessorado. 😡 😡 😡
Deve é estar sendo assessorado por oficiais da Gestappo, se é que você me entende! (com perdão da Lei de Godwin, que não teve escapatoria aqui) Beijos
Lak, acho que vale a pena entrar em contato com o Senador. Ele é receptivo e bem intencionado. Você estará prestando um serviço de utilidade pública. Que acha? 🙂
Certamente faremos isso!
Poutz… Que desserviço à sociedade… Esses dias mesmo estávamos conversando sobre a viabilidade de LIBRAS como único idioma de um surdo/deficiente auditivo. No meu colegial, estudei junto com um menino surdo, mas que não usava absolutamente nada (nem implante e nem AASI) e também não era plenamente oralizado (lia lábios, mas não falava). No caso dele, nada foi feito porque os pais não quiseram, mas aí, foi uma escolha deles. No meu caso, minha mãe fez a escolha consciente e informada de me colocar em uma escola regular (sendo que durante o primeiro ano, nem AASI eu usava) e, se EU não me adaptasse, aí sim ela me colocaria em uma escola LIBRAS.
Essa mania de achar que surdo/ deficiente auditivo =LIBRAS é de lascar… Já fui abordada em LIBRAS um par de vezes na rua, e a pessoa se choca em ver que sei português, e muito bem!
Alguém tem o contato do Cristovam Buarque?
Pois é… eu não sou contra LIBRAS mas discordo que ela seja uma obrigação e que deve ser primeiro idioma de todo e qq deficiente auditivo.
Mas sabe como é, de boas intenções o inferno está cheio…
Beijos
O que vc esta propondo é que apenas se exerça a “Democracia”, não é por isso que se esta lutando num sentido geral?
Cada um tem o direito de optar pelo que for mais adequado pra si mesmo, ou seu familiar. Bom poder optar… não é uma luta fácil mas tb não é vã e, esta em harmonia direta com a situação do País que mais do que nunca quer se firmar democrata, pelo menos o discurso é esse!
beijos 😳
Exatamente… se é democracia, a familia e/ou o próprio deficiente auditivo tem direito de optar pelo que preferir.
Beijos
OLA!
Trabalho como interprete de LIBRAS a 7 anos. Notei hoje ao ler seu post que era cego, ate então. Não pelo fato de concordar que a LIBRAS seja o único meio de comunicação das comunidades surdas, mas pelo fato de nunca ter me atido ao fato de existirem comunidades não adeptas (por varias questões) à LIBRAS.
Fiquei instigado com o blog e li vários posts…PARABÉNS.
Me conquistou e passo a defender a causa, tb.
AMO LIBRAS, mas sobre tudo, AMO OS SURDOS, sinalizadores, oralizados, os que não são nada disto (em SP, chama-se vulgarmente de “lobos” e no sertão do Ceará, onde hj vivo e trabalho como interprete de “moco”, termo q acho pejorativo).
Lak, vc fidelizou um leitor. passarei vossa mensagem adiante.
abraço.
Rafael, eu defendo a escolha individual sempre. E saiba, mesmo não falando LIBRAS eu respeito e muito o trabalho dos intépretes. Mesmo os surdos oralizados precisam de intérprete também, ainda que seja feita de forma oral (alguns chamam de interpretes oralistas, mas não sei se é o nome oficial). Portanto, admiro muito seu trabalho e fico feliz de tê-lo como leitor do blog! Beijocas.
PQP!!!
Agora comprei a briga!
Daqui a pouco leio com mais calma o texto do Sr. senador, e vou sim brigar, pois para minha mãe jamais passou pela cabeça dela me colocar em uma escola especial, quanto mais me obrigar a ser educada por LIBRAS, (depois não sabem por que tenho raiva disso, é admito e assino embaixo sem me envergonhar).
Digo com todas as letras a primeira língua de uma criança é sim aquela do país em que nasceu, no nosso caso, Português!
Esse papo de lingua de sinais ser natural ao surdo, é papo de “especialistas” ouvintes!
Saco isso!
E desculpe Lak, mas essa informação de todas foi a que me tirou do sério!
Beijos e bora brigar!
