Trabalhando com os livros da Lalá em sala de aula

Falar sobre deficiência com crianças nunca foi um tema fácil. Seja para explicar porque a criança é diferente da maioria dos colegas em determinado aspecto, seja para explicar porque há uma criança com alguma característica diferente da maioria no grupo. Qual a melhor forma de abordar o assunto? Com naturalidade, com leveza. Foi justamente pensando nessa questão da abordagem, que nasceu a ideia do “E Não É Que Eu Ouvi?

Sobre o que é o “E Não É Que Eu Ouvi?”

O livro conta a história de Lalá, uma criança bagunceira e alegre, que um dia cai numa bolha de silêncio. E redescobre o mundo sem os sons, usando sua poderosa imaginação para compreender e se comunicar com o mundo ao redor. Quando percebe que a imaginação não é o suficiente, ela se depara com a tecnologia auditiva e se torna uma usuária de papapá. Com essa linguagem simples e lúdica, Lalá traz a pauta a importância da audição para perceber melhor o mundo. E como o uso de uma tecnologia pode representar um aumento de qualidade na vida de uma criança, mesmo com um aparelho pendurado na orelha, que aparece e chama a atenção das outras crianças, algo bastante corriqueiro na vida de qualquer criança que seja usuária de uma tecnologia auditiva.

Sobre o que é o “Lalá é assim: Diferente, igual a mim”

Nossa heroína Lalá recebeu seus implantes cocleares e agora vive uma vida cheia de sons e todos os seus problemas se acabaram. Será?

Nesta aventura, já adaptada aos seus fiéis papapás, Lalá começa a se questionar se ela é diferente das outras pessoas, porque não vê mais ninguém que ouve como ela. Lalá embarca numa descoberta sobre as diferentes formas de deficiência auditiva, os diversos tipos de tecnologias usados para poder ouvir e até descobre que a comunicação pode se estabelecer de outras maneiras.

Por que levar os livros da Lalá para a escola?

Os livros da Lalá são ótimos para trabalhar a auto-estima das crianças que são usuárias de tecnologias auditivas, mostrando que elas não são as únicas pessoas que usam uma prótese ou implante, mesmo que não convivam com outros usuários de aparelhos ou implantes auditivos no dia a dia.

Eles também funcionam como uma ferramenta para auxiliar o debate em sala de aula sobre as diferenças entre todos os alunos, uma vez que permitem falar sobre situações que nem sempre elas conhecem. Uma professora que tenha um aluno implantado em sala de aula, pode apresentar o livro como uma maneira de explicar porque aquela criança precisa utilizar o aparelho/implante. De uma forma que as crianças se sintam confortáveis para perguntar sobre o assunto.

Mesmo que não haja nenhuma criança com implante coclear na escola, a história da Lalá também serve para falar sobre a diversidade humana, pois ajuda a trazer à pauta as diferenças. Uma pessoa pode ser diferente sem que haja nada de errado com isso, nem deve ser difícil explicar os porquês dessa diferença.

Livros para toda a família

Ao abrir o precedente para conversar sobre diversidade e inclusão, as famílias também se sentirão mais estimuladas a falar sobre o tema. Especialmente famílias com pessoas com deficiência auditiva, mas não conseguem ter facilidade de explicar as particularidades dessa deficiência aos parentes. Isso porque, além da parte da história, o primeiro livro conta com uma parte técnica que fala sobre a audição, como é o desenvolvimento auditivo esperado e porque é importante haver intervenção precoce para o desenvolvimento da linguagem. Uma mão na roda para explicar para aquela sua tia distante como esse aparelhinho no ouvido funciona.

Dicas para utilizá-los em sala de aula:

  • Leitura para a turma toda e debate sobre a compreensão de cada um sobre o livro.
  • Atividade para desenharem a sua parte favorita do livro.
  • Incentivo às crianças a contarem sua própria versão do livro.
  • Usar a temática para trazer o assunto diversidade à sala de aula: quem conhece alguma pessoa com uma condição diferente na família ou no condomínio/bairro onde mora?
  • Clube do livro: levar o livro para casa e ler durante a semana/mês.
  • Troca de livros: emprestar para outras crianças levarem para casa e conversarem sobre diversidade e inclusão com suas famílias.

São livros indicados para todas as pessoas, de todas as idades, que tenham contato com pessoas com deficiência auditiva. Ou que simplesmente estejam abertas a conversar sobre a diversidade e a importância da inclusão social e escolar.

Como comprar?

Para adquirir em grandes quantidades, para toda a turma da escola, entre em contato que podemos pensar em pacotes especiais.

Beijinhos sonoros,
Lak Lobato

4 Resultados

  1. O Paulinho tem que levar um livro para a escola, que fica na biblioteca da classe. Ele escolheu justamente o livro da Lalá!

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