Trocando a pilha do implante coclear
Assim, falando de Implante Coclear, muito leigo me pergunta como é que se troca a pilha de um aparelho interno. Talvez porque não saibam que o Implante Coclear só troca a pilha da parte externa.
Dentre os modelos atuais (porque os mais antigos não tinham tal facilidade) somente o aparelho da marca francesa Neurelec não tem opção de bateria recarregável ou pilhas descartáveis. O aparelho Freedom da Cochlear vem com 2 baterias recarregáveis, além do compartimento de pilhas descartáveis. Já o da MedEl, vem com 3 baterias recarregáveis. E o americano Harmoy, da Advanced Bionic vem com 4 dessas recarregáveis, excluindo quase totalmente a necessidade de usar as descartáveis!!
Aí, todo mundo que coloca o IC, começa a ter dúvidas quanto a melhor bateria/pilha para usar.
Antes de tudo, saibam que a proposta desse texto é levantar debate, não aconselhar, afinal é uma opinião subjetiva apenas.
A princípio, essa é uma decisão de cunho pessoal. Há quem prefira as descartáveis, especialmente porque costumam durar o dobro (ou bem mais) que as recarregáveis.
Mas, a vida útil da carga, seja qualquer um dos modelos, depende da programação e do ambiente. Normalmente, quanto mais alta for a velocidade de pulsos elétricos por segundo (exemplo, eu uso o IC a 12000 ppm, o que teoricamente é baixo para o meu modelo, mas tenho complicações se usar numa velocidade mais alta) menos tempo as pilhas irão durar. O mesmo vale para a quantidade de ruídos processados. Quanto mais barulhento for o ambiente, menos tempo a bateria/pilha durará. Ouvir música durante horas também detona as baterias rapidinho. Outra coisa que diminui a duração das pilhas/baterias é o uso do Sistema FM!
As pilhas descartáveis duram, em média, entre 24 e 30hs, conforme a programação máxima possível. Lembrando que a gente tira para dormir, isso equivale a mais ou menos 2 ou 3 dias. Já as baterias recarregaveis duram entre 7 e 14hs (menos de 1 a 2 dias).
Ambas as formas de alimentação de bateria costumam ter resultados similares, embora os usuários tenham preferências pessoais. Eu não vejo muita diferença entre elas, salvo na hora de trocar, já que a bateria recarregável é uma só e muito mais prática do que tirar 3 pilhas do compartimento e colocar 3 novas pilhas no compartimento. Mas, na maior parte do tempo, uso as descartáveis, só porque sempre esqueço de recarregar a bateria!
A única coisa realmente ruim do IC é que tanto as pilhas, que são especiais para implante coclear, quanto as baterias são caríssimas e não são fornecidas pelo SUS. Quando alguém me fala que fará o IC, essa é a primeira coisa que eu aviso: esteja preparado para gastar com pilha e bateria!
A vida útil de cada bateria recarregável é de 2 anos e recarrega em 3 a 4h.
Nem tudo são flores na vida dos cyborgs!!
Beijinhos sonoros,
Lak
Caramba, nem sabia que bateria recarregável tem vida útil de 2 anos! Tenho que ir já preparando o bolsinho! 😯
Eu vou linkar esse post lá no meu blog, porque falei um pouco de pilhas também, mas esse texto saiu bem mais explicativo! Tem problema não, né?
Beijos,
Hahahahaha pois é, acho que pela de ADAP sai mais em conta, vou confirmar…
Beijos
Lakinha como já disse e repito: Estou sempre aprendendo aqui no DNO. Não sabia nada desse lance de pilhas. Pra mim era só colocar o implante e escutar e pronto. 😛
Valeu por mais essa informação. Beijos 😉 😉
É, muito implantado não sabe tb… Imagina você, tadinha! hahaha eu abuso dos leitores não-implantados, né?
Beijos
Lak (posso te chamar assim?)
só por curiosidade, quanto custam estas pilhas? Uso AASI, e estou bastante bem com eles, mas meu otorrino insiste comigo para fazer o IC…
Bjs
Tatiana
O blister de pilhas de IC aqui no Brasil, nem faço idéia. Hoje me falaram que sai por 18 reais cada blister com 6, mas já vi por 27 reais e também por 45 reais. As pilhas de AASI normal não servem no IC, infelizmente.
A maioria de nós compra nos EUA, que sai praticamente pela metade do preço e, felizmente, entrega no Brasil.
Se quiser conversar mais sobre o IC, dá um toque.
Beijocas
Lakita:
Não sei se cheguei a comentar contigo, mas minhas baterias recarregáveis (as duas) tinham um pequeno e chato defeito de fabricação: elas estavam descascando. Demorou quase um ano para o fabricante aceitar trocar, mas como estava na garantia, trocaram as duas agora no começo de julho quando fui a S.P. fazer o mapeamento e aproveitei e passei na Politec.
Pensando que duas baterias eram poucas, estava pronto para comprar mais duas e perguntei ao nosso amigo Humberto quanto custavam. Achava que ia pagar uns R$ 500, 00 em duas, mas cai duro: R$ 900,00 cada uma! Resolvi esperar mais um pouco 😀
Abração!