Deni
Pior é que tem muito surdo que acredita piamente nisso. Enfim, eles tem o direito de acreditar no que quiserem, mas não de impor esse pensamento. Até onde sei, vivemos numa democracia! Beijos
Realmente, a coisa está ficando cada vez pior e está mais do que na hora de formarmos a nossa ONG voltada para os interesses dos surdos oralizados – precisamos ser notados e respeitados como cidadãos que optamos pelo português como primeira língua e não fomos impostos de forma obrigatória ao ensino da LIBRAS.
Como você mesmo disse, de boas intenções o inferno está cheio e certamente o Senador Cristovam Buarque está mal assessorado. Como podemos fazer uma espécie de uma carta a ele pedindo uma sessão pessoal com ele? Temos que fazer algo. Nada contra essa lei, mas ela deve ser revisada e alguns pontos devem ser mudados. Ditadura jamais!
Saudações oralizadas 😈
Acho que devemos tentar!! Beijos
Vendo o comentário do Rafael Ferreira, vejo que realmente necessitamos de uma ONG representando os surdos oralizados. O cara trabalha como intérprete e não se deu conta que há uma grande parcela de surdos oralizados que não sabem língua de sinais por espontânea vontade.
Olá
Concordo que o LIBRAS deve ser opção ou último recurso para quem assim decidir e não imposição, interessante que quem propõem isto não tem conhecimento da realidade, não convive e nem interage com estas pessoas, de que adianta eu saber se a outra pessoa não faz a menor ideia do que estou tentando dizer. Patético.
Há pouco tempo vi duas gurias interagindo através de LIBRAS, fiquei admirando a maneira como se comunicavam e notei que ambas não usavam quaisquer aparelhos, como estava no Uruguai, fiquei pensando se duas pessoas, uma brasileira e outra uruguaia, cada uma com o seu idioma poderiam se expressar através de LIBRAS e se entenderem, seria possível?
Não sei se a dificuldade seria a mesma de uma pessoa normal com um deficiente.
Para contato com o senador os endereços são:
cristovam@senador. gov.br
http://www.cristovam.org.br/portal2/
Boa sorte.
as linguas de sinais tem similaridades, mas são idiomas distintos e regionais. Não sei o grau de dificuldade que haveria na conversa… Mas enfim…
Não vejo a LIBRAS como um ULTIMO recurso. Pode ser primeiro, segundo ou vigézimo oitavo. O que vejo é que tem que ser uma escolha familiar ou do próprio surdo. Jamais uma imposição! Beijos
Aiiiiiiiiiii… Pena q aqui não é o face e não tem o botão de curtir porque eu queria curtir mil vezes este post… Vc quase fez telepatia comigo aqui, Lak… Transmitiu com fidelidade exatamente aquilo q eu penso sobre a questão… O fato não é ensinar libras na escola pra quem quiser… Mas é impor libras na educação de todo e qualquer surdo… Isto pra mim é uma agressão, uma violência… Me enquadro no perfil q vc descreveu… Surda bilateral, moderada a severa, congênita… Mas sempre usei aparelho e fiz boa leitura… Sempre tive uma dicção aceitável, sempre estudei em escola regular, sempre fui boa aluna, nunca fiz uma recuperação e SEMPRE fui a melhor aluna da sala em português… Fui o primeiro dez em toda a vida acadêmica da minha professora de português especialíssma, a quem eu devo tudo que sei nesta seara, que me acompanhou da sétima ao 3o ano… E minha maior frustração foi justamente nunca ter fechado uma média 10 em português… Sempre tinha média acima de 9, mas nunca fechei média 10… Eu era tão atrevida em português q certa vez minha professora me deu um 7 em redação… Mas não tinha um risco, uma correção de concordância verbal, nominal, pontuação, vocabulário chulo… Nadica… Ela simplesmente não corrigiu nada, mas me deu 7, com finalidade pedagógica… Qdo me indignei e fui questionar, ela me disse q não tinha nada errado na minha redação, mas estava pobre pra mim… Q se tivesse sido a minha colega ouvinte q tinha dificuldades em redação, ela teria dado 10… Mas pra mim ela deu 7 pq eu já tinha escrito melhores… E quem é q vem me dizer q eu preciso de babá pra apertar a tecla SAP do mundo pra mim???? Affffffffffff!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Que indignação!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Hahahaha ri da tecla SAP!
Beijos
Cristóvão Buarque é um cara bem intencionado, mas não raro demonstra que, calado, é um poeta.
Às vezes aparece com projetos inexequíveis e frutos de um delírio assustador.
