Toda imagem tem um som
Como eu falei no post de ontem, ouvir pra mim, tem muito mais apelo psicológico do que imagina a maioria dos ouvintes comuns. Porque meu cérebro teve que suprir a ausência do som de alguma forma. E, como já ouvi um dia, ele usou sons já conhecidos para explicar, de forma visual, os motivos observados. Ops, falei difícil! Rola comigo, mais ou menos o seguinte: ao contrário do que se pensa, minha cabeça não é um silêncio constante. É claro que auditivamente, eu não ouço praticamente nada sem as próteses, mas mentalmente, imagino um som para boa parte das coisas que tem som, apenas olhando para aquela coisa.
Por isso que o Implante Coclear tem me deixado tão maravilhada. Eu ouço, auditivamente, outra vez coisas que apenas imaginava e, muitas vezes, o som é bem aproximado daquilo que eu imagino.
Isso porque, ainda que eu tenha ficado surda relativamente cedo, tive tempo de sobra pra formar uma identidade mental auditiva.
Ontem, fuçando na net, me deparei com uma propaganda (sou publicitária, lembra? gosto muito de fuçar em comerciais, campanhas, peças de publicidade expostas por aí) que me deixou embasbacada, com a genialidade simples de explicar, visualmente, o que eu tento tanto dizer sobre sons.
As peças foram feitas pela agência DM9DDB, para produtora de som SaxsoFunny.
Eu nem precisaria tocar nas peças pra ‘ouvir’ os sons, ouço mentalmente só de olhar os pôsteres. Não sei se com vocês rola a mesma coisa, mas ainda vale a pena dar uma olhada. A idéia é absolutamente fantástica! Tiro o chapéu pra equipe que as criou!
No site que fala originalmente dessa campanha, tem um video também, se alguém estiver interessado. Link pra lá.
Beijinhos,
Lak
Fantástica esta propaganda, Lak ! ! A melhor foi a máquina de escrever. Dispensa maiores comentários. A agência é das melhores. Beijos 😳 😉
Hehehe trabalho numa concorrente, mas admito que esse foi golpe de mestre!!
Beijos
Olá! 😀 Li seu post anterior e esse também. Como tenho perda severa de audição compreendo bem o q vc diz. No entanto eu não posso dizer que vivo no silêncio, pois o meu problema são zunbidos e ruídos diversos na cabeça. Já testei aparelhos digitais mas não tem jeito… Difícil explicar.
Gostei muito de conhecer seu blog. Boa sorte em tudo e principalmente na adaptação do implante.
Bjos na alma!
Reyel, eu me considero uma pessoa de sorte por não ter zumbidos. Lamento de verdade por quem sofre com eles, porque devem incomodar muito. Dá pra acostumar? Espero que sim, viu?
Espero também te ver de novo por aqui!! E obrigada pelo apoio!
Beijocas
Uau! essa da máquina de escrever e as bolinhas de plástico é um estouro!!!
A do fogo e papel amassado lembra um truque de quem sonorizava as novelas de rádio, no microfone o papel amassado faziam o som do incêndio…
assim como bater casca de cocos imitava o som dos cavalos fazendo pocotó, pocotó…
A criação de sons para o rádio e cinema muitas vezes passa pela construção do som e não a gravação do som original que ficaria pouco convincente.
Mas estou fascinada mesmo com a da máquina de escrever…
Quando eu era criança e ainda ouvia brincava de cantar e o som da chuva na minha fantasia era o aplauso do meu público imaginário.
Mesmo ouvindo mal e pouco adoro os sons!!!!
Belo achado dona Lak! um smack estalado na bochecha!
Na real, o mérito é do Edu. Apenas achei que encaixava bem pra kct no blog!
Irônico isso de som produzido soar mais convincente que o natural, né? haha
Beijos
Agora que eu vi o filminho vejo que essa turma explicitou os truques para criar os sons…isso se usava no meu tempo de curso de cinema…no século passado e no tempo da novela de rádio…e o mais legal é que a tradição continua. Muito boml mesmo seu achado. Beijinhos estalados de novo, dessa vez beijei a minha mão mesmo para produzir o smack!
😎 (o som da bolhinha estourando faço com o indicador saindo da boca fechada…)
Hehehehe beijinhos
Nooossa! Babei! Essa é uma daquelas idéias que a gente acha tão incrível que gostaria que tivesse sido da nossa cabeça, só prá sentir mais orgulho ainda! hehehe
Muito bom! Me lembrou aquela vez que uma pessoa conseguiu representar o som das ondas quebrando na prais com um movimento com as mãos! Também queria ter tido essa idéia! hehehe 😀
Ainda bem que o mundo é cheio de gente criativa!! 😈
Bjsss
Felizmente…. ate trabalho com algumas haha
Beijos
Perfeito!!!
Não pude deixar de vir comentar..
Custei um pouquinho a entender o fogo e a chuva, mas depois reparei que a diferença estava no tipo de material usado (papel amassado e alumínio). Embabasquei depois de compreender tudo..