Draj, realmente é hardcore o preço delas… ai ai ai ai hahaha
Beijos
pelo que dá pra perceber, essas pilhas custam o olho da cara, hein?
se fosse pra cego não teria problema, o zóio já não funciona mesmo, então… kkkkk
mas sem brincadeira, pelo jeito é muito caro isso. aliás, tudo é caro, até pra quem é cego, como eu.
parece que pra cego, um aparelho que é tipo um scanner, que você coloca uma folha com algum texto escrito e ele já sai lendo automático, parece que custa uns 10000 reais, enquanto um scanner normal custa muuuuuuuuuuuuito mais barato que isso; uma impressora braille é mais cara que uma impressora comum, emfim… só que tem um pouco mais de grana pode ter esses aparelhos.
É deprimente o custo de vida pra driblar uma deficiência, né? Esse tipo de coisa deveria ter total isenção de impostos!
Oi Lak!
Realmente, as pilhas e baterias são um tanto caras.. =( 🙁
Acho q te contei que perdi uma das minhas baterias recarregáveis ( vieram 2 no estojo) e, fazendo o cálculo, com o valor de uma recarregável, compro pilhas no site para quase tres anos. A minha marca preferida é a Zeni Power Implant Plus A675. Chega a durar cinco dias ou um pouco mais no meu programa.
E, para compensar a perda de uma bateria, todas as noites, antes de dormir, ponho a bateria para recarregar para nao correr o risco de ficar sem sons… rsrs… e as pilhas também demoram para chegar.
Bjos sonoros!
Não sabia que você tinha perdido uma delas, Liv… Poxa vida, que chato!!
Realmente, o jeito é ir fazendo estoques e mais estoques, né? Fazer o que?
Beijinhos
Falando em pilhas, um dia, logo depois da ativação, percorri a cidade onde moro perguntando se por um acaso eles tinham pilhas especiais para o IC – eu já sabia q as comuns não serviam, mas queria ver se o mercado estava, de alguma maneira, preparado para “esses casos”. Qual não foi a minha surpresa pelo fato de, não só por desconhecerem que existem pilhas próprias para o IC, ainda tentaram me convencer de que as pilhas comuns “eram a mesma coisa”… Tentei explicar que não e tals, que se devia também à potência e tals, mas qual o quê… Na cabeça do vendedor, era só ir pelo número delas…
Imagina minha raiva.. E, infelizmente, ainda vai demorar muuuuuuuuito pra essa tal de inclusão ficar completa.
P.S. Lembrando: cidade pequena é sempre um atraso, mesmo…
Beijo, Lak
Pelo que soube, Sil, as comuns duram 15 minutos no IC apenas. Até parece, né? O cara ai bebeu!
Beijinhos
Oi Lak, nossa é tanta informação , só aqui aprendo mais sobre o IC.Quero mto fazer IC, a cada dia cresce mais a vontade,mas ainda não posso, não passaria nos exames devido a doença que trato. 😥
A filha da minha prima tem, mas não moramos na mesma cidade.Ela veio aqui e perguntei sobre pilhas, a filha fez com 2 anos hj tem 10 anos.Ouve tdo com IC,música, Tv,usa telefone, fala super bem, e esta adorando ouvir rock pesado, 10 anos.Rsrsr.Por isso tudo,só dá saber que ela usa IC , levantando o cabelo.O dela foi ao meu ver 100% sucesso.
A mãe dela me disse que paga tipo uma “plano, seguro”, mensalmente , caso o aparelho estrague o “seguro cobre.”Mas não entendi muito bem isso.Ela fala pouco, não divulga, parece que tem vergonha.Vou sentar e conversar com ela sobre essa barreira, a bateria dela tem que carregar tdo dia.
Outra duvida Lak(Só abuso aqui.rsrs). 😛
Aqui em BH esta fazendo IC,mas conheci uma moça surda oralizada que fez,e não teve acompanhamento de fonoaudiologas depois.Foi para casa e só.No seu caso vc já fala bem.E qdo a pessoa não fala mto bem?Não deveriam fazer esse acompanhamento, até mesmo um treinamento auditivo com implantados??Quero saber se ai em SP tb é assim.
Bjão
Greize,
quando for a hora, você fará o IC, já hiper bem informada… pensa assim hihihihi
Não sei se a mãe da menina é filiada à ADAP ou se ela fez um seguro particular. Vou ver se existe outra opção de seguro além da ADAP, mas já aviso que a ADAP é a melhor aliada do usuário do IC. Amanhã mesmo tem post sobre ela!
Sobre treinamento auditivo/ de fala para implantados, é de praxe. Eu mesma já falei um monte sobre fonoterapia aqui e sempre digo que é fundamental. Uma pena que a moça em questão não faça…
Aqui em SP, é quase uma ‘exigência’ dos centros de IC que o paciente faça reabilitação auditiva! Tem que fazer sim! Se a pessoa já falar, ela se foca apenas na audição. Senão, faz terapia de fala tb. Só os que acabaram de perder a audição e saem da ativação falando no telefone talvez fossem dispensados de fonos, mas até pra eles é indicado!
Beijos
Nossa Lak tem algo de errado no “ar”.Pois a moça quer muito fazer, o hospital é ,que não oferece.Ela me contou que teria que pagar, mas é HC??
Aí ,que achei mto estranho, vou conversar com ela e ter mais detalhes. Talvez ,seja um direito que ela tenha que correr atrás.bjos
Não, querida. Nenhum hospital oferece fonoterapia como parte da cirurgia. Algumas crianças conseguem nos centros de IC, mas normalmente, se paga a parte, em fonos especializadas. Não tem relação com a cirurgia! Isso fica a cargo do usuário.
Beijos
Entendi!! 😉