Parece que é o caso.
Um beijo.
hahahaha pois é… falta um pouco de bom senso pra lembrar que somos uma democracia.
Beijos
massacrei o senador c.buarque pelo twitter, indiquei este blog e o blog sulp e também mandei link do Manifesto Sulp. O senador prometeu se informar e ler nossos blogs e o Manifesto Sulp. Expliquei que como não somos ONG nem temos associações e grupos de pressão nossos instrumentos de comunicação são os Blogs. Se ele ler o Manifesto lá tem um bom resumo do que necessitamos. 🙂 😀 🙂 😀 🙂 😀
Sensacional. Você não dorme mesmo no ponto!! Beijos
Ei, Lak… adorei este post! Vc falou tudo… a Libras deve ser sempre uma opção e não obrigação! Quanto mais opções, melhor, e quanto mais obrigações, mais se fecha o leque de possibilidades, e isso vale para tudo e não só para Libras.
Quem quiser aprender Libras, como eu, que o faça. Quem não quiser, que não o faça, simples assim. Afinal, se ninguém me obriga a aprender japonês, mandarim, inglês, espanhol ou qualquer idioma que seja, porque um surdo oralizado seria obrigado a aprender Libras? Não concordo, e concordo ainda menos com essa ditadura da Libras. Acho que vc escolheu bem a palavra, ditadura, porque, às vezes, mesmo que eu saiba e goste muito de Libras, fico horrorizada com o radicalismo de alguns sectários desta língua, que soam quase como os americanos tentando impor o inglês ao resto do mundo.
E olha, não é por nada, mas a língua portuguesa é a mais linda do mundo… 😀
Abraços!
Hahahahahaha compartilho sua paixão pelo português tb, não apenas a indignação por uma ditadura doente! Beijos
Puxa! Que falta de informação! Eu diria informação deturpada e direcionada por interesses…
Gostei das tuas palavras: “volta à ditadura”, “Nivelar todos por baixo”… É esta a impressão que tenho sobre o rumo atual do Brasil…
Tenho a sensação de que este governo entende que “governar para as massas” significa nivelar todos por baixo. É o que tem acontecido com a educação, com a saúde…
Sim, não só quanto a esse tema, né? Muita coisa coisa está sendo nivelada por baixo! Beijos
Estranho…foi o próprio senador Cristovam Buarque que solicitou uma análise ao consultor legislativo Denis Murahovschi, em 2010, sobre a pertinência da elaboração de um projeto de lei a respeito do FM, para que todas as crianças com deficiência auditiva sejam contempladas com o sistema! E agora, vem com essa da LIBRAS ser obrigatória??
Os assessores dele estão pisando na bola, rs.
Aparentemente….
Beijos
E tem gente que ainda confunde escola com clínica. Educação bilíngue se faz na escola. Oralização e reabilitação se faz na clínica. As oportunidades devem estar em espaços distintos – na área educacional e na da saúde. Havendo opções, cabe à pessoa ou aos pais fazer as escolhas. A ditadura é dos oralistas.
Regina
Não, não é. Afinal, não tem nenhuma lei ai que diga que exija que todo surdo deve ser oralizado ou implantado.
Gente, então foi por isso que já esta tendo passeata aqui em BH, por escola com educação bilíngue.Mães com faixas. Uma frase me chamou a
atenção:O futuro do meu filho eu decido.
Aqui já estão no panelaço já, contra essa proposta de lei ai.
Deixo o link: http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/09/manifestantes-protestam-em-favor-da-escola-bilingue-para-surdos-em-bh.html
Se na educação do filho decide ela, então que valha para aquelas que não optarem pela educação bilingue. Liberdade valendo para todos!
Olá, Lobato.
Estou vendo seu blog, cara… Eu entendo agora 😀
O Surdo foi na loja, resistante etc… e falo em LIBRAS de eles descobrim é assunto então falo de LIBRAS: “Posso ajudo-lá?”, saber?
Nas lojas alguém visitam sobre Ingles, Alemão, japão varia região para comunicar de linguagem coisa. Por que povo Ouvinte e povo Surdo. É mais força lingua proprio a cada.
Se nem LIBRAS, onde surdo levar só uso IC? Vocês têm mãos com direita mas sem problema é proprio lìngua para biligue. Talves vocês não tem seus mãos se movimento como tem lingua de sinal para surdo por exemplo…
Meu sonho o que futuro o melhor proprio valor linguar de sinal, cara…
Povo Ouvinte mais futuro SIM e Povo Surdo mais futuro SIM.
