Pesquisa: Surdos oralizados no mercado de trabalho
Queridos amigos e leitores surdos oralizados e bilingues,
É comum que me venham perguntar sobre os surdos oralizados, já que nosso grupo não é muito conhecido pela grande maioria de pessoas. Por isso, gosto de explicar quem somos, como vivemos, o que queremos. Quais as nossas necessidades. Quais as nossas lutas diárias, etc.
Mas, uma curiosidade frequente que as pessoas tem é a respeito da nossa condição escolar e no mercado de trabalho. Quantos de nós se formaram, como estudaram. Quantos de nós trabalham e quais dificuldades enfrentam, entre outras coisas.
Por isso, decidi fazer uma pesquisa a respeito de nós e para nós, principalmente.
Não tem nenhum carater científico, é mera curiosidade de blogueira. As informações serão guardadas para futuros debates. E, somente se referem uma amostra composta por leitores e amigos de leitores do DNO, que tem deficiência auditiva e são fluentes na lingua portuguesa falada e/ou escrita, usando ou não Libras também.
Quem quiser responder, eu agradeço de coração. Quem não quiser, não se sinta na obrigação, já que é mera curiosidade.
Beijinhos sonoros,
Lak
Bela iniciativa Lak!
Já estou ansioso pelo resultado da pesquisa hehehehe
Parabéns!!
Marcel, vou deixar a pesquisa por umas semanas e depois divulgo os resultados ;-)) Obrigada por responder. Beijocas
Se eu falasse que nunca tive dificuldade (na escola ou trabalho) estaria mentindo, mas sempre tentei minimizar isso, pois “somos mais capazes do que imaginamos” o que falta é a gente acreditar mais nisso!
Beijos!
É, alguma dificuldade a gente sempre passa, invariavelmente.
Beijos
Pronto! Já fiz. Um beijão para vc, Lak. 🙂
Valeu!! Beijos
Lak, me identifiquei muito com as perguntas da pesquisa, incrível como alguns de nós temos as mesmas dificuldades. Digo isso pq sempre fui rodeada de ouvintes e nao tive experiência de convivência com outros surdos no período acadêmico. Beijin!! Quero ver o resultado! 😉
Podexá, que vou divulgar. As respostas são bem interessantes!!
Beijos
Lak!
Parabéns pela iniciativa. Adorei e respondi todas as questoes. Apenas uma ficou sem resposta. Assim que possivel, divulgue os resultados.
Para mim e, na minha área, é importante conhecer isso e ressaltar a grandeza de sua pesquisa.
Porem, gostaria de salientar que, na minha época de estudante, não se falava em inclusão e em sistema de cotas para empregar pessoas com deficiência, portanto, foi uma trajetória longa e dificil para conseguir chegar até aqui e fazer com que as pessoas entendessem que, apesar da deficiência , existe uma força, coragem, competência e dinamismo para quebrar as barreiras e fazer com todos tivessem “Um novo olhar sobre o diferente” – este foi o tema do meu TCC do MBA.
Grande beijo! 😀
Bom, a pesquisa é genérica, então sempre tem algumas perguntas que a gente não se identifica, né?
Certeza que divulgarei os resultados daqui umas semanas. Beijos
Oi Laki! acabei de responder o questionário, mas fiquei em dúvida!
Quando perdi a audição, estava no penúltimo ano da faculdade (e tinha gente que achava que era “frescura”) então, não soube como responder como era as escolas onde estudei!
Hoje, 5 anos depois, ainda escuto muito “Nossa, mas você fala tão bem… não é possível que vc não escute” Ou ainda o “Nossa! uma menina tão bonita….”
Mariana, não tem importância. A pesquisa foi feita de maneira genérica, para todos os tipos de perda, inclusive a sua pós-lingual tardia. Obrigada pelas respostas. Beijão
Ótima pesquisa e boa idéia!!! Espero vc dar resposta. Parabéns!!!
Beijos.
Logo mais.Beijos
Perguntas respondidas!!! Dps quero ver os resultados obtidos!! =)
Boa sorte, Lak!!!
Beijinho!
Logo logo. Beijos
Oi Lak, acabei de responder as perguntas da pesquisa, interessante! não sei se vão valer as minhas respostas como tive a educação escolar na italia. rs pelos menos tentei. 😉
só uma anotação: agora estou estudando na faculdade aqui no paraná mas as respostas das pesquisa foram todas referidos a minha educação italiana. tá?
beijao e espero resultados da pesquisa 🙂
Olá Lak,
Acompanho o seu blog há mais de dois anos, mas essa é a primeira vez que deixo a minha mensagem.
Sou surdo totalmente oralizado, com perda auditiva bilateral severa-profunda. Porém, utilizo um aparelho de amplificador sonoro, embora não ouço exatamente como ouvintes normais.
Também realizei vários cursos de fonoaudiologia (desde pequeno!), o que contribuiu para o meu crescimento pessoal e profissional. E, por isso, hoje em dia, estou na posição muito confortável no mercado de trabalho.
Pelo que eu vejo, há milhares de surdos reclamando sobre o mercado de trabalho, mas do meu ponto de vista, a maior culpa disso é pelo fato de os surdos utilizarem LIBRAS como sua primeira língua e acreditando como uma solução para TUDO. Resultado: não investiu totalmente a língua portuguesa.
Imagine um surdo cursando em uma universidade e que este surdo sempre utiliza um interprete para auxiliar nos seus estudos. Porém, depois que ele se forma, como é que ele vai se especializar em uma determinada área? Acho que vai ser difícil… por seguintes motivos:
– se o surdo encontrar profissionais com o mesmo interesse, e que este profissional não utiliza LIBRAS, como é que a comunicação será realizada, para aprendizado contínuo e efetivo?
– como é que o surdo, que utiliza LIBRAS, vai estudar, pensar, ler e entender em um livro/artigo/texto escrito totalmente em português, cuja sua língua materna é LIBRAS, já que ela é limitada, muito resumida, muito técnica? Já que que textos totalmente escritos em língua portuguesa são extensos, os vocabulários são incomuns para eles, a concordância e o sentido da frase para ele não tem sentido, como é que ele vai aprender? Resultado: jogam o seu diploma no lixo e fica tentando jogar a culpa para o mercado.
Pior que isso, é que os surdos ficam tão revoltados e ficam tentando montar um grupo para fazer uma revolução mundial, exigindo que todos os textos sejam em LIBRAS, que todos os profissionais aprendam LIBRAS, e que até todo o site sejam em LIBRAS… onde é que esse mundo vai parar? Por que eles agem muito pela emoção e não pela razão?
Poxa, já estou de saco cheio desses típicos surdos revoltadinhos com o mundo. Ou eles aprendem a oralizar e ser diferencial no mercado, ou eles aprendem LIBRAS, mas que fiquem calados e que não reclamem do mercado de trabalho.
Beijos sonoros, rs.
Oi, Vinicius, prazer te conhecer… 😉
Prefiro nem entrar nesse mérito de discussão, porque é dar importância demais com algo que não tem nada a ver com o que eu quero divulgar: a NOSSA existência.
Havendo espaço pra diversidade, eu não ataco ninguém. Só não queiram minar o meu direito de existir.
Beijinhos