Vendo essas imagens, me lembro de um filme que assisti a muito tempo atrás (cujo nome não me recordo agora), mas se tratava de um rapaz doente (uma anomalia grave no cérebro) que amava viajar por aí e que junto com um amigo, planejava viajar por vários lugares de moto.
Mas, meio do caminho, ele se apaixona por uma mulher CEGA…
Daí, no desenrolar do filme, a moça diz a ele q nunca aprendeu as CORES (pois ela tinha várias formas de ‘identificar” as coisas, ou seja, pelo toque, ela conseguia dizer se uma pessoa era meiga, ou carinhosa, etc).
Assim, esse rapaz resolveu que ensinaria as cores a ela… Pegou um pedaço de algodão pra representar o BRANCO, uma pedra quente, pra representar o VERMELHO… e assim por diante……. E a moça entendeu!
Lak.. Foi um achado e tanto!!! To arrepiada até agora.. Simplesmente amei.
Vc disse acima q o mérito foi do Edu? Ele quem criou as imagens?
Conta pra gente?? rsrsr
Não não, foi ele que achou o link do Brainstorm, de onde eu copiei as imagens. Ele é criativo, mas não trabalha na DM9DDB!
Eu vi esse filme, mas tb não lembro do nome… Adorei a descrição das cores!!
Beijinhos
Homenagem aos sonoplastas: o ator Lima Duarte que começou nos tempos da radionovela também fazia sonoplastia: improvizava os sons necessários para criar o clima…
Wikipedia:Radionovela é uma narrativa folhetinesca sonora, nascida da dramatização do gênero literário novela, produzida e divulgada em rádio. Na era de ouro do rádio, as radionovelas foram fundamentais para que a história do rádio brasileiro se configurasse. Elas estimularam a imaginação dos ouvintes (fundamentalmente mulheres, as senhoras e senhoritas que acompanhavam o enredo) e projetaram uma série de radio-atores que, posteriormente, migraram para a televisão.[1]
Fez enorme sucesso no início do século XX, numa era pré-televisiva. Boas histórias, bons atores e efeitos sonoros realistas eram o segredo do gênero para captar a atenção dos ouvintes. Diz-se que os grandes mestres da magia eram os sonoplastas, que para estimular a imaginação das pessoas, reproduziam todo tipo de sons e ruídos: o som da chuva, do telefone, da passagem de tempo, dos passos dos personagens.
Valeu pela contribuição, Sô. Beijos
falha nossa :improvisar é com s…que vergonha!
Haha ja foi
Poxa Lak, que post maravilhoso!!!!!!!!!! identifiquei-me completamente. Eu passei um ano e nove meses no silêncio total ( não podia colocar mais o audifono) e eu colocava som a tudo o que eu via. Era um filme mudo e eu colocava as legendas.hehehehe… poxa, imaginava as vozes da gente, os sons dos carros, tudo, tudooo. Vc explicou na perfeição a minha vivência. Obrigada.
Adorei a publicidade, muito creativa mesmo e peça a tua atorização para colocá-la no meu blog enlazando vc, claro!!!!
Beijocas, teu blog é fantástico.
Claro, Olivia, fique a vontade!!
Beijão
É isso, a sonoplastia – sons que nos levam a imagens, mas vc tinha uma experiência inversa, não Lak? Acho que é como a boa leitura, que nos permite vivenciar a experiência lida. Há muitas cabeças maneiras no mundo não???
Beijo
Pois é, essa é a graça da diversidade. Todo mundo pensando e sentindo igual, vira um marasmo..
Beijos
Oi!
Tenho até vergonha de contar porque parece “bobinho” perto de tanta coisa legal como o que foi publicado por você ou comentado pela galera, mas eu tive uma experiência parecida. Aprendi a ler sózinha aos 4 anos antes de ir pra escola, mas não tinha muita habilidade com números, então pra entender eu “criei um link ” entre alguns números e as cores e desta forma conseguia fazer algumas contas…
Era assim :
3=amarelo
4=vermelho
5=azul
6=abóbora
7=laranja
8=verde
9=roxo
Daí
3(amarelo) + 4 (vermelho)= 7 (laranja)
5(azul)+ 3(amarelo)=8 (verde)
4(vermelho) +5 (azul)= 9(roxo)
Eram as cores que eu mais usava e misturava nos desenhos!
Os mais velhos vão se lembrar de um lápis nº 2 que era comum nos anos 60 , era “pintado” com um mixto de cores, como se misturássemos uma grande quantidade de tinta e mexéssemos com o dedo! Deu prá entender?
Acho que era assim que minha cabeça via os números que eu não entendia e sempre tinha que escrever com o lápis preto!
Desculpe a falação… 😀
Bjs.
Hehehe pior é que parece bobagem, mas essa é a formula usada pra pessoas, por exemplo, que buscam ter memória fantástica. Esse tipo de exercicio mental que você criou quando criança, já provavam desde cedo sua inteligência criativa. Não é à toa que você se tornou médica!!
Grande beijo e valeu muito por esse comentário.