Se nem lingua de sinal e só IC mais futuro ou não!? Mas eu acho que acreditar um pior uso IC.
Então eu tinha o texto aqui deixe que vocês. Veja aqui:
“Quem nasceu surdo não faz preciso faz cirurgia, por que o Surdo é próprio língua de sinal.
Quem nasceu Ouvir depois mais ano até o que acontecer perder ouvir como ficar surda, quem quer voltar ser ouvir e faz cirurgia ou não quer faz que eu possa ser aprender como língua de sinal”
Então criança não pode ser faz cirurgia por que já nasceu brasileiro e lingua de portugues e já nasceu Surdo e lingua de sinal por exemplo.
Eu não ter pensar “surdez e oralmento” só impotar em LIBRAS. Sou Surdo e LIBRAS e escrever port e ingles. Por que eu posso ser todo bilingue sobre LIBRAS e ASL alguem veio quem é. haha (riso).
Outro uma coisa vou dizer com você, eu gosto conversar de você vez pergunto, tá?
O que você tem futuro ser filho se ficar surdo e pode ser colocar em IC, de novo? Por que seu filho tem mãos, cara. Se só falo de oral isso? Mais tem biligue talves seu filho ter vontade o que quer?
Alex Kinn, Catuipe RS. Um prazer é grande 😳 Beijo
Alex, se meu filho fosse surdo, ele faria IC e seria oralizado, exatamente como eu. Afinal, eu tb tenho o direito de passar aquilo que EU acredito pro meu filho, não é mesmo?
Defender a LIBRAS é um direito de vocês. Impô-la, não! Cada um trilha o caminho que achar melhor. Pra mim, funciona a oralização e o IC. Abraços.
Olá, laklobato e outros palpiteiros aqui. A todos o meu carinho.
Toda discussão é mais do que saudável e necessária. Que bom vcs surdos ditos “oralizados” que peferem português como sua 1ª língua (isso é um direito, claro) estejam promovendo essa discusão, aqui ou em outros ambiente. Houve um tempo em que não se via nenhum pronunciamento de pessoas surdas, repito “ditas oralizadas”. Acompanho as discussões na área há muitos anos. Só meu filho que é surdo como vcs tem 40 anos. Sempre senti falta da “voz” de vcs. Talvez o fato do surgimento das redes sociais tenham facilitado essa expressão no ambiente virtual. Mas, me parece que está chegando a hora de sair desse falar virtual e passar para ações concretas. Será que não está na hora de um encontro entre vcs e a comunidade surda que defende a LIBRAS como 1ª língua para as crianças surdas? Há equívocos, mal entendidos, preconceitos, personalismos de todos os lados. Isso, faz parte de nossa natureza humana, infelizmente ou não. Mas, também, faz parte da nossa natureza o entendimento, o espírito colaborativo, a solidariedade. Portanto, não está na hora de abaixarmos “as armas” e utilizarmos desses nossos valores humanos para informar, assessorar, organizar, construir propostas em benefício do que defendemos por direito e de forma democrática? 😉
Se alguém acha que isso é uma guerra e está armando, certamente não somos nós.
Abraços
O texto do Alex lembra aquelas traduções literais, feitas por programas como o Google ou Babylon. Ele é estrangeiro? Confesso que pouco entendi.
Ele escreveu na sintaxe da LIBRAS.
Beijos
Rogério e Lak,
O Alex não escreveu em Libras, não… Ele fez uma mistura de Libras com português. Se fosse só em Libras, teria dado pra entender bem melhor.
Alex, vc tem interesse em aprender português? Se vc tiver, eu sou surda bilíngue, formada em Letras, e poderia te ensinar.
Abraços.
Ah é? Tá explicado.
Beijos
Puxa, eu tinha um certo interesse que meu filho de 8 anos que é surdo bilateral e está orializado, aprendesse também LIBRAS. Mas, não imaginava que quem adotava a LIBRAS como primeira língua, simplesmente, desconhecesse ou desaprendesse a se comunicar através da língua portuguesa. Como mãe, confesso que me assustei ao perceber a imensa dificuldade do Alex em se fazer entender através da comunicação escrita. Como disse o Rogério, é como um estrangeiro se comunicando, mas em seu próprio país.
Leida, seu filho não chegaria nesse ponto, porque ele já tem o português como base linguística. Veja o comentário da Marcela Jahjah, ela também é bilingue e escreve português perfeitamente.
Beijos
Lak, quanto ao comentário da Leida, eu só acrescentaria que, no caso do filho dela, ele não desaprenderia… Mas pensa no Dieguinho do Fabiano, por exemplo????? O menino implantou bilateral e tá falando pelos cotovelos, equiparado a um ouvinte… Aí, daqui um ano, entra na escola… Só que ele ainda está em fase de aquisição de linguagem… Ele ainda não tem um vocabulário rebuscado…. E sobretudo, ele ainda não foi alfabetizado… Aí é q entra a questão… Os sinais são muito mais fáceis, a sintaxe da LIBRAS é muito mais simplificada do que a do Português… Então, uma criança pequena não tem discernimento pra entender que aquilo hoje é mais fácil pra ele agora, mas será mais complicado daqui a uns anos, se ele não aprende a falar e a escrever fluentemente no Português… E se não tiver um investimento MUITO grande dos pais e na fonoterapia, a criança corre o risco de não se oralizar devidamente e ainda ficar como o Alex, sem ser fluente na escrita, nem em Português e nem em Libras… Se os pais quiserem que a criança aprenda LIBRAS, acho justo, coerente, adequado… Mas se os pais NÃO QUEREM, acho uma agressão aos direitos humanos, à democracia e às liberdades individuais, impor a uma criança esta limitação que eu descrevi acima, sem dar à família o direito de optar unicamente pelo oralismo, se esta for a sua escolha… Então em nenhum momento eu falo contra o ensino de LIBRAS na escola, pra quem quer… E em nenhum momento eu defenderia que não se tenha na rede de ensino toda a estrutura necessária e compatível a receber com a devida acessibilidade os alunos surdos que optaram pela sinalização… Mas aí entra a minha discordância do comentário da Regina, que com certeza é ouvinte e defensora de que todo surdo é obrigado a aprender LIBRAS… Sendo ouvinte, é muito fácil dar palpite e escolher o destino da vida dos outros… Acontece que não se trata de confundir clínica com escola e querer fazer reabilitação na escola… O fato é as coisas não são como ela disse… Ela sequer se deu ao trabalho de ler a íntegra do Projeto de Lei do Senado nº 14/2007… O que o PL propõe não é a opção de ensino bilíngue não… O que o PL visa estabelecer é justamente a OBRIGATORIEDADE do ensino bilingue… E com a prevalência da LIBRAS sobre o Português… O projeto de lei fala em LIBRAS como língua obrigatória de comunicação de TODOS os surdos durante TODO o ensino fundamental, ou seja, durante TODA a fase de aquisição de linguagem… Então não se está a falar de apenas uma disciplina a mais na grade curricular e nem tão pouco esta disciplina seria oferecida apenas aos que quisessem… Seria uma imposição a todos os surdos indistintamente e não seria apenas uma disciplina, mas seria a língua obrigatória de comunicação, os alunos teriam q se comunicar obrigatoriamente nesta língua e ser avaliados academicamente também desta forma… Ou seja, ainda que os pais invistam em oralização na clínica e em casa, a escola determinaria coercitivamete que a primeira língua da criança fosse LIBRAS… Se eu tiver filhos e nascerem surdos, assim como não são constrangidos a aprender alemão, japonês ou mandarim, não haverá lei nenhuma que os obrigue a aprender LIBRAS… Aprenderão se e quando quiserem, apenas, como qualquer outro idioma que eles queiram… Nem que pra isto eu entre com mandado de segurança, com pedido incidental de declaração de inconstitucionalidade, com representação no MPF, ou o que mais for necessário… Da mesma forma que não se pode constranger um surdo sinalizado a implantar à força, não se pode coagir uma pessoa a ser sinalizado contra sua vontade… E se eu ainda vivo numa democracia, vou defender isto até o fim…
Ah ta Lak, entendi melhor, eu vi a manifestação e não sabia direito.O caso aqui é que as escolas especiais oferecem a LIBRAS mas não o português, e qdo oferecem é sofrível, mto ruim.Algumas mães querem que os filhos aprendam o Português também, para a melhora nos estudos e na vida.Bom entendi assim.Desculpe ai, estou entrando nisso agora fico perdida com tanta discussão, acho que cda um tem o direito de ser o que quer.O ser humano sempre gosta de impor o seu melhor para os outros, como se o seu fosse bom para tdos.Sou a favor de tdo, e de respeito pela escolha de cada um.Bjuss
Educação bilingue de qualidade tb sou a favor. Sou contra é não haver outra opção de ensino que não esta, pra qualquer deficiente auditivo. E os de graus menores? E os adquiridos? E os que ouvem bem com próteses?
Beijos
Quer dizer que todo surdo é OBRIGADO a usar LIBRAS?
Que mais vão querer impor? Que usemos as mesmas cores de roupas? Mesmos cortes de cabelo? Tenhamos os mesmos gostos?
Já vejo algumas futuras leis sensacionalistas propostas por pessoas imcompetentes:
“TODOS OS SURDOS DEVEM IR AO CINEMA SOMENTE NO PRIMEIRO SÁBADO DE CADA MÊS E SÓ PODERÃO ASSISTIR COMÉDIAS”
“TODOS OS SURDOS SÓ PODERÃO CASAR COM OUTROS SURDOS”
“TODOS OS SURDOS TERÃO DIREITO A TER 2 FILHOS POR CASAMENTO E APÓS ISSO A MULHER SURDA SERÁ SUBMETIDA A LIGAMENTO DAS TROMPAS”
“TODOS OS SURDOS DEVERÃO TRABALHAR GRATUITAMENTE 3X/SEMANA PARA ARCAR COM AS DESPESAS DA LEI ABSURDA PROPOSTA PELO SENADOR CRISTOVAM, ILUDIDO VOCÊS SABEM POR QUEM…”
HI HITLER !!!
Me poupem… A filha é MINHA e ela vai usar o método de comunicação que eu escolhi ser o melhor para ela e que hoje ela adota com total fluência… Isso é meu direito e direito dela e não é um bando de fanáticos que vai tirar isso de nós…
Cada um que escolha o que é melhor para sua família, outra coisa errada é querer impor que ouvintes aprendam libras… Acessibilidade é uma coisa, outra é eu querer mudar o mundo para que ele se adapte à surdez de minha filha… É mesmo um ABSURDO !!!
Achei um absurdo isso, e pior que tem gente que ainda defende. E PIOR tem gente que comenta coisas praticamente impossiveis de ler e criticando. Lamentável.
Olá Jak, me surpreendeu o seu post. 😮 Trata de um assunto pouco discutido no meio dos surdos, a opção de escolha do proprio surdo ou mesmo da família do surdo concordo com a Sheila Carvalho que ela tem o direito de escolher o melhor caminho para sua filha, e isso deveria ser mais comentado, eu copiei o seu post e publiquei no meu blog para que as pessoas possam ler e refletir o assunto e não ser tão ditatóriais sobre o que não compete a elas decidirem. Bem, 😀 desde já eu peço sua permissão para deixa publicado lá, segue o link: http://paulohenriquelibras.blogspot.com/2011/09/libras-ou-portugues-direito-de-escolha.html
http://WWW.PAULOHENRIQUELIBRAS.BLOGSPOT.COM 😳
Pra mim, a liberdade de escolha individual deve prevalescer sempre. Do contrário, os favoráveis no IC teriam o direito de exigir uma lei que impusesse o Implante Coclear para toda a criança nascida surda? Não, né? Cabe à família e ao próprio surdo, quando ele tiver idade de decisão perante a lei.
Beijocas
Lak, tudo bem? Concordo com suas colocações e gostaria de saber se você e outros surdos oralizados já se manifestaram ao senador Cristovam Buarque. Assim que li essa notícia, há cerca de 15 dias, eu escrevi para ele. Acho isso tudo um equívoco muito perigoso. Boa sorte nas tuas lutas. Um abraço.
A gente mandou algumas coisas pra ele sim… Até agora, sem qualquer resposta. Mas, não vamos desistir de lutar. Educação Bilingue de qualidade sim. Mas não como a única opção!
Beijocas
´´Fácil exigir que o outro seja humilde e comportado, assistindo de longe. Pimenta nos olhos dos outros é refresco, não é mesmo?´´ achei a frase chave do texto! parabéns pelo texto incrível, confesso que no inicio não estava entendendo, mas consegui absorver tudo o que você quis